Lobótomia - Homenagem às traíras
Enviado: Sáb Out 20, 2012 8:16 pm
Este é um dos peixes mais fascinantes que se existe aqui no Brasil, ele se reproduz em tudo quanto é espelho d'água, tem um poder de sobrevivência impressionante. Mas o mais impressionante são os ataques, quando instigada sai em disparada como uma bala, com seu corpo com formato de torpedo forma uma onda até alcançar seu objetivo, uma desavisada presa, ou uma bem trabalhada isca artificial seja ela de fundo, meia água ou especialmete as de superfície. Conhecida em todo Brasil desde o norte até o sul, qual o pescador que não conhece a traíra. Mas para os mais íntimos:Lobó
Sempre pesquei as traíras, comecei com isca natural, lambari, mas isso quando criança. Hoje as artificiais fazem parte do meu arsenal, mas como vocês conhecem os pescadores, com suas tralhas e suas manias: uma isca aqui, outra isca ali, uma vara, duas varas outras varas, uma carretilha outra mais nova, e a mania vai se aumentando.
Uso várias iscas de superfície, popper, zara, sapos (que eu mesmo fiz) e ratos, uso também shads e minhocas, depende muito do dia, mas não há nada melhor do que se descontrair atrás deste peixe nervoso,que quanto mais você provoca, mais enfurecido ele ataca.
Essas iscas foram feitas por mim.
Pegas em diferentes tipos de sapos, softs e poppers.
Não sou médico, mas como diz o ditado “de médico e louco todo mundo tem um pouco” ultimamente parece que sofri uma cirurgia diferente, não é uma febre mas uma lobótomia, vou pescar e fico admirado com o ataque dos lobós, faço a isca dançar o máximo possível, se tiver um lobó por perto, o ataque é fatal, uma explosão que as vezes me assusta, mas as vezes o ataque é sutil, de forma silenciósa, mas que não falha. Como aquele que sofreu uma lobotomia, meu estado é catatônico (sem ação, parado), admirado pelo ataque, é uma mistura de o que fazer? recolher... é a resposta. Enquanto recolho, ele salta, malabarismo de um verdadeiro malabaricus, boca aberta, consegue cuspir a isca, ela escapa, aí sim entro novamente ao meu estado catatônico (sem reação).
No dia seguinte vou trabalhar, mas não me admira pois volto a sonhar com o lobó que me deixou na mão. Fico pensando sozinho, o que fiz de errado? Os amigos de trabalho olham e acham que estou em um estado catatônico. Mas estou em um estado de transe pensando volto pra pegá-la. Não é isso que todo pescador pensa?
Entrando nesta febre, comprei um Caiaque Barracuda. Com ele vou para lugares diferentes atrás dos lobós. Virou a verdadeira lobótomia. Termino o trabalho, volto correndo e tento aproveitar os últimos raios de sol para caiacar e por coincidência o melhor horário para pegá-las. Quando pego, fico parado, admirando a força que ela tem na mandíbula, admirando a cor verde metálica, as manchas negras, a lista no corpo, fico em estado catatônico apenas observando a beleza do animal. Uma verdadeira lobótomia, a admiração por este peixe com ar pré-histórico, mas admirado por muitos.
Estas foram pegas esta semana.
Sempre pesquei as traíras, comecei com isca natural, lambari, mas isso quando criança. Hoje as artificiais fazem parte do meu arsenal, mas como vocês conhecem os pescadores, com suas tralhas e suas manias: uma isca aqui, outra isca ali, uma vara, duas varas outras varas, uma carretilha outra mais nova, e a mania vai se aumentando.
Uso várias iscas de superfície, popper, zara, sapos (que eu mesmo fiz) e ratos, uso também shads e minhocas, depende muito do dia, mas não há nada melhor do que se descontrair atrás deste peixe nervoso,que quanto mais você provoca, mais enfurecido ele ataca.
Essas iscas foram feitas por mim.
Pegas em diferentes tipos de sapos, softs e poppers.
Não sou médico, mas como diz o ditado “de médico e louco todo mundo tem um pouco” ultimamente parece que sofri uma cirurgia diferente, não é uma febre mas uma lobótomia, vou pescar e fico admirado com o ataque dos lobós, faço a isca dançar o máximo possível, se tiver um lobó por perto, o ataque é fatal, uma explosão que as vezes me assusta, mas as vezes o ataque é sutil, de forma silenciósa, mas que não falha. Como aquele que sofreu uma lobotomia, meu estado é catatônico (sem ação, parado), admirado pelo ataque, é uma mistura de o que fazer? recolher... é a resposta. Enquanto recolho, ele salta, malabarismo de um verdadeiro malabaricus, boca aberta, consegue cuspir a isca, ela escapa, aí sim entro novamente ao meu estado catatônico (sem reação).
No dia seguinte vou trabalhar, mas não me admira pois volto a sonhar com o lobó que me deixou na mão. Fico pensando sozinho, o que fiz de errado? Os amigos de trabalho olham e acham que estou em um estado catatônico. Mas estou em um estado de transe pensando volto pra pegá-la. Não é isso que todo pescador pensa?
Entrando nesta febre, comprei um Caiaque Barracuda. Com ele vou para lugares diferentes atrás dos lobós. Virou a verdadeira lobótomia. Termino o trabalho, volto correndo e tento aproveitar os últimos raios de sol para caiacar e por coincidência o melhor horário para pegá-las. Quando pego, fico parado, admirando a força que ela tem na mandíbula, admirando a cor verde metálica, as manchas negras, a lista no corpo, fico em estado catatônico apenas observando a beleza do animal. Uma verdadeira lobótomia, a admiração por este peixe com ar pré-histórico, mas admirado por muitos.
Estas foram pegas esta semana.