Pescaria/expedição de Caiaque - 165,1 km (rio Pirapó - Pr).
- Emerson Girotto
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Pescaria/expedição de Caiaque - 165,1 km (rio Pirapó - Pr).
Saudações pessoal do Caterva,
Para quem não me conhece, além da pescaria embarcada gosto também de pescar com caiaque. Não só pescar, gosto também das longas remadas na forma de expedições (essa é a terceira que faço). Dessa vez fiz um trecho de 165,1 km por um rio aqui da região chamado Pirapó. É um rio paranaense que abastece a cidade de Maringá (onde moro) e tem um aspecto de água barrenta, cor caracterizada pela terra roxa do norte do estado. A partida foi ainda dentro da cidade de Maringá com destino à sua foz, que se dá no rio Paranapanema, um rio que fica na divisa entre os estados do Paraná e de São Paulo. O trajeto foi gravado com GPS Garmin Oregon 550 e as fotos e filmagens feitas com uma Kodak Easy Share C123 e uma Nikon AW100 (todas a prova d’água).
Levamos comida e material de acampamento para 3 noites e 4 dias e conforme planejado saímos de Maringá as 8:00h do dia 01/03/14 e chegamos na foz do rio Paranapanema no dia 04/03/14 às 16:30h. Já vou logo dizendo que é impossível fazer esse percurso em menos tempo, a não ser que se acorde às 5h da manhã e reme até as 19h da noite (o que seria arriscado e cansativo demais). No primeiro dia remamos 46 km (das 8h às 18h parando muito pouco), no segundo dia 40 km, no terceiro dia 36 km e no último dia 43 km. Tiramos quase 200 fotos (abaixo só algumas) e eu filmei a maioria das corredeiras (66 filmadas) mas muitas delas eu não filmei porque eram de menor importância. Então, calculo que passamos por aproximadamente 75 eventos (entre corredeiras e cachoeiras). A maior delas fica na cidade de Lobato-Pr e deve ter entre 4 e 5 metros de altura na parte mais alta. Essas mais perigosas nós desviamos pela margem ou pela mata lateral (quando possível). No vídeo abaixo mostro alguns momentos passando pela margem (mas ainda dentro da água) para evitar algumas quedas d’água. Muitas quedas são pequenas em altura, mas são perigosas por causa das pedras pelo caminho (se bater e capotar a consequência pode ser séria).
Os remadores foram eu (Emerson, 41 anos), Everaldo (59 anos) e Driano (28 anos). Eu já tenho experiência de 4 anos com caiaque e já fiz outras duas expedições de 52 km por outro rio aqui da região (Rio Ivaí) também com várias corredeiras e cachoeiras. O Everaldo também tem caiaque há cerca de 4 anos e tem experiência de remar em lagos. O Driano comprou caiaque em dezembro/2013 e tem experiência de lago e mar, porém mesmo com pouco tempo de “caiaqueiro” sua juventude e disposição compensaram.
Não recomendo este trecho para iniciantes pois é perigoso e é preciso conhecer com antecedência as corredeiras.
Após as fotos tem um vídeo que montei. O vídeo é longo, tem 1h24min mas para quem gosta de aventuras de caiaque vale a pena assistir pois ficou bem legal, mostrando as corredeiras que passamos, cachoeiras, os tombos e os sufocos na água “brava”. Quem não quiser assistir inteiro, recomendo assistir pelo menos a passagem pela corredeira aos 55 min.
Os caiaques são todos da marca Lontras, modelo Barracuda. Foram cortados na frente para colocar as roupas e outros utensílios (tudo em sacos plásticos para não molhar, pois sempre entra água) e feitas outras adaptações para amarração de cordas/redes elásticas.
Embora tenhamos levado tralha de pesca, pois soubemos que próximo à foz do Pirapó podem sair alguns dourados, eu particularmente desanimei muito da pescaria em função da sujeira e poluição desse rio, uma vergonha pois até pedaços de TV nós encontramos enroscado nas árvores (sujeira que fica presa durante a cheia). Se fôssemos recolher todas as garrafas PET pelo caminho, precisaríamos de uma chalana acompanhando. O Driano insistiu bastante na pescaria e pegou alguns mandis, cascudos e um dourado pequeno (vídeo abaixo). Conversando com pescadores ribeirinhos eles dizem que às vezes, muito raramente, se consegue pegar um dourado bom, mas geralmente é de tarrafa e próximo a ceva de piaus. Além disso, a segunda maior cachoeira fica somente há uns 6 km da foz do rio Paranapanema, então, se não houver uma boa enchente os dourados não sobem por ela (isso em falar da pesca predatória indiscriminada no pé dessa cachoeira, que fica muito próxima às cidades de Itaguajé, Paranapoema e Jardim Olinda). Enfim, pescaria só se for de mandi, piau ou cascudo. Agora pra remar e se aventurar pelas corredeiras...é show de bola. Mas é perigoso para caiaques abertos e mais uma vez, não recomendo para iniciantes ou para quem não estiver preparado fisicamente, psicologicamente e taticamente (equipamentos).
Abaixo o vídeo e em seguida algumas fotos selecionadas.
Abraço e obrigado.
VÍDEO DE TODA A EXPEDIÇÃO - MELHORES MOMENTOS
http://www.youtube.com/watch?v=bzGkeI0QC-A
VÍDEO DE CAPTURA E SOLTURA DO DOURADO PEGO PELO DRIANO
http://www.youtube.com/watch?v=VdGwmMDL-Mo
Para quem não me conhece, além da pescaria embarcada gosto também de pescar com caiaque. Não só pescar, gosto também das longas remadas na forma de expedições (essa é a terceira que faço). Dessa vez fiz um trecho de 165,1 km por um rio aqui da região chamado Pirapó. É um rio paranaense que abastece a cidade de Maringá (onde moro) e tem um aspecto de água barrenta, cor caracterizada pela terra roxa do norte do estado. A partida foi ainda dentro da cidade de Maringá com destino à sua foz, que se dá no rio Paranapanema, um rio que fica na divisa entre os estados do Paraná e de São Paulo. O trajeto foi gravado com GPS Garmin Oregon 550 e as fotos e filmagens feitas com uma Kodak Easy Share C123 e uma Nikon AW100 (todas a prova d’água).
Levamos comida e material de acampamento para 3 noites e 4 dias e conforme planejado saímos de Maringá as 8:00h do dia 01/03/14 e chegamos na foz do rio Paranapanema no dia 04/03/14 às 16:30h. Já vou logo dizendo que é impossível fazer esse percurso em menos tempo, a não ser que se acorde às 5h da manhã e reme até as 19h da noite (o que seria arriscado e cansativo demais). No primeiro dia remamos 46 km (das 8h às 18h parando muito pouco), no segundo dia 40 km, no terceiro dia 36 km e no último dia 43 km. Tiramos quase 200 fotos (abaixo só algumas) e eu filmei a maioria das corredeiras (66 filmadas) mas muitas delas eu não filmei porque eram de menor importância. Então, calculo que passamos por aproximadamente 75 eventos (entre corredeiras e cachoeiras). A maior delas fica na cidade de Lobato-Pr e deve ter entre 4 e 5 metros de altura na parte mais alta. Essas mais perigosas nós desviamos pela margem ou pela mata lateral (quando possível). No vídeo abaixo mostro alguns momentos passando pela margem (mas ainda dentro da água) para evitar algumas quedas d’água. Muitas quedas são pequenas em altura, mas são perigosas por causa das pedras pelo caminho (se bater e capotar a consequência pode ser séria).
Os remadores foram eu (Emerson, 41 anos), Everaldo (59 anos) e Driano (28 anos). Eu já tenho experiência de 4 anos com caiaque e já fiz outras duas expedições de 52 km por outro rio aqui da região (Rio Ivaí) também com várias corredeiras e cachoeiras. O Everaldo também tem caiaque há cerca de 4 anos e tem experiência de remar em lagos. O Driano comprou caiaque em dezembro/2013 e tem experiência de lago e mar, porém mesmo com pouco tempo de “caiaqueiro” sua juventude e disposição compensaram.
Não recomendo este trecho para iniciantes pois é perigoso e é preciso conhecer com antecedência as corredeiras.
Após as fotos tem um vídeo que montei. O vídeo é longo, tem 1h24min mas para quem gosta de aventuras de caiaque vale a pena assistir pois ficou bem legal, mostrando as corredeiras que passamos, cachoeiras, os tombos e os sufocos na água “brava”. Quem não quiser assistir inteiro, recomendo assistir pelo menos a passagem pela corredeira aos 55 min.
Os caiaques são todos da marca Lontras, modelo Barracuda. Foram cortados na frente para colocar as roupas e outros utensílios (tudo em sacos plásticos para não molhar, pois sempre entra água) e feitas outras adaptações para amarração de cordas/redes elásticas.
Embora tenhamos levado tralha de pesca, pois soubemos que próximo à foz do Pirapó podem sair alguns dourados, eu particularmente desanimei muito da pescaria em função da sujeira e poluição desse rio, uma vergonha pois até pedaços de TV nós encontramos enroscado nas árvores (sujeira que fica presa durante a cheia). Se fôssemos recolher todas as garrafas PET pelo caminho, precisaríamos de uma chalana acompanhando. O Driano insistiu bastante na pescaria e pegou alguns mandis, cascudos e um dourado pequeno (vídeo abaixo). Conversando com pescadores ribeirinhos eles dizem que às vezes, muito raramente, se consegue pegar um dourado bom, mas geralmente é de tarrafa e próximo a ceva de piaus. Além disso, a segunda maior cachoeira fica somente há uns 6 km da foz do rio Paranapanema, então, se não houver uma boa enchente os dourados não sobem por ela (isso em falar da pesca predatória indiscriminada no pé dessa cachoeira, que fica muito próxima às cidades de Itaguajé, Paranapoema e Jardim Olinda). Enfim, pescaria só se for de mandi, piau ou cascudo. Agora pra remar e se aventurar pelas corredeiras...é show de bola. Mas é perigoso para caiaques abertos e mais uma vez, não recomendo para iniciantes ou para quem não estiver preparado fisicamente, psicologicamente e taticamente (equipamentos).
Abaixo o vídeo e em seguida algumas fotos selecionadas.
Abraço e obrigado.
VÍDEO DE TODA A EXPEDIÇÃO - MELHORES MOMENTOS
http://www.youtube.com/watch?v=bzGkeI0QC-A
VÍDEO DE CAPTURA E SOLTURA DO DOURADO PEGO PELO DRIANO
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Cuide do rio - leve seu lixo de volta. E se quiser mesmo ajudar a natureza, leve sempre mais do que o seu próprio lixo.
- Fábio Henrique Schorro
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Olha Fábio, se o pirapó não fosse tão poluído, eu também teria a mesma certeza. Porém, com a quantidade de lixo que vimos, nem o dourado "mais doidão" se arriscaria nessas corredeiras. Até televisão nós vimos enroscada nas árvores...pneus então...vixi....e garrafas e sacos plásticos daria para montar uma engarrafadora de refrigerante. Tem lixo que "já faz parte da natureza", ou seja, garrafas enterradas no barranco (metade pra fora) como se já estivessem ali há muito tempo. Nos primeiros 50km o rio literalmente "fede" e dá até medo de tomar banho. É uma vergonha.Fábio Henrique Schorro escreveu:bela viagem, certeza que nessas corredeiras saem uns dourados
Emreson.
Cuide do rio - leve seu lixo de volta. E se quiser mesmo ajudar a natureza, leve sempre mais do que o seu próprio lixo.
- Adriano R Patussi
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Também sou de Maringá e conheço bem o Pirapó. Nunca pesquei nele, mas como faço trilha de bike, de vez em quando topo com ele em alguma dessas trilhas.
É triste ver o que o ser humano faz com algo tão precioso.
Parabéns pela jornada. Realmente aquelas corredeiras foram um desafio.
Quanto a existência de dourados no Pirapó, eu duvido que tenha outro além desse aí (rs), que teve a sorte de cair na linha de um pescador esportivo, senão já teria ido para a panela.
Parabéns a todos.
É triste ver o que o ser humano faz com algo tão precioso.
Parabéns pela jornada. Realmente aquelas corredeiras foram um desafio.
Quanto a existência de dourados no Pirapó, eu duvido que tenha outro além desse aí (rs), que teve a sorte de cair na linha de um pescador esportivo, senão já teria ido para a panela.
Parabéns a todos.
"O peixe está lá, misturado com a água. Cabe ao bom pescador separá-los"
- Emerson Girotto
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Valeu Adriano. Abraço. Emerson.Adriano R Patussi escreveu:Também sou de Maringá e conheço bem o Pirapó. Nunca pesquei nele, mas como faço trilha de bike, de vez em quando topo com ele em alguma dessas trilhas.
É triste ver o que o ser humano faz com algo tão precioso.
Parabéns pela jornada. Realmente aquelas corredeiras foram um desafio.
Quanto a existência de dourados no Pirapó, eu duvido que tenha outro além desse aí (rs), que teve a sorte de cair na linha de um pescador esportivo, senão já teria ido para a panela.
Parabéns a todos.
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- Vinicius Zeppa
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...
... bacana moçada ... meus parabens pela empreitada ... ...
... pesquei mto de varinha nesse rio , tinhamos uma fazenda que fazia fundo com ele +- uns 5 km na regiao da rodovia 444 ...
... o problema eh que infelizmente esse rio jah começa a receber poluiçao na regiao de apucarana mesmo e os peixes que resistem ainda tem que ser guerreiros pra escaparem das tarrafas e redes ... ...
... pesquei mto de varinha nesse rio , tinhamos uma fazenda que fazia fundo com ele +- uns 5 km na regiao da rodovia 444 ...
... o problema eh que infelizmente esse rio jah começa a receber poluiçao na regiao de apucarana mesmo e os peixes que resistem ainda tem que ser guerreiros pra escaparem das tarrafas e redes ... ...
"... .....O HOMI DOS RELATO-COMÉDIA...HEHEHE...."
- Leandro Couto
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Com certeza Eduardo. O rio pirapó é bem bonito, possui muitas corredeiras e cachoeiras, mas a quantidade de lixo é impressionante. Dá uma olhada no vídeo abaixo.Eduardo Rafael Pereira escreveu:Parabéns Emerson, por um lado foi uma grande aventura mesmo para caiqueiros experientes e por outro mostra a ação nociva da espécie humana que ainda acha que a natureza está a seu dispor quando deveria pensar que apenas faz parte dela e deveria conserva-la.
https://www.youtube.com/watch?v=eC0KLxT ... e=youtu.be
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