Uma vez, em uma reunião no Ministério da Pesca eu estava junto com outros mineiros representando os pescadores de Minas. E claro, o Caterva. Em Curitiba existiu uma reunião e alguns tomaram a decisão de que o Caterva não deveria ser considerado mídia e por isso não teve o Nelson como representante.
Bom, eu estive lá e em uma palestra comentei sobre o fato do Caterva ter mais acesso diário do que o número total de vendas de revistas de pesca por mês. O tempo passou e não foi surpresa nenhuma quando na próxima matéria publicada pela Pesca e Cia tratava justamente sobre os fóruns de pesca. Com uma série de críticas que tentava desqualificar as pessoas que escreviam seus relatos. Fazendo críticas como:
Não existe diferença entre os mais experientes e os iniciantes na hora de discutir. Para os “‘viciados” nessa rotina, o espaço virtual é o lugar onde a democracia reina absoluta.
A grande sacada do fórum está na “interatividade”. O pescador do interior do Mato Grosso pode comentar sobre a pescaria de um colega virtual de Canavieiras (BA), sem que ele tenha nenhum conhecimento sobre a pesca de marlins e olhos-de-boi.
Ao mesmo tempo em que textos geralmente bem curtos são escritos, fotos e vídeos são publicados para pessoas do mundo inteiro assistir.
Confira a matéria neste link: http://revistapescaecompanhia.com.br/se ... -e-contrasMuitas vezes não existe preocupação com foco, luz e traje dos fotografados, menos ainda com o bom uso do português. Expressões típicas de internet e palavras escritas de maneira errada são comuns.
Bom, acontece que hoje a mesma Pesca e Cia resolveu se voltar contra o que eles chamam de REDES SOCIAIS. Desta vez o título veio assim: Redes sociais criam o pescador ostentação?
E traz a opinião de alguns pescadores da revista e não é de se estranhar que mais uma vez a matéria vem novamente em tom de crítica. Sabemos que tanto os fóruns de pesca como as revistas estão perdendo espaço para as tais REDES SOCIAIS. No entanto eu não acho que seja coerente simplesmente criticar sem tentar entender o que está acontecendo. Vamos destacar aqui alguns comentários. Não vou colocar os nomes aqui.
As redes sociais estão criando uma nova classe de pescadores. Os “Instachatos”, em que qualquer um vira prostaff virtual, mas, na verdade, nada ou pouco sabe. E o pior: quer ensinar. Acho que as redes sociais são ótimas ferramentas de divulgação, mas é preciso estar de sangue doce com elas, pois você vê coisas boas, mas também terá de ter paciência para aguentar aqueles ostentadores de araque. Hoje está mais fácil o surgimento de "fakes".
Eu vejo como uma coisa de iniciantes. São pessoas que estão há pouco tempo na prática e vai na onda do outro. Eu estive algumas vezes com pescadores que estavam na Amazônia, por exemplo, pela primeira vez, e foram induzidos a comprar produtos caros, os quais eles nem sabiam usar. O pescador para de ostentar quando ele entende a funcionalidade de cada equipamento. Nas redes sociais, muitas vezes, o pescador exagera porque se empolgou.
Vamos ao que interessa. Pesca e Cia, não é necessário tentar desqualificar o que está acontecendo, pois isto não é um fenômeno exclusivo da pesca esportiva, está acontecendo no mundo inteiro. Os padrões estão mudando, a tecnologia está mudando e as pessoas estão mudando. E estamos no meio do processo e não vai ser criticando os outros que vai conseguir se qualificar.Hoje em dia é impossível não perceber estas coisas nas redes sociais! Quanto ao "Photoshop", penso que fica a critério de cada um, vez que o resultado é quase sempre em desfavor ao pescador, já que a "arte" nem sempre vem bem elaborada, denunciando a má intenção de quem se utiliza disso.
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