Aruanã no Fly
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Alexandre (Zeca) 22 de novembro de 2023 253
Este é um case revelador da minha recente empreitada como empreendedor. Ao deixar para trás a dinâmica de atendimento a clientes de marketing e publicidade, decidi criar exclusivamente para mim, para a minha marca e meus produtos. Como cliente, agência e todos os outros papéis necessários, voltei à sensação de 1999, quando fundei a Bolt Interativa. Estou incrivelmente animado com essa nova jornada e compartilharei, de forma detalhada, a evolução da Caterva, especialmente na criação dos snaps. Uma leitura extensa, mas espero que seja enriquecedora.
A Caterva, uma marca proeminente no mercado de pesca esportiva, está inovando de maneiras surpreendentes em seus produtos. Com mais de 15 anos de existência, a Caterva começou como um fórum para amantes da pesca, crescendo até se tornar a maior comunidade do gênero no Brasil e possivelmente na América Latina. Esta jornada, iniciada em 2004, levou-me a dedicar intensamente ao esporte e ao fórum até 2008. O sucesso foi tamanho que, nesse período, produzi conteúdo diário, viajei extensivamente para criar vídeos e, involuntariamente, me afastei do mundo do marketing e publicidade.
O retorno ao mercado em 2008 coincidiu com uma decisão pessoal de tornar a pesca mais um lazer do que uma profissão. Em 2018, uma reviravolta trágica ocorreu quando meu sócio na Caterva teve que se retirar para tratar de um câncer. Nesse momento, olhei para a Bolt Brasil e percebi que não queria mais aquilo da mesma forma. Decidi assumir a Caterva novamente, mantendo o fórum ativo e proporcionando suporte ao meu sócio. Infelizmente, em 2021, meu sócio faleceu, abrindo caminho para uma nova empreitada.
Venda para Lojistas
Iniciei uma fase de estudos, incluindo um curso de importação, para explorar quais produtos inovadores poderiam ser trazidos para o Brasil. Seguindo algumas regras de ouro, diferencial claro, constante inovação, design impecável e preocupação com o meio ambiente.
Deparei-me com um produto na Nova Zelândia em 2009 – o Rod Holder. Este suporte para vara, simples, leve e prático para pescadores de fly, capturou minha atenção. Embora não tenha conseguido comprá-lo na época, em 2015, durante uma viagem à França, finalmente o adquiri.
De 2015 a 2023, esse produto nunca teve um similar no Brasil. Decidi que seria meu primeiro produto a ser lançado, uma escolha que, embora tenha gerado boas vendas, serviu mais para expor a marca do que gerar retorno financeiro substancial.
Com a experiência do Rod Holder, surgiu a ideia de lançar os snaps. Apesar de ser um produto comum na pesca, enfrentava desafios significativos. Como diferenciá-lo em um mercado saturado? E como tornar um produto tão comum em algo interessante? A resposta veio da inspiração em um caso de sucesso fora do universo da pesca: a Liquid Death, que transformou a venda de água em uma narrativa espetacular.
Decidi criar quatro modelos de snaps, cada um destinado a um tipo específico de porte de peixes. Para torná-los únicos, não apenas na funcionalidade, mas também na apresentação, busquei a ajuda da inteligência artificial. A colaboração com inteligências artificiais foi crucial. Com o ChatGPT criei os conceitos e os nomes, o Midjourney foi o responsável pela imagem e o Adobe Photoshop Beta 2023 foi o responsável por editar as imagens, visto que agora ele tem uma inteligiência artificial generativa que permite editar imagens com prompts de comando.
Pra quem não é da área de pesca: Snap é uma espécie de grampo que colocamos na linha e nele prendemos a isca artificial ou anzol. Ele facilita a troca da isca com mais velocidade. E é um produto que todo pescador precisa comprar o tempo todo.
Apesar de ser um commodity, decidi conferir-lhe um diferencial claro, inovação constante e design impecável.
Inspirado no mundo do cinema sci-fi, propus a ideia de criar uma história para cada snap, transformando suas embalagens em pôsteres de filmes. Essa abordagem, embora desafiadora, prometia tornar os produtos cativantes para os pescadores. O processo de criação envolveu a geração de prompts específicos para a inteligência artificial criar imagens de pôsteres, destacando cada snap como uma arma poderosa contra peixes “vilões”. Essa fase de criação exigiu habilidades não apenas conceituais, mas também técnicas, envolvendo o uso do Photoshop Beta 2023, que agora conta com uma inteligência artificial embarcada e permite editar imagens utilizando de prompts de comandos.
Inspirado pelo case da Liquid Death, uma marca que transformou a venda de água, decidi criar uma história única para os snaps. Com quatro modelos diferentes, cada um destinado a um tipo de pescaria, a ideia era transformar a embalagem em um pôster de filme sci-fi.
Leia exatamente como foi a “conversa” com o ChatGPT para chegar na construção do conteito visual e dos nomes de cada produto.
Com nomes como:
Cada snap tinha seu próprio universo cinematográfico. Essa estratégia não apenas tornou um produto comum extraordinário, mas também proporcionou uma experiência envolvente aos pescadores.
O resultado final, as embalagens finamente trabalhadas e a narrativa cinematográfica única, proporcionaram à Caterva uma vantagem distintiva no mercado. A resposta imediata, com estoques esgotados em poucos dias, não só demonstrou a eficácia da estratégia de marketing, mas também a aceitação entusiástica pelos clientes.
A evolução da Caterva é mais do que uma história de sucesso comercial; é uma jornada de reinvenção. Ao unir elementos de design, inteligência artificial e narrativa cinematográfica, a marca não apenas se destacou, mas também inspirou uma mudança nos hábitos dos pescadores. A Caterva não é apenas uma empresa de pesca esportiva; é um pioneiro que desafia as convenções e eleva a experiência do pescador a novos patamares.
Conclusão: O case dos snaps da Caterva destaca a importância de reinventar produtos aparentemente simples, trazendo uma narrativa única e criativa. A colaboração com a inteligência artificial, ao gerar histórias distintas para cada produto, mostrou ser uma estratégia eficaz para se destacar em um mercado competitivo. Este projeto não apenas impulsionou as vendas, mas solidificou a posição da Caterva como uma marca inovadora e apaixonada por contar histórias, transcendendo o mundo da pesca esportiva.
A preocupação com o meio ambiente não ficou em segundo plano. Ao projetar as embalagens, incluímos um Ziplock e a indicação de “Embalagem Reutilizável”. Essa abordagem, além de contribuir para a sustentabilidade, mudou o comportamento dos clientes. Antes a embalagem era descatada imediatamente, agora é vista como um item colecionável, e muitos clientes começaram a comprar dois conjuntos, um para uso e outro para a coleção. E mesmo aqueles que compram apenas um mantem a embalagem e deixam de usar estojos de snap.
Após a pandemia, as lojas físicas se tornaram espaços de encontro para amantes da pesca esportiva. A Caterva inovou com uma estratégia de ponto de venda (PDV) única, transformando a experiência de compra em um evento cinematográfico.
As lojas físicas, antes focadas em transações, agora são centros comunitários para pescadores. Essa mudança foi impulsionada pela busca por conexões humanas após a pandemia.
A Caterva revolucionou suas lojas com pôsteres de lançamento, transformando o ambiente em um cinema. Os pôsteres contavam histórias envolventes, destacando os snaps como protagonistas.
Os clientes, após a experiência, encontravam as embalagens como estrelas em um tapete vermelho. As histórias cinematográficas tornaram as embalagens reconhecíveis, facilitando a escolha.
Além de estratégia de marketing, a abordagem fortaleceu a comunidade de pescadores, tornando a loja mais que um ponto de venda.
A estratégia de PDV da Caterva redefiniu o propósito das lojas físicas, tornando-as centros de celebração da paixão pela pesca. A marca não apenas vendeu produtos, mas também histórias que ressoaram profundamente. Nesse renascimento, a Caterva estabeleceu um novo padrão para a interação entre marcas, produtos e comunidades apaixonadas.
Às margens dos rios da Amazônia, onde a temporada de pesca desenha histórias, a Caterva mergulhou em águas inexploradas do marketing direto. A estratégia visava conquistar o público-alvo mais apaixonado: os pescadores.
Anualmente, de outubro a março, a região recebe pescadores de todo o mundo. Com conexões sólidas nos bastidores, a Caterva se associou a operadores de turismo, estendendo sua presença a inúmeros barcos de pesca.
No retorno de um dia de pesca, à mesa do jantar, a comunidade de pescadores se reúne. É neste ambiente descontraído que histórias de capturas épicas ganham vida. E é neste cenário que a Caterva decidiu fazer sua jogada estratégica.
A marca criou papéis bandeja com a temática dos “filmes”. Cada papel era uma janela para o universo Caterva, detalhando os produtos e suas histórias. Esse material foi distribuído em operações ao longo do Rio Negro e em pousadas no Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Tocantins.
Ao retornarem às pousadas ou barcos, os pescadores eram envolvidos pelo conceito visual e narrativo dos produtos. As belas imagens, combinadas com explicações detalhadas, criavam uma conexão profunda e imediata com os produtos da Caterva.
A estratégia não apenas introduzia os produtos; ela os imergia nas histórias da Caterva. Cada papel bandeja servia como um lembrete tangível das possibilidades que os esperavam nas águas da experiência Caterva.
Ao escolher o jantar pós-pesca como palco, a Caterva não apenas alcançou os pescadores; ela os envolveu. Esta ação não foi apenas marketing direto; foi uma jornada compartilhada, onde os produtos não eram apenas itens, mas companheiros de pesca, carregando consigo as narrativas da Amazônia e as histórias dos rios que agora fluem através de cada pescador Caterva.
A história da Caterva é um mergulho nas águas da criatividade, começando com o Rod Holder até os empolgantes Snaps. Cada produto não é apenas uma ferramenta de pesca, mas um herói em uma narrativa aquática.
Os pôsteres de filmes, inspirados em ficção científica, transformam Snaps comuns em personagens épicos. Eles não só facilitam a pesca, mas também contam histórias subaquáticas.
Ao adotar o marketing direto nas operações de pesca na Amazônia, a Caterva não apenas introduz produtos, mas cria momentos compartilhados entre pescadores. Os papéis bandeja se tornam mensageiros das águas, conectando os pescadores às histórias da marca.
A preocupação com o meio ambiente, refletida na embalagem reutilizável, mostra que a Caterva não apenas segue as tendências, mas define novos padrões éticos.
Hoje, com prateleiras vazias e embalagens guardadas como tesouros, a Caterva não é apenas uma marca de pesca; é uma narradora de histórias nas águas, unindo pescadores e produtos numa paixão partilhada pelas ondas do rio.
Tagged as: artigo, snap, case.
Pescador esportivo há mais de 20 anos, co-fundador do Fórum Caterva, da FBPE (Federação Brasileira de Pesca Esportiva), membro da Diretoria de Marketing da ANEPE.
Alexandre (Zeca) 22 de agosto de 2023
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Alexandre (Zeca) 15 de julho de 2023
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