O Dilema dos Tucunarés
Foi publicado um estudo (em inglês) sobre o impacto das espécies invazoras e as consequências das políticas de proteção a espécies não nativas invasoras. Eu tive o cuidado de traduzir […]
#29 – BRAGUINHA – SHAD NA PESCARIA DE TUCUNARÉ Alexandre (Zeca)
#28 – Tenho muitas iscas mas não pego nada Alexandre (Zeca)
#26 – Bate-papo Otávio e Machado – Torneio de Três Marias Alexandre (Zeca)
#25 – Peixes Inesquecíveis 2 Alexandre (Zeca)
Vou compartilhar com vocês uma história que ilustra não apenas a beleza da pesca, mas também a importância do Tippet Ring como aliado valioso nesse emocionante cenário.
No ano passado, em 2022, embarquei em uma pescaria na Ilha do Bananal, mais precisamente no lago chamado Sorrocan. Uma experiência que tinha sido marcante para mim em 2006, quando tive uma das melhores pescarias de tucunarés. Decidi reviver esse momento com uma diferença fundamental: levar meu irmão para desfrutar dessa aventura ao meu lado. Durante essa expedição, teríamos uma semana inteira acampados às margens desse lago, com altas expectativas e a certeza de que essa seria uma experiência memorável, especialmente para meu irmão, que participaria pela primeira vez desse tipo de pescaria.
Nossa jornada até o local foi uma odisséia por si só. Horas de avião até Palmas, seguidas por mais horas de ônibus até Formoso do Araguaia. Uma noite no hotel e, finalmente, mais algumas horas até as margens do Rio Javaés. Esse era o ponto de partida para a verdadeira aventura que nos aguardava. E assim começava, com a travessia do Rio Javaés de carro, puxando um barco. O detalhe? Não era um 4×4 robusto, mas sim um Renault Duster. A chegada às margens do rio coincidiu com o nascer do sol, e nosso guia desceu para avaliar o ponto de travessia. Mesmo com minhas dúvidas, ele decidiu atravessar, e como eu previ, não era o local certo. O carro atolou no rio, marcando o início de uma série de desafios que estavam por vir.
Essa foi apenas a primeira das muitas aventuras que encontramos. Com o raiar do dia, nosso guia buscou ajuda em uma aldeia indígena na ilha. O cacique da tribo nos direcionou para o local correto de travessia, cerca de 100 metros rio acima, onde indicou com varetas de bambu. Após alguns contratempos, conseguimos desatolar o carro e nos dirigimos para o ponto correto de travessia.
Nossa travessia prosseguiu sem problemas, e finalmente chegamos à aldeia, onde o cacique se uniu a nós como guia pelos caminhos da ilha. A Ilha do Bananal não oferece estradas, apenas trilhas de gado, e por isso, exploramos os caminhos que a seca permitia. O contraste com minha última visita, quando enfrentei atoleiros, era notável. No entanto, a poeira e o terreno exigiam cautela constante devido ao carro inadequado para esse ambiente.
Após várias horas, chegamos ao acampamento perto da hora do almoço. Conhecer os companheiros de pescaria, arrumar os equipamentos e partir para pescar eram os passos seguintes. A expectativa estava alta, mas logo percebemos que as capturas não correspondiam ao que imaginávamos. A cada arremesso, era uma piranha atrás da outra. Tucunarés ou outros peixes eram difíceis de encontrar. Foi assim durante todos os dias, exceto em um local específico onde conseguimos capturar traíras e tucunarés menores que 30 cm. A situação persistiu até os últimos dias, quando finalmente começamos a encontrar aruanãs. No entanto, elas não atacavam as iscas, apenas fugiam. Foi nesse momento que uma ideia surgiu: troquei o leader, adicionei um tippet ring e amarrei uma imitação de gafanhoto na ponta, utilizando uma linha mais fina. Foi aí que descobri uma das pescarias mais técnicas que já fiz. As aruanãs eram visíveis na superfície, e o arremesso precisava ser certeiro. Esperar até que elas atacassem antes que vissem o barco era o desafio. Essa abordagem meticulosa, embora tenha resultado em poucas capturas, foi inigualável em termos de dificuldade técnica e tática. Infelizmente, não tenho a oportunidade de realizar esse tipo de pescaria com a frequência que gostaria.
Recomendo a todos que experimentem a técnica de usar Tippet Rings em suas pescarias. Minha jornada na Ilha do Bananal mostrou como o uso adequado dessa ferramenta pode melhorar significativamente a apresentação da isca e preservar a integridade do leader. Dessa forma, o Tippet Ring desempenhou um papel crucial em uma experiência que, mesmo com suas dificuldades, permanecerá gravada como uma das aventuras mais técnicas e memoráveis que já vivi.
Nota: A Ilha do Bananal e suas bacias não fazem parte da região de ocorrência dos peixes mencionados anteriormente, sendo eles exemplos de espécies que podem ser capturadas usando as técnicas e o equipamento adequado.
Tagged as: aruana, formoso do araguaia, tocantins, ilha do bananal.
Pescador esportivo há mais de 20 anos, co-fundador do Fórum Caterva, da FBPE (Federação Brasileira de Pesca Esportiva), membro da Diretoria de Marketing da ANEPE.
Alexandre (Zeca) 15 de julho de 2023
Foi publicado um estudo (em inglês) sobre o impacto das espécies invazoras e as consequências das políticas de proteção a espécies não nativas invasoras. Eu tive o cuidado de traduzir […]
Copyright - Caterva - A casa dos amigos
Post comments (0)