Usando o Shaky Head - artigo traduzido - divulgação
Enviado: Ter Nov 06, 2007 2:04 pm
Pessoal,
Aqui vai mais um artigo traduzido. Desta vez o artigo trata da técnica conhecida como Shaking Jig (ou Head).
É uma técnica finesse que nasceu (ou é muito popular) no Sul dos EUA e visava o spotted bass. Com o tempo, os profissionais começaram a descobrir que a técnica era muito boa também para o largemouth bass. Mais ainda, alguns cobrões, como o Kevin Van Dam, começaram a ganhar torneios usando a técnica.
Inicialmente, a técnica foi considerada muito eficiente para o período conhecido como post-spawn (pós-desova). Com o tempo, passou a ser usada em todas as vezes em que a coisa engrossava (leia-se, nada mais funcionava).
Honestamente, não sei dizer se a técnica é mais ou menos eficiente que o Neko (variação de wacky, com pesinho na cabeça da minhoca). Aproveitando que é época de pós-desova no Brasil, convido os colegas a testarem a técnica e, eventualmente, compartilharem suas experiências aqui no site.
Thks
Edu
----------------
Usando o Shaky Head
Por Louie Stout
Bassmaster magazine senior writer — April 20, 2006
Updated: June 21, 2006, 8:03 PM ET
Houve um tempo em que os pescadores do sul ridicularizavam as táticas finesse que os pescadores da costa oeste usavam para pegar bass. Linha fina, iscas pequenas e varas para molinete eram coisas de afeminados, zombavam os caras (guys, n.t.) do leste.
Mas uma vez que os pescadores do oeste começaram a ganhar em grandes torneios de bass nas represas do sul, as atitudes mudaram. Hoje em dia, você vai achar pelo menos um conjunto para molinete montado com linha fina em praticamente toda caixa de varas dos Elite Anglers. (circuito profissional de elite, n.t.)
Por que? Porque os pescadores descobriram que o downsizing (minimização, n.t.) da tralha pode ser uma necessidade em águas que sofrem grande pressão de pesca – a maioria dos lagos de bass. Os peixes que são capturados e soltos freqüentemente ficam espertos e cautelosos quando estão sendo bombardeados por um cortejo de iscas grandes e agressivas, pescadas com linhas grossas.
Ninguém sabe disso melhor que os pescadores do Bassmaster Tournament Trail, onde uma das mais quentes técnicas finesse empregadas durante o último ano do circuito foi responsável por uma tonelada de bass.
E a técnica não veio da Califórnia, mas sim do coração do Alabama. É chamada de shaky head fishing (ou shaky jig, n.t.), uma tática originalmente desenvolvida para convencer os intratáveis spotted basses a atacar, mas que comprovou ser igualmente mortal para manhosos largemouth e smallmouth basses.
O shaky head fishing foi um segredo guardado entre os pescadores profissionais – isto é, até que Kevin VanDam venceu o torneio Elite 50 no Lago Lewisville, Texas, e quebrou o recorde do lago com um largemouth gigante de 11 libras e 13 onças (cerca de 5,25 kg, n.t.).
VanDam usou a técnica em suas três vitórias seguintes, mas ele não estava sozinho. Tornou-se uma técnica confiável para vários profissionais que dizem que ele funciona em qualquer lugar, em qualquer época. Gente como Jeremy Starks, da Virginia Ocidental, e Bink Desaro, de Idaho, são aficcionados do shaky head que já viram a técnica salvar o dia em mais de uma ocasião. Embora o Shaky Head seja mais apropriado para fundos rochosos, lugares rasos com fundo de areia ou perto de vegetação aquática esparsa, ele pode ser usado perto de beiradas de abrigos (cover, n.t.) e em águas com 1 a 40 pés (0,30 a 12 metros, n.t.) de profundidade.
É uma isca matadeira perto de margens com rip-rap (enrocamento, n.t.), pontos secundários e grandes pedras submersas (boulders, n.t.). Os pescadores de smallmouth da região norte, que sempre confiaram em tube jigs para pegar grandes smallmouths, estão descobrindo que o shaky jig é uma boa alternativa quando os grandes peixes marrom estão desprezando tubos.
E o melhor de tudo, é que uma montagem (rig, n.t.) fácil de ser pescada.
Basicamente, o shaky wormin’ inclui uma minhoca finesse straight tail iscada weedless em um pequeno jig de cabeça redonda. Uma vez montado, fazer um longo arremesso e deixar a isca cair. Fique alerta – muitos ataques ocorrem nos primeiros três segundos após a isca chegar no fundo. Se a isca não for atacada, começar a shake (chacoalhar, n.t.) a ponta da vara com toques curtos e rápidos, mantendo uma pequena barriga na linha e a vara na posição de 10 horas.
Este movimento mantém a minhoca na vertical e o rabo ondulando sedutoramente. Não dê toques (hop, n.t.) no jig – mova-o lentamente e mantenha-o dançando como se fosse uma criatura comendo no fundo do lago.
A tralha que você usa e a maneira pela qual a minhoca é montada é importante para uma apresentação apropriada. Alguns pescadores preferem usar equipamento para carretilha, mas uma vara para molinete de 7 pés e ação média é a melhor porque ela funciona melhor com linhas finas, e a linha fina transmite mais ação para a isca. Uma linha de 8 a 10 libras é a preferida e um monofilamento básico funciona, mas uma linha de fluorcarbono transmite melhor mordidas sutis.
A maioria dos ataques será um pequeno toque no fim da linha ou, se os peixes estiverem agressivos, eles irão devorar a minhoca e sair como um raio com ela.
Embora uma minhoca finesse de 4,5 polegadas produza mais mordidas, as minhocas de 6 e 7 polegadas, especialmente as floating (flutuantes, n.t.) atrairão peixes maiores. E se você fizer uma pesquisa sobre as cores preferidas dos profissionais, você vai verificar que tons de verde, especialmente green pumpkin, watermelon ou watermelon candy, estão no topo da lista.
Para montar o shaky worm, enfie a ponta do anzol na cabeça, puxe-o para fora e gire-o, de forma que a ponta do anzol fique enfiada no corpo principal e fique apontada para cima. Você pode deixar o anzol dentro da barriga da minhoca, mas melhor ainda, atravesse a minhoca com o anzol e esconda a ponta do anzol na parte superior da minhoca (como no Texas skin on top, n.t.).
Alguns pescadores preferem deixar uma pequena corcova na minhoca entre a cabeça do jig e a farpa. Esta curva produza ação adicional e pode fazer com que a minhoca fique mais atrativa para o bass arisco.
Escolha o tamanho do jig em função da profundidade da água, sempre escolhendo o mais leve possível. Jigs de 1/8 a ¼ de onça são os preferidos. Enquanto os pescadores de spotted bass preferem anzóis com hastes curtas, os profissionais gostam de jigs de cabeça redonda com anzóis 3/0, no mínimo, quando pescam com minhocas mais compridas.
Um problema comum com a montagem é que a minhoca tende a escorregar pela haste do anzol. Para corrigir isso, corte a ponta da minhoca, coloque uma gota de cola de secagem rápida (glue, n.t.) e pressione-a contra a cabeça do jig. Alguns fabricantes de jigs acrescentaram uma pontinha na base do jig que ajudam a manter a isca no lugar.
Os profissionais continuam a experimentar outros métodos de montagem também. Por exemplo, Desaro gosta de montar suas minhocas wacky quando pesca com muito vento. Ele insere um pequeno prego na cabeça de um Trick Worm e espeta um anzol de haste reta no meio da minhoca, de forma que as duas pontas balançam e oferecem mais ação durante o shaking. O nariz com peso mantém a minhoca perto do fundo e a ação espasmódica ajuda a atrair o bass.
Se há uma boa época para usar a montagem Shaky, seria durante o período pós-desova, quando o bass está rondando em volta ou durante as frentes frias de verão que acabam com os ataques agressivos. Alguns dizem que os shaky worms são melhores em água transparente mas vários profissionais se deram bem pescando em lagos turvos na última temporada. Os pescadores também descobriram que é uma excelente montagem para o bedding bass (bass desovando, n.t.) ou para o bass de inverno que estiver em margens rochosas íngremes. Em outras palavras, ele funciona toda vez que os basses estiverem difíceis de pegar.
Notas da tradução:
1. Tradução: Eduardo K. Seto – email: eks.fish@uol.com.br - Junho/2007.
2. Vários termos foram mantidos no original porque, de forma geral, é assim que eles são, ou acabam sendo, conhecidos e utilizados pelos pescadores de bass.
3. Link para artigo em inglês: http://sports.espn.go.com/outdoors/tv/n ... ver-Story3
Aqui vai mais um artigo traduzido. Desta vez o artigo trata da técnica conhecida como Shaking Jig (ou Head).
É uma técnica finesse que nasceu (ou é muito popular) no Sul dos EUA e visava o spotted bass. Com o tempo, os profissionais começaram a descobrir que a técnica era muito boa também para o largemouth bass. Mais ainda, alguns cobrões, como o Kevin Van Dam, começaram a ganhar torneios usando a técnica.
Inicialmente, a técnica foi considerada muito eficiente para o período conhecido como post-spawn (pós-desova). Com o tempo, passou a ser usada em todas as vezes em que a coisa engrossava (leia-se, nada mais funcionava).
Honestamente, não sei dizer se a técnica é mais ou menos eficiente que o Neko (variação de wacky, com pesinho na cabeça da minhoca). Aproveitando que é época de pós-desova no Brasil, convido os colegas a testarem a técnica e, eventualmente, compartilharem suas experiências aqui no site.
Thks
Edu
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Usando o Shaky Head
Por Louie Stout
Bassmaster magazine senior writer — April 20, 2006
Updated: June 21, 2006, 8:03 PM ET
Houve um tempo em que os pescadores do sul ridicularizavam as táticas finesse que os pescadores da costa oeste usavam para pegar bass. Linha fina, iscas pequenas e varas para molinete eram coisas de afeminados, zombavam os caras (guys, n.t.) do leste.
Mas uma vez que os pescadores do oeste começaram a ganhar em grandes torneios de bass nas represas do sul, as atitudes mudaram. Hoje em dia, você vai achar pelo menos um conjunto para molinete montado com linha fina em praticamente toda caixa de varas dos Elite Anglers. (circuito profissional de elite, n.t.)
Por que? Porque os pescadores descobriram que o downsizing (minimização, n.t.) da tralha pode ser uma necessidade em águas que sofrem grande pressão de pesca – a maioria dos lagos de bass. Os peixes que são capturados e soltos freqüentemente ficam espertos e cautelosos quando estão sendo bombardeados por um cortejo de iscas grandes e agressivas, pescadas com linhas grossas.
Ninguém sabe disso melhor que os pescadores do Bassmaster Tournament Trail, onde uma das mais quentes técnicas finesse empregadas durante o último ano do circuito foi responsável por uma tonelada de bass.
E a técnica não veio da Califórnia, mas sim do coração do Alabama. É chamada de shaky head fishing (ou shaky jig, n.t.), uma tática originalmente desenvolvida para convencer os intratáveis spotted basses a atacar, mas que comprovou ser igualmente mortal para manhosos largemouth e smallmouth basses.
O shaky head fishing foi um segredo guardado entre os pescadores profissionais – isto é, até que Kevin VanDam venceu o torneio Elite 50 no Lago Lewisville, Texas, e quebrou o recorde do lago com um largemouth gigante de 11 libras e 13 onças (cerca de 5,25 kg, n.t.).
VanDam usou a técnica em suas três vitórias seguintes, mas ele não estava sozinho. Tornou-se uma técnica confiável para vários profissionais que dizem que ele funciona em qualquer lugar, em qualquer época. Gente como Jeremy Starks, da Virginia Ocidental, e Bink Desaro, de Idaho, são aficcionados do shaky head que já viram a técnica salvar o dia em mais de uma ocasião. Embora o Shaky Head seja mais apropriado para fundos rochosos, lugares rasos com fundo de areia ou perto de vegetação aquática esparsa, ele pode ser usado perto de beiradas de abrigos (cover, n.t.) e em águas com 1 a 40 pés (0,30 a 12 metros, n.t.) de profundidade.
É uma isca matadeira perto de margens com rip-rap (enrocamento, n.t.), pontos secundários e grandes pedras submersas (boulders, n.t.). Os pescadores de smallmouth da região norte, que sempre confiaram em tube jigs para pegar grandes smallmouths, estão descobrindo que o shaky jig é uma boa alternativa quando os grandes peixes marrom estão desprezando tubos.
E o melhor de tudo, é que uma montagem (rig, n.t.) fácil de ser pescada.
Basicamente, o shaky wormin’ inclui uma minhoca finesse straight tail iscada weedless em um pequeno jig de cabeça redonda. Uma vez montado, fazer um longo arremesso e deixar a isca cair. Fique alerta – muitos ataques ocorrem nos primeiros três segundos após a isca chegar no fundo. Se a isca não for atacada, começar a shake (chacoalhar, n.t.) a ponta da vara com toques curtos e rápidos, mantendo uma pequena barriga na linha e a vara na posição de 10 horas.
Este movimento mantém a minhoca na vertical e o rabo ondulando sedutoramente. Não dê toques (hop, n.t.) no jig – mova-o lentamente e mantenha-o dançando como se fosse uma criatura comendo no fundo do lago.
A tralha que você usa e a maneira pela qual a minhoca é montada é importante para uma apresentação apropriada. Alguns pescadores preferem usar equipamento para carretilha, mas uma vara para molinete de 7 pés e ação média é a melhor porque ela funciona melhor com linhas finas, e a linha fina transmite mais ação para a isca. Uma linha de 8 a 10 libras é a preferida e um monofilamento básico funciona, mas uma linha de fluorcarbono transmite melhor mordidas sutis.
A maioria dos ataques será um pequeno toque no fim da linha ou, se os peixes estiverem agressivos, eles irão devorar a minhoca e sair como um raio com ela.
Embora uma minhoca finesse de 4,5 polegadas produza mais mordidas, as minhocas de 6 e 7 polegadas, especialmente as floating (flutuantes, n.t.) atrairão peixes maiores. E se você fizer uma pesquisa sobre as cores preferidas dos profissionais, você vai verificar que tons de verde, especialmente green pumpkin, watermelon ou watermelon candy, estão no topo da lista.
Para montar o shaky worm, enfie a ponta do anzol na cabeça, puxe-o para fora e gire-o, de forma que a ponta do anzol fique enfiada no corpo principal e fique apontada para cima. Você pode deixar o anzol dentro da barriga da minhoca, mas melhor ainda, atravesse a minhoca com o anzol e esconda a ponta do anzol na parte superior da minhoca (como no Texas skin on top, n.t.).
Alguns pescadores preferem deixar uma pequena corcova na minhoca entre a cabeça do jig e a farpa. Esta curva produza ação adicional e pode fazer com que a minhoca fique mais atrativa para o bass arisco.
Escolha o tamanho do jig em função da profundidade da água, sempre escolhendo o mais leve possível. Jigs de 1/8 a ¼ de onça são os preferidos. Enquanto os pescadores de spotted bass preferem anzóis com hastes curtas, os profissionais gostam de jigs de cabeça redonda com anzóis 3/0, no mínimo, quando pescam com minhocas mais compridas.
Um problema comum com a montagem é que a minhoca tende a escorregar pela haste do anzol. Para corrigir isso, corte a ponta da minhoca, coloque uma gota de cola de secagem rápida (glue, n.t.) e pressione-a contra a cabeça do jig. Alguns fabricantes de jigs acrescentaram uma pontinha na base do jig que ajudam a manter a isca no lugar.
Os profissionais continuam a experimentar outros métodos de montagem também. Por exemplo, Desaro gosta de montar suas minhocas wacky quando pesca com muito vento. Ele insere um pequeno prego na cabeça de um Trick Worm e espeta um anzol de haste reta no meio da minhoca, de forma que as duas pontas balançam e oferecem mais ação durante o shaking. O nariz com peso mantém a minhoca perto do fundo e a ação espasmódica ajuda a atrair o bass.
Se há uma boa época para usar a montagem Shaky, seria durante o período pós-desova, quando o bass está rondando em volta ou durante as frentes frias de verão que acabam com os ataques agressivos. Alguns dizem que os shaky worms são melhores em água transparente mas vários profissionais se deram bem pescando em lagos turvos na última temporada. Os pescadores também descobriram que é uma excelente montagem para o bedding bass (bass desovando, n.t.) ou para o bass de inverno que estiver em margens rochosas íngremes. Em outras palavras, ele funciona toda vez que os basses estiverem difíceis de pegar.
Notas da tradução:
1. Tradução: Eduardo K. Seto – email: eks.fish@uol.com.br - Junho/2007.
2. Vários termos foram mantidos no original porque, de forma geral, é assim que eles são, ou acabam sendo, conhecidos e utilizados pelos pescadores de bass.
3. Link para artigo em inglês: http://sports.espn.go.com/outdoors/tv/n ... ver-Story3