Raio X do robalo peva (7-2010)
- Marcos Zotto
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Raio X do robalo peva (7-2010)
Raio X do robalo Peva
(Matéria publicada no Jornal Pesca Brasil em 07/2010)
A partir de agora, você vai embarcar em uma fabulosa viagem através da biologia do robalo peva.
Vamos literalmente mergulhar no ambiente onde vive o robalo, para emergir ao final desta reportagem, com uma nova visão do principal peixe alvo de nossas pescarias.
Teremos como convidado especial, a nos acompanhar nesta jornada, o Msc. Oceanógrafo Pietro Simon Moro, cujo trabalho de mestrado, ajudou o governo do Paraná a estabelecer os tamanhos mínimos e máximos de captura do robalo, a partir da resolução número 060/2008, assinada pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.... ....
No céu, grossas e escuras nuvens avisam que mais um temporal se aproxima.
No calendário, já estamos nos aproximando de mais um final de ano, com o mês de novembro em seus últimos dias.
Mais uma vez, o eterno ciclo das estações se repete, com a chegada das fortes chuvas de verão .
Nos rios isto significa aumento do nível das águas e correntes.
Inicia-se a viagem de milhões de robalinhos, abrigados junto às margens e corixos em direção aos estuários.
Ali cresceram, protegidos pelas águas rasas e quentes ,dos predadores e baixas temperaturas, alimentando-se basicamente de larvas de crustáceos, e puderam desenvolver-se do estágio pós-larval ao estágio juvenil.
Os juvenis de robalo demonstram maior afinidade pela água doce e sobrevivem em águas com menores níveis de oxigênio do que os adultos, sendo encontrados à montante dos
rios em todas as épocas do ano, já os robalos adultos parecem ser menos sensíveis às baixas temperaturas do que os estágios larvais ou juvenis.
Agora com aproximadamente 15 centimetros e um ano de vida, irão pegar uma carona no aumento do fluxo das águas e mudar-se para as regiões mais profundas dos estuários, tais como corixos, gamboas, lagoas, etc, onde se desenvolverão tendo como alimento os crustáceos e peixes forrageiros.
O robalo é essencialmente carnívoro, o que o classifica na cadeia alimentar, como predador.
Nesta qualidade, já nasce com instintos definidos, o que o torna um peixe ideal para a prática da pesca esportiva com iscas artificiais.
Este período climático de novembro a meados de abril, caracterizado pelo aumento da temperatura e fortes chuvas, representa o período mais favorável ao crescimento do robalo.
É quando ele migra para para as regiões mais profundas, com mais força de marés e maior produtividade de alimentos, onde os pequenos crustáceos e peixes são facilmente emboscados pela sua fisiologia de predador nato.
Também é onde ele passará a maior parte da sua vida, que pode variar de 11 anos até incríveis 23 anos.
Nesta fase o robalo é macho, podendo vir a tornar-se fêmea a partir dos 33 cm e aproximadamente 3 anos de vida.
O robalo é hermafrodita potândrico com predominância inicial masculina.
O que quer dizer que ao atingir determinado estágio de desenvolvimento, pode vir a mudar de sexo, o que ocorre na grande maioria.
A probabilidade que um robalo de um determinado tamanho seja uma fêmea cresce
com o incremento do comprimento ou idade .
(Porém isto foi somente comprovado para o robalo-flexa, há a hipótese disto ocorrer com o robalo-peva, mas ainda não foi comprovado cientificamente de forma a não restar dúvidas quanto a esta característica biológica.)
Observou-se que os machos alcançam a maturidade sexual relativamente
cedo, durante os seus primeiros anos de vida.
(Começa aqui, a construção do conceito de tamanho mínimo para captura, como veremos ao longo desta reportagem.)
Agora estamos no final de abril, e as temperaturas já começam a ficar mais amenas, com a conseqüente redução das chuvas.
Nos estuários, isto se traduz em águas mais limpas e salgadas.
Condição necessária e ideal para o ciclo reprodutivo dos robalos.
Ainda que o robalo adulto possa utilizar habitat de águas continentais, eles não são capazes de se reproduzir em água doce, pois os espermatozóides ficam ativos somente em águas com salinidade elevada.
Os próximos seis meses, serão dedicados ao período reprodutivo.
Estudos constataram que o robalo não realiza grandes ciclos migratórios, e que desova em águas salobras durante o fim da primavera, começo do verão e novamente no inicio do outono .
As fêmeas de robalo desovam durante a noite e a desova acontece durante alguns dias.
Os ovos e larvas são geralmente encontrados em águas próximas de estuários e adjacências de bocas de rios.
As larvas passam cerca de 2,5 semanas nas águas costeiras e permanecem perto do fundo antes da sua chegada nos berçários de águas rasas.
É importante observar que as chuvas de novembro a abril, tem como principal conseqüência, o aumento de nutrientes essenciais ao desenvolvimento do robalo, devido ao aumento da produtividade de microorganismos, alimento essencial em suas fases iniciais.
É a lei natural da ação e reação.
Procurou-se estabelecer uma relação entre os fatores ambientais (especificamente chuvas e temperatura) com o ciclo reprodutivo do robalo.
Os picos reprodutivos coincidem tanto com a diminuição das chuvas, quanto com a diminuição da temperatura, indicando a entrada no estuário, de robalos maiores que compõem o estoque adulto e que habitam a região costeira.
Esses indivíduos são estimulados pela baixa vazão e pelo aumento da salinidade, causadas pelas frentes frias, a migrar para o estuário e se reproduzir.
Na época da reprodução, os robalos são encontrados geralmente nas desembocaduras dos rios ou na zona costeira adjacente.
Após a reprodução os peixes são encontrados em rios e lagunas, o que parece indicar que uma vez efetuado o processo reprodutivo, se dirigem ás águas interiores, com menor
salinidade, assim como os peixes menores.
A proporção entre o peva e o flexa, é bastante desequilibrada.
O Msc. Oceanógrafo Pietro S. Moro, acompanhou as capturas de nove campeonatos de pesca, sendo seis na baia de Paranaguá e três na baia de Guaratuba, e obteve como resultado a captura total de 3290 pevas e apenas 158 flexas, demonstrando desta forma, que o flexa é uma espécie relativamente rara em nosso litoral, e em hipótese alguma, deve ser sacrificado.
Mesmo com tamanho acima de setenta centímetros, pois é uma espécie de baixíssima ocorrência em nossa região, e precisa ser preservada.
Apesar de o IBAMA estabelecer a medida de 35 cm, como tamanho mínimo para a captura do peva, estudos do Msc. Oceanógrafo Pietro S. Moro, provaram que a medida mínima ideal deve ser de 43 cm (seis anos).
Um peva de 38 cm tem cinco anos e um de 47 cm, sete anos.
O registro do recorde mundial do robalo peva (IGFA, 2007) capturado no município de Torres – RS, é de 76 cm e peso de 4960 kg.
Entretanto, também foi registrada a captura de um exemplar pesando 3860 g na Baía de Guaratuba (Paraná), em 23/11/2002 pela FPPDS (2007), que teve seu comprimento
estimado pela relação peso comprimento em 73,16 cm.
Comparação entre curvas de crescimento estimadas para a espécie PEVA
Considerando os aspectos do crescimento descritos , o robalo-peva (C. parallelus) pode ser facilmente sobre-explorado, pois demora em torno de 4 a 5 anos para atingir a maturidade (aproximadamente, 35 cm) e entre 5 a 7 anos para atingir o comprimento ótimo de captura
(aproximadamente, 43 cm), podendo apresentar uma longevidade superior a
20 anos.
(Até aqui colocamos mais alguns tijolos no conceito de tamanho mínimo, mas ainda tem mais....)
As espécies peva e flexa podem ocorrer no mesmo ambiente, mas em proporções variáveis.
Ambas são estuarinas-dependentes, não ocorrendo em águas profundas e esporadicamente
em ilhas oceânicas sem rios permanentes que tenham comunicação com o mar.
Suportam temperaturas de até 15 graus, apesar de ficarem quase inativos abaixo de 18 graus.
Cardumes de robalos-flexa sexualmente ativos, contendo quatro a cinco centenas de indivíduos, retornam todo ano à mesma localidade para realizar a desova.
Apesar de alguns resultados satisfatórios com a reprodução artificial, através do uso de indução hormonal , a obtenção de indivíduos maduros e aptos para a indução, tanto em cativeiro como selvagens, tem sido a maior dificuldade para o desenvolvimento prático do cultivo desta espécie.
(Mais alguns tijolinhos...)
A alimentação do peva também foi outro aspecto biológico investigado , onde a dieta é basicamente composta por pequenos peixes e crustáceos .
Para exemplares menores que 15 cm, o regime alimentar é composto principalmente por larvas de Crustáceos, enquanto para exemplares maiores, comprimentos entre 15 e 40 cm, a dominância do conteúdo estomacal foi atribuída tanto aos crustáceos como a pequenos peixes . Moluscos e insetos também foram comumente encontrados nas suas dietas, mas em proporções reduzidas.
Apesar desta matéria tratar dos aspectos biológicos do robalo, vamos abrir um pequeno espaço para discutir o impacto da pesca amadora sobre os cardumes de robalos.
Na realidade não estamos nos afastando do tema principal, posto que o objetivo maior é sempre aumentar a concientização a respeito da importância do pesque e solte, bem como o respeito aos tamanhos mínimos e máximos estabelecidos, que são de :
Peixe Mínimo Máximo
PEVA 40 cm 50 cm
FLEXA 60 cm 70 cm
Inicialmente vamos estabelecer os limites entre pesca profissional, pesca amadora e pesca esportiva.
Pesca profissional é aquela praticada com redes em determinados pontos pré-estabelecidos pelo IBAMA, com tamanho de malha mínimo, extensão de rede máximo e tem fins comerciais. Existe desde os tempos primordiais, e quando praticada dentro das normas pré- estabelecidas, é perfeitamente sustentável.
Torna-se altamente nociva quando não respeita estas normas, como por exemplo quando são colocadas redes em bocas de rios, e/ou são usadas malhas menores.
Pesca Esportiva é aquela praticada pelos adeptos do pesque e solte. Tem impactos quase nulos sobre os cardumes de robalos, e é totalmente destituída de fins comerciais. Alguns a descrevem como pesca sem morte.
Pesca amadora é aquela praticada com o intuito de capturar o peixe para fins culinários, porém sem fins comerciais. Também pode ser descrita como pesca com morte.
Por décadas, foi assumido que a pesca amadora tinha um impacto mínimo na maioria das espécies de peixes Entretanto, uma rigorosa re-análise dos registros para diversas pescas mostra que este não é sempre o caso.
Para algumas espécies , a pesca amadora pode ser mais ameaçadora que a comercial.
Há poucas décadas atrás, a taxa de peixes capturados era dependente da densidade; isto é, uma pequena proporção da população total de peixes era capturada por unidade de tempo,
uma vez que, os peixes mais acessíveis já tinham sido capturados e a população de peixes diminuía em tamanho.
Os peixes restantes tinham um refugio na escassez, quando os pescadores reduziam os seus esforços, pois os peixes estavam raros ou localizá-los tomava muito tempo.
Atualmente, novas tecnologias e o aumento da população humana têm, desde então, reduzido a efetividade do refúgio durante a escassez e, agora, a taxa de captura realizada pela pesca amadora esta se tornando independente da densidade .
A pesca amadora tem acesso à maior parte das águas doces e das regiões costeiras dos oceanos, incluindo estuários, recifes, manguezais.
Os princípios fundamentais da pesca amadora são grandes esforços e baixa eficiência (quantidade de embarcações e horas de pesca) na captura individual.
Embora os setores da pesca amadora e comercial sejam fundamentalmente e filosoficamente diferentes, ambas possuem efeitos negativos similares, incluindo o potencial de causar estresse e mortalidade nos peixes , alterar a ecologia e degradar os ambientes aquáticos.
A pesca comercial e a amadora têm efeitos demográficos e ecológicos similares nas populações de peixes. Elas alteram as estruturas em tamanho e idade, reduzem a biomassa, e alteram a composição da comunidade.
Embora caracterizada por métodos menos eficientes e evasivos, ela também pode levar a impactos ecológicos negativos, devido ao grande número de peixes capturados.
Os pescadores amadores podem ter uma forte influência, particularmente da depreciação da estrutura em tamanho das populações de peixes exploradas, pois eles exibem uma maior seletividade em tamanho que a pesca comercial, como por exemplo, através da escolha do tamanho da isca ou anzol.
Desta forma, torna-se fundamental que o pescador amador, limite suas capturas as necessidades culinárias imediatas, respeitando os limites estipulados na legislação, que prevê sete exemplares, mais um troféu, bem como os tamanhos mínimos.
Passando para a modalidade do pesque e solte nas capturas restantes.
(E lá se foram mais alguns tijolos...)
Depois deste mergulho na biologia dos robalos, você já deve estar se questionando a respeito da importância em aderir a pratica do pesque e solte, bem como respeitar os limites mínimos e máximos de captura.
Mas se nada disto serviu para mudar a sua opinião, então resta perguntar o que você vai fazer com o seu equipamento de pesca, e qual o lazer que irá preencher suas horas, quando o robalo se tornar escasso ?
Pratique o pesque e solte, e combata as redes.
Marcos Zotto
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORO, S. P. PROSPECÇÃO DO ESTOQUE DE ROBALO-PEVA (Centropomus parallelus)
NO LITORAL DO PARANÁ, ATRAVÉS DA PESCA ESPORTIVA.2008. 151f. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA À COORDENAÇÃO DO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PESCA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, COMO REQUISITO PARCIAL PARA
A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA DE PESCA. 2008
RODRIGUES, P. P. Aspectos do Robalo-peva, Centropomus parallelus, na Foz
do rio Doce, Linhares/ES. 2005. 51f. Monografia (Graduação em
Oceanografia) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2005.
(Matéria publicada no Jornal Pesca Brasil em 07/2010)
A partir de agora, você vai embarcar em uma fabulosa viagem através da biologia do robalo peva.
Vamos literalmente mergulhar no ambiente onde vive o robalo, para emergir ao final desta reportagem, com uma nova visão do principal peixe alvo de nossas pescarias.
Teremos como convidado especial, a nos acompanhar nesta jornada, o Msc. Oceanógrafo Pietro Simon Moro, cujo trabalho de mestrado, ajudou o governo do Paraná a estabelecer os tamanhos mínimos e máximos de captura do robalo, a partir da resolução número 060/2008, assinada pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.... ....
No céu, grossas e escuras nuvens avisam que mais um temporal se aproxima.
No calendário, já estamos nos aproximando de mais um final de ano, com o mês de novembro em seus últimos dias.
Mais uma vez, o eterno ciclo das estações se repete, com a chegada das fortes chuvas de verão .
Nos rios isto significa aumento do nível das águas e correntes.
Inicia-se a viagem de milhões de robalinhos, abrigados junto às margens e corixos em direção aos estuários.
Ali cresceram, protegidos pelas águas rasas e quentes ,dos predadores e baixas temperaturas, alimentando-se basicamente de larvas de crustáceos, e puderam desenvolver-se do estágio pós-larval ao estágio juvenil.
Os juvenis de robalo demonstram maior afinidade pela água doce e sobrevivem em águas com menores níveis de oxigênio do que os adultos, sendo encontrados à montante dos
rios em todas as épocas do ano, já os robalos adultos parecem ser menos sensíveis às baixas temperaturas do que os estágios larvais ou juvenis.
Agora com aproximadamente 15 centimetros e um ano de vida, irão pegar uma carona no aumento do fluxo das águas e mudar-se para as regiões mais profundas dos estuários, tais como corixos, gamboas, lagoas, etc, onde se desenvolverão tendo como alimento os crustáceos e peixes forrageiros.
O robalo é essencialmente carnívoro, o que o classifica na cadeia alimentar, como predador.
Nesta qualidade, já nasce com instintos definidos, o que o torna um peixe ideal para a prática da pesca esportiva com iscas artificiais.
Este período climático de novembro a meados de abril, caracterizado pelo aumento da temperatura e fortes chuvas, representa o período mais favorável ao crescimento do robalo.
É quando ele migra para para as regiões mais profundas, com mais força de marés e maior produtividade de alimentos, onde os pequenos crustáceos e peixes são facilmente emboscados pela sua fisiologia de predador nato.
Também é onde ele passará a maior parte da sua vida, que pode variar de 11 anos até incríveis 23 anos.
Nesta fase o robalo é macho, podendo vir a tornar-se fêmea a partir dos 33 cm e aproximadamente 3 anos de vida.
O robalo é hermafrodita potândrico com predominância inicial masculina.
O que quer dizer que ao atingir determinado estágio de desenvolvimento, pode vir a mudar de sexo, o que ocorre na grande maioria.
A probabilidade que um robalo de um determinado tamanho seja uma fêmea cresce
com o incremento do comprimento ou idade .
(Porém isto foi somente comprovado para o robalo-flexa, há a hipótese disto ocorrer com o robalo-peva, mas ainda não foi comprovado cientificamente de forma a não restar dúvidas quanto a esta característica biológica.)
Observou-se que os machos alcançam a maturidade sexual relativamente
cedo, durante os seus primeiros anos de vida.
(Começa aqui, a construção do conceito de tamanho mínimo para captura, como veremos ao longo desta reportagem.)
Agora estamos no final de abril, e as temperaturas já começam a ficar mais amenas, com a conseqüente redução das chuvas.
Nos estuários, isto se traduz em águas mais limpas e salgadas.
Condição necessária e ideal para o ciclo reprodutivo dos robalos.
Ainda que o robalo adulto possa utilizar habitat de águas continentais, eles não são capazes de se reproduzir em água doce, pois os espermatozóides ficam ativos somente em águas com salinidade elevada.
Os próximos seis meses, serão dedicados ao período reprodutivo.
Estudos constataram que o robalo não realiza grandes ciclos migratórios, e que desova em águas salobras durante o fim da primavera, começo do verão e novamente no inicio do outono .
As fêmeas de robalo desovam durante a noite e a desova acontece durante alguns dias.
Os ovos e larvas são geralmente encontrados em águas próximas de estuários e adjacências de bocas de rios.
As larvas passam cerca de 2,5 semanas nas águas costeiras e permanecem perto do fundo antes da sua chegada nos berçários de águas rasas.
É importante observar que as chuvas de novembro a abril, tem como principal conseqüência, o aumento de nutrientes essenciais ao desenvolvimento do robalo, devido ao aumento da produtividade de microorganismos, alimento essencial em suas fases iniciais.
É a lei natural da ação e reação.
Procurou-se estabelecer uma relação entre os fatores ambientais (especificamente chuvas e temperatura) com o ciclo reprodutivo do robalo.
Os picos reprodutivos coincidem tanto com a diminuição das chuvas, quanto com a diminuição da temperatura, indicando a entrada no estuário, de robalos maiores que compõem o estoque adulto e que habitam a região costeira.
Esses indivíduos são estimulados pela baixa vazão e pelo aumento da salinidade, causadas pelas frentes frias, a migrar para o estuário e se reproduzir.
Na época da reprodução, os robalos são encontrados geralmente nas desembocaduras dos rios ou na zona costeira adjacente.
Após a reprodução os peixes são encontrados em rios e lagunas, o que parece indicar que uma vez efetuado o processo reprodutivo, se dirigem ás águas interiores, com menor
salinidade, assim como os peixes menores.
A proporção entre o peva e o flexa, é bastante desequilibrada.
O Msc. Oceanógrafo Pietro S. Moro, acompanhou as capturas de nove campeonatos de pesca, sendo seis na baia de Paranaguá e três na baia de Guaratuba, e obteve como resultado a captura total de 3290 pevas e apenas 158 flexas, demonstrando desta forma, que o flexa é uma espécie relativamente rara em nosso litoral, e em hipótese alguma, deve ser sacrificado.
Mesmo com tamanho acima de setenta centímetros, pois é uma espécie de baixíssima ocorrência em nossa região, e precisa ser preservada.
Apesar de o IBAMA estabelecer a medida de 35 cm, como tamanho mínimo para a captura do peva, estudos do Msc. Oceanógrafo Pietro S. Moro, provaram que a medida mínima ideal deve ser de 43 cm (seis anos).
Um peva de 38 cm tem cinco anos e um de 47 cm, sete anos.
O registro do recorde mundial do robalo peva (IGFA, 2007) capturado no município de Torres – RS, é de 76 cm e peso de 4960 kg.
Entretanto, também foi registrada a captura de um exemplar pesando 3860 g na Baía de Guaratuba (Paraná), em 23/11/2002 pela FPPDS (2007), que teve seu comprimento
estimado pela relação peso comprimento em 73,16 cm.
Comparação entre curvas de crescimento estimadas para a espécie PEVA
Considerando os aspectos do crescimento descritos , o robalo-peva (C. parallelus) pode ser facilmente sobre-explorado, pois demora em torno de 4 a 5 anos para atingir a maturidade (aproximadamente, 35 cm) e entre 5 a 7 anos para atingir o comprimento ótimo de captura
(aproximadamente, 43 cm), podendo apresentar uma longevidade superior a
20 anos.
(Até aqui colocamos mais alguns tijolos no conceito de tamanho mínimo, mas ainda tem mais....)
As espécies peva e flexa podem ocorrer no mesmo ambiente, mas em proporções variáveis.
Ambas são estuarinas-dependentes, não ocorrendo em águas profundas e esporadicamente
em ilhas oceânicas sem rios permanentes que tenham comunicação com o mar.
Suportam temperaturas de até 15 graus, apesar de ficarem quase inativos abaixo de 18 graus.
Cardumes de robalos-flexa sexualmente ativos, contendo quatro a cinco centenas de indivíduos, retornam todo ano à mesma localidade para realizar a desova.
Apesar de alguns resultados satisfatórios com a reprodução artificial, através do uso de indução hormonal , a obtenção de indivíduos maduros e aptos para a indução, tanto em cativeiro como selvagens, tem sido a maior dificuldade para o desenvolvimento prático do cultivo desta espécie.
(Mais alguns tijolinhos...)
A alimentação do peva também foi outro aspecto biológico investigado , onde a dieta é basicamente composta por pequenos peixes e crustáceos .
Para exemplares menores que 15 cm, o regime alimentar é composto principalmente por larvas de Crustáceos, enquanto para exemplares maiores, comprimentos entre 15 e 40 cm, a dominância do conteúdo estomacal foi atribuída tanto aos crustáceos como a pequenos peixes . Moluscos e insetos também foram comumente encontrados nas suas dietas, mas em proporções reduzidas.
Apesar desta matéria tratar dos aspectos biológicos do robalo, vamos abrir um pequeno espaço para discutir o impacto da pesca amadora sobre os cardumes de robalos.
Na realidade não estamos nos afastando do tema principal, posto que o objetivo maior é sempre aumentar a concientização a respeito da importância do pesque e solte, bem como o respeito aos tamanhos mínimos e máximos estabelecidos, que são de :
Peixe Mínimo Máximo
PEVA 40 cm 50 cm
FLEXA 60 cm 70 cm
Inicialmente vamos estabelecer os limites entre pesca profissional, pesca amadora e pesca esportiva.
Pesca profissional é aquela praticada com redes em determinados pontos pré-estabelecidos pelo IBAMA, com tamanho de malha mínimo, extensão de rede máximo e tem fins comerciais. Existe desde os tempos primordiais, e quando praticada dentro das normas pré- estabelecidas, é perfeitamente sustentável.
Torna-se altamente nociva quando não respeita estas normas, como por exemplo quando são colocadas redes em bocas de rios, e/ou são usadas malhas menores.
Pesca Esportiva é aquela praticada pelos adeptos do pesque e solte. Tem impactos quase nulos sobre os cardumes de robalos, e é totalmente destituída de fins comerciais. Alguns a descrevem como pesca sem morte.
Pesca amadora é aquela praticada com o intuito de capturar o peixe para fins culinários, porém sem fins comerciais. Também pode ser descrita como pesca com morte.
Por décadas, foi assumido que a pesca amadora tinha um impacto mínimo na maioria das espécies de peixes Entretanto, uma rigorosa re-análise dos registros para diversas pescas mostra que este não é sempre o caso.
Para algumas espécies , a pesca amadora pode ser mais ameaçadora que a comercial.
Há poucas décadas atrás, a taxa de peixes capturados era dependente da densidade; isto é, uma pequena proporção da população total de peixes era capturada por unidade de tempo,
uma vez que, os peixes mais acessíveis já tinham sido capturados e a população de peixes diminuía em tamanho.
Os peixes restantes tinham um refugio na escassez, quando os pescadores reduziam os seus esforços, pois os peixes estavam raros ou localizá-los tomava muito tempo.
Atualmente, novas tecnologias e o aumento da população humana têm, desde então, reduzido a efetividade do refúgio durante a escassez e, agora, a taxa de captura realizada pela pesca amadora esta se tornando independente da densidade .
A pesca amadora tem acesso à maior parte das águas doces e das regiões costeiras dos oceanos, incluindo estuários, recifes, manguezais.
Os princípios fundamentais da pesca amadora são grandes esforços e baixa eficiência (quantidade de embarcações e horas de pesca) na captura individual.
Embora os setores da pesca amadora e comercial sejam fundamentalmente e filosoficamente diferentes, ambas possuem efeitos negativos similares, incluindo o potencial de causar estresse e mortalidade nos peixes , alterar a ecologia e degradar os ambientes aquáticos.
A pesca comercial e a amadora têm efeitos demográficos e ecológicos similares nas populações de peixes. Elas alteram as estruturas em tamanho e idade, reduzem a biomassa, e alteram a composição da comunidade.
Embora caracterizada por métodos menos eficientes e evasivos, ela também pode levar a impactos ecológicos negativos, devido ao grande número de peixes capturados.
Os pescadores amadores podem ter uma forte influência, particularmente da depreciação da estrutura em tamanho das populações de peixes exploradas, pois eles exibem uma maior seletividade em tamanho que a pesca comercial, como por exemplo, através da escolha do tamanho da isca ou anzol.
Desta forma, torna-se fundamental que o pescador amador, limite suas capturas as necessidades culinárias imediatas, respeitando os limites estipulados na legislação, que prevê sete exemplares, mais um troféu, bem como os tamanhos mínimos.
Passando para a modalidade do pesque e solte nas capturas restantes.
(E lá se foram mais alguns tijolos...)
Depois deste mergulho na biologia dos robalos, você já deve estar se questionando a respeito da importância em aderir a pratica do pesque e solte, bem como respeitar os limites mínimos e máximos de captura.
Mas se nada disto serviu para mudar a sua opinião, então resta perguntar o que você vai fazer com o seu equipamento de pesca, e qual o lazer que irá preencher suas horas, quando o robalo se tornar escasso ?
Pratique o pesque e solte, e combata as redes.
Marcos Zotto
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORO, S. P. PROSPECÇÃO DO ESTOQUE DE ROBALO-PEVA (Centropomus parallelus)
NO LITORAL DO PARANÁ, ATRAVÉS DA PESCA ESPORTIVA.2008. 151f. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA À COORDENAÇÃO DO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PESCA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, COMO REQUISITO PARCIAL PARA
A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA DE PESCA. 2008
RODRIGUES, P. P. Aspectos do Robalo-peva, Centropomus parallelus, na Foz
do rio Doce, Linhares/ES. 2005. 51f. Monografia (Graduação em
Oceanografia) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2005.
Editado pela última vez por Marcos Zotto em Dom Ago 01, 2010 11:10 am, em um total de 1 vez.
- NELSON MACIEL
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- Vitor Isaia
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Texto primoroso... gostaria que os 'matadores' estivessem lendo isso...
Parabéns Marcos!!
Parabéns Marcos!!
http://www.devocionaisdiarios.com
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, Jesus Cristo,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, Jesus Cristo,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)
- Laurens Teuber
- GARATÉIA DE BRONZE
- Mensagens: 1002
- Registrado em: Qui Set 28, 2006 8:30 pm
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Rapaz esse nosso peixe, nasce macho e morre fêmea:
"O robalo é hermafrodita potândrico com predominância inicial masculina."
Explicado e justificado de termos medidas mínimas e máximas.
Valeu Marcos
Aproveitando o exemplo daquela baita matriz não resistiu à soltura, vale relembrar:
http://caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10643
Laurens
"O robalo é hermafrodita potândrico com predominância inicial masculina."
Explicado e justificado de termos medidas mínimas e máximas.
Valeu Marcos
Aproveitando o exemplo daquela baita matriz não resistiu à soltura, vale relembrar:
http://caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10643
Laurens
- Marcos Zotto
- GARATÉIA DE PRATA
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- Registrado em: Ter Mai 06, 2008 9:35 pm
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Obrigado NelsonNELSON MACIEL escreveu:Belissímo texto Marcos ...
Parabéns ... Extremamente claro e didático ...
Excelente ...
É interessante como as coisas acontecem as vezes....
Algum tempo atrás, comecei a procurar mais informações a respeito da biologia do robalo, que me permitissem montar estratégias melhores de pesca.
Encontrei muito pouca coisa a respeito, até porque (depois aprendi), que o comportamento do robalo varia bastante de região para região.
Mas acabei topando com o trabalho do Rodrigues (ES).
Muito interessante, porém trata só da parte reprodutiva, então ficaram em aberto muitas dúvidas a respeito do crescimento.
Numa conversa com o Gilberto Antonietto, sobre o uso abusivo de redes, ele mencionou o trabalho do Pietro Moro, que é sobrinho do Edson Deconto.
Fiz contato com o Pietro, e expliquei que estava desenvolvendo uma matéria a respeito da biologia dos robalos, e se poderia me mandar uma cópia da tese de mestrado dele.
A partir daí, começou o trabalho de transformar um volume imenso de informações acadêmicas, num texto palatável ao leigo.
Contei com a prestimosa ajuda do Pietro, sempre bem humorado e atencioso, educado, me corrigindo nos conceitos errados, para não escrever besteira.
Aprendi muito.
Para finalizar, pedi a opinião do Roald Andretta, que daí analisou o texto do ponto de vista do pescador, e fez mais uma série de correções.
Não é a toa que o Roald é reconhecido nacional e internacionalmente.
A imensa bagagem de conhecimentos e o alto nivel de profissionalismo, só não são percebidos na sua totalidade devido ao manto de humildade que envolve a sua pessoa.
O resultado está aí, espero que seja útil principalmente no tocante a preservação da espécie.
Grande abraço
Marcos
- Marcos Zotto
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Pois é Laurens, no caso da espécie peva, ainda não foi comprovado cientificamente, a ponto de não deixar dúvidas, porém pode-se afirmar que esta transformação ocorre com a grande maioria.Laurens Teuber escreveu:Rapaz esse nosso peixe, nasce macho e morre fêmea:
"O robalo é hermafrodita potândrico com predominância inicial masculina."
Explicado e justificado de termos medidas mínimas e máximas.
Valeu Marcos
Aproveitando o exemplo daquela baita matriz não resistiu à soltura, vale relembrar:
http://caterva.com.br/forum/viewtopic.php?t=10643
Laurens
Seria muito bom se esta informação pudesse ser divulgada mais amplamente.
Quem sabe os pescadores não pensariam duas vezes em preservar os troféus, sabendo que pode ser uma fêmea reprodutora que está sendo abatida.
Grande abraço
- Leandro Tonicelli Penna
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E mais uma vez, parabéns pelo belo texto e por buscar e se aprofundar em materias para um embasamento teórico do assunto, com enriquecimento do assunto.
Uma coisa que me deixou pensativo Marcos, é no que se refere a grande devastação que a pesca amadora traz, chegando a níveis considerados alarmantes.
Creio que isso se deva, também, ao desrespeito sobre o tamanho mínimo e máximo capturado por quem utiliza esta modalidade de pesca. Além da grande quantidade de peixes que cada um leva para casa.
Como todos acima falaram, espero que isso sirva para muitos mudarem seu conceito e praticar o pesque e solte.
Uma coisa que me deixou pensativo Marcos, é no que se refere a grande devastação que a pesca amadora traz, chegando a níveis considerados alarmantes.
Creio que isso se deva, também, ao desrespeito sobre o tamanho mínimo e máximo capturado por quem utiliza esta modalidade de pesca. Além da grande quantidade de peixes que cada um leva para casa.
Como todos acima falaram, espero que isso sirva para muitos mudarem seu conceito e praticar o pesque e solte.
Na natureza, não tire nada. a não ser fotos. Não mate nada, a não ser a vontade de ir. Não deixe nada, a não ser pegadas. Não leve nada, a não ser saudades.
- Marcos Zotto
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Valeu Oga.Oga escreveu:baita fonte de informação...
sem dúvida.. algo q todos os pescadores de robalo devem ver
isso q eu chamo de informação agregada
Achei interessante o fato de o robalo desovar no fim da primavera e depois no início do outono.
Segundo o Pietro, esta segunda desova, seria uma estratégia de preservação da espécie para o caso de uma frente fria ter prejudicado a primeira desova.
Grande abraço.
- Marcos Zotto
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Este é exatamente o ponto Marcos.Marcos Santos escreveu:E mais uma vez, parabéns pelo belo texto e por buscar e se aprofundar em materias para um embasamento teórico do assunto, com enriquecimento do assunto.
Uma coisa que me deixou pensativo Marcos, é no que se refere a grande devastação que a pesca amadora traz, chegando a níveis considerados alarmantes.
Creio que isso se deva, também, ao desrespeito sobre o tamanho mínimo e máximo capturado por quem utiliza esta modalidade de pesca. Além da grande quantidade de peixes que cada um leva para casa.
Como todos acima falaram, espero que isso sirva para muitos mudarem seu conceito e praticar o pesque e solte.
Tomando como exemplo apenas a baía de Guaratuba, se considerarmos uma média de 20 barcos por dia, com dois pescadores em cada barco retirando cinco robalos cada um.
Teremos ao fim de 30 dias, extraído 6000 robalos da baia.
E eu acredito que esta é uma estimativa aquém da realidade.
Daí pode-se ter uma idéai do enorme prejuízo que a pesca amadora produz.
Isto só acontece porque os exemplares são muito pequenos.
Se fosse respeitado pelo menos o tamanho minimo, bastariam dois ou tres para satisfazer uma boa refeição.
Grande abraço
Teremos
- Marcos Zotto
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Muito obrigado Rover.Rover escreveu:Meus parabéns Marcos,
Excelente os seus textos (li também o sobre sticks e o de robalos no inverno). Cara, depois dessa, não tenho dúvidas.
MARCOS ZOTTO PARA PRESIDENTE DO BRASIL!!!
Muito obrigado por compartilhar!
Podemos montar uma chapa sim, mas eu preferia ficar no ministério da pesca.
Te garanto que o potencial turistico da pesca esportiva iria mostrar a cara, neste nosso país abençoado por DEUS.
Grande abraço
- Luiz Henrique Celli
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Zotto , magnifico ... tomara que muita gente leia esse artigo , que ontem observei ter saído no jornal do pescador e devorei com os olhos .
Fiquei orgulhoso de ser um dos membros da LPPE que ajudou minimamente no estudo do Moro com informações dos robalos capturados nas nossas etapas e que resultaram no estudo dele e nesse seu para leigos como eu . Parabens ..
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MÁRCIO DINOR RAVACHI - O POISNÃ
"um dia acho esse pesqueiro " ... "
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Você tem todo o direito de sentir-se orgulhoso Márcio.Márcio Ravachi escreveu:Zotto , magnifico ... tomara que muita gente leia esse artigo , que ontem observei ter saído no jornal do pescador e devorei com os olhos .
Fiquei orgulhoso de ser um dos membros da LPPE que ajudou minimamente no estudo do Moro com informações dos robalos capturados nas nossas etapas e que resultaram no estudo dele e nesse seu para leigos como eu . Parabens ..
Além deste trabalho do Pietro, temos muitas outras atitudes que distinguem os pescadores esportivos do nosso estado, entre os melhores do Brasil.
Grande abraço
- Marcos Zotto
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Obrigado Gilson,Gilson escreveu:Muito bom, Marcos parabéns pelo texto.
Desculpa somente lí a matéria agora.
Uma dúvida,para o robalo vale a relação da medida da largura e comprimento para estimar o peso do peixe?
At.
Gilson
Este gráfico estima apenas a provável idade, baseado no comprimento.
No trabalho do Pietro existem muitos outros gráficos, que achei melhor omitir por tratar-se de matéria jornalistica, e não de cunho didático ou cientifico.
Mas é um trabalho muito interessante.
Tem 152 páginas.
Caso tenha interesse, me passe o teu email, que eu te mando.
Grande abraço
- Gilson Pasternak
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Ok, meu e-mail naclinho@brturbo.comMARCOS ZOTTO escreveu:Obrigado Gilson,Gilson escreveu:Muito bom, Marcos parabéns pelo texto.
Desculpa somente lí a matéria agora.
Uma dúvida,para o robalo vale a relação da medida da largura e comprimento para estimar o peso do peixe?
At.
Gilson
Este gráfico estima apenas a provável idade, baseado no comprimento.
No trabalho do Pietro existem muitos outros gráficos, que achei melhor omitir por tratar-se de matéria jornalistica, e não de cunho didático ou cientifico.
Mas é um trabalho muito interessante.
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Caso tenha interesse, me passe o teu email, que eu te mando.
Grande abraço
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- Almir Juppe
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Muito oportuno seu artigo. Fornece informações importantes em liguagem acessível a qualquer pescador esportivo as quais, como você bem lembrou, são bastante raras em nosso meio. Quanto mais conhecimento tivermos sobre este nosso "parceiro" que é o robalo,melhor poderemos manter sua população estável.
- Marcos Zotto
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Almir Juppe escreveu:Muito oportuno seu artigo. Fornece informações importantes em liguagem acessível a qualquer pescador esportivo as quais, como você bem lembrou, são bastante raras em nosso meio. Quanto mais conhecimento tivermos sobre este nosso "parceiro" que é o robalo,melhor poderemos manter sua população estável.
Obrigado Almir,
Exatamente, muitas pessoas não tem sequer noção do desequilibrio que causam à especie, principalmente deixando de respeitar os tamanhos mínimos e máximos.
Grande abraço
- Marcelo Melo
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