A cidade da Lapa nasceu das paradas dos tropeiros que vinham de Viamão no Rio Grande do Sul e seguiam para Sorocaba em São Paulo levando o gado. Em 1769 o povoado foi elevado a categoria de freguesia Nova de Santo Antônio da Lapa. Em 1806 é elevada a vila e em 1872 se torna cidade. Com uma intensa vida cultural, a cidade foi o berço de muitos cidadãos notáveis da história paranaense.
A cidade também foi o palco de um grande confronto bélico entre as tropas republicanas e os maragatos, contrários a república durante a Revolução Federalista em 1894. Resistiu bravamente ao cerco durante 26 dias ante o maior número do exército republicano. O episódio ficou conhecido como o "Cerco da Lapa", concedendo assim ao governo do Mal. Floriano Peixoto, o símbolo da republica, tempo suficiente para reunir forças e deter as tropas federalistas. Ao todo foram 639 homens formadas por forças regulares e civis voluntários, sob o comando do Gal. Carneiro, que lutaram contra as forças revolucionárias formadas por três mil combatentes. Seus restos mortais, assim como de muitos outros que tombaram durante a resistência, estão guardados no Panteon dos Herois, vigiados por uma guarda de honra.
Serviu, em meados de 1847, de morada para o monge conhecido como João Maria D’Agostinis, ermitão que morava na chamada Gruta do Monge. Segundo a crença, ele realizava milagres e curas com ervas e rezas.
Os priNcipais pontos turísticos da cidade são o Centro Histórico, formado por 14 quadras com 258 edificações, sendo 38 destas do século XIX.
O Teatro São João, inaugurado em 1876, recebeu a visita do Imperador D. Pedro II e sua comitiva em 1880. Durante o Cerco da Lapa foi convertido em enfermaria. O teatro, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, tem capacidade para 212 lugares e até hoje é o centro cultural da Lapa.
A Igreja de Santo Antônio, Construída em 1784, é o marco arquitetônico mais antigo da cidade.
A Casa Lacerda, que durante o Cerco da Lapa, foi sede do Quartel General da Segunda Brigada e na sua sala foi assinada a ata de rendição em 1894 com todas as honras de guerra. Por este fato histórico, foi em 1938 tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, e atualmente funciona como uma casa-museu, demonstrando como vivia uma família de classe média no final do século XIX.
O Panteon dos Heróis, edificado em 1944, por ocasião do cinqüentenário do "Cerco da Lapa", é uma obra de inestimável valor histórico, onde descansam os restos mortais do General Gomes Carneiro e dos seus bravos companheiros que lutaram e morreram durante o Cerco. Em cada lado do Panteon encontram-se dois canhões conhecidos como "75 aligeirado", iguais aos utilizados durante o Cerco. Os canhões originais foram abandonados pelos maragatos durante o recuo ao sul. O Panteon do Heróis é vigiado por uma guarda de honra e está localizado na rua XV de Novembro em frente a Casa Lacerda.
A Casa dos Cavalinhos, construída em 1888 a casa recebeu este nome por ter em sua fachada inúmeros cavalos com asas. Isto se deve ao fato do seu proprietário ter sonhado com cavalos alados e ganho o prêmio máximo da loteria imperial. Localizada ao lado do Panteon dos Heróis a casa abriga importante documentação histórica sobre o Município.
A Prefeitura Municipal, foi o primeiro prédio construído no Paraná para abrigar uma Escola Pública. Construída em 1890, o lugar foi utilizado como hospital durante o cerco.
O Monumento ao Tropeiro, painel em azulejo feito em 1965 durante a construção da rodovia Lapa - Curitiba pelo artista paranaense Poty Lazzarotto. O painel ressalta a importância da Lapa, como ponto de parada das tropas que transitavam entre Viamão (RS) e Sorocaba (SP).
A Casa Vermelha, uma das mais antigas da cidade. Foi uma casa de comércio que tornou-se hotel durante a Revolução Federalista. Hoje abriga um centro de artesanato e o Museu do Tropeiro.
O Santuário de São Benedito, construído em 1947 em estilo moderno com a torre principal no centro do prédio. Guarda a imagem de São Benedito da antiga capela, erguida em 1870 pelos escravos no local.
A Casa de Câmara e Cadeia, que foi a primeira casa de detenção da Lapa, inaugurada em 1868. Mais tarde o prédio foi reformado para abrigar a escola normal. Em 1880 recebeu a visita de D. Pedro II. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atualmente abriga um Museu com objetos de época.
A Casa da Cultura, erguida por volta de 1880 em estilo colonial português. Restaurado em 1978, atualmente abriga a Biblioteca Lapeana.
A Gruta do Monge, no Parque Estadual do Monge, criado em 1960 suas maiores atrações são a Gruta do Monge e a fonte considerada milagrosa. Recebe a visita de muitos fiéis, em busca da ajuda do ermitão João Maria. O local também possui churrasqueiras, banheiros, cancha de vôlei e lanchonete e fica a cerca de 3,5 km do centro da cidade.
Outra atração da cidade é a culinária regional. Além da histária, os tropeiros também deixaram na região a tradição culinária da quirera lapeana, feita com milho quebrado, cozido e socado no pilão, servida com costela de porco frita e virado de feijão com torresmo que pode ser experimentado nos restaurantes da cidade.
Agora que temos um breve relato da histórica cidade, outro fato, desta feita mais recente, mas igualmente histórico, é o primeiro peixamento de Black Bass num lago da região ...
E a Caterva estava lá. para testemunhar este fato tão importante ...
Neste sábado, atendendo um convite feito pelo Fábio, em nossos fóruns, resolvi acompahá-lo na 1ª Expedição de Peixamento de Black Bass na Cidade da Lapa.
A Cynthia e o Fábio apanharam-me em casa no sábado pela manhã e nos dirigimos para o Ceasa, onde seriam apanhados os pré juvenis de Basses, com cerca de 8, 9 cm, que haviam sido encomendados previamente ...
Fábio, no momento em que pagava a fatura.
Após apanhar os peixes, acondicionados em sacos plásticos oxigenados, seguimos diretamente para a cidade da Lapa, onde os peixes teriam como nova morada um pequeno lago situado na chácara do Fabiano. Em pouco mais de uma hora estávamos na Lapa, onde ficamos aguardando a chegada do Marcelo "Bombadinho" e do André "Corujito", que nos levariam para a chácara, já que a Cynthia ficaria com o carro do Fábio na cidade. Assim que chegamos na chácara, distante cerca de 15 km da cidade, ao chegarmos, os dois sacos foram colocados dentro da água para que não houvesse choque térmico ao colocar os peixes na água ...
O lago é formado por uma nascente que está situada dentro da propriedade, propiciando água pura e de boa qualidade para o desenvolvimento dos peixes. Não é um grande lago, porém existem planos de aumento de área alagada, o que resultará em dois ou mais futuros lagos.
Quando chegamos na Chácara, fomos magnificamente recebidos pelo Fabiano, o anfitrião e o Carlinhos que desde as 07:oo horas estavam preprando num fogo de chão, duas magnificas costelas, que seria servido no almoço. Junto com as costelas, água para o Chimarrão, preparado com a famosa Erva Mate Legendária, fruto da terra, esquentada em chaleira de ferro, bem do tipo que nós, sulistas, apreciamos ...
E como apreciamos ...
Após degustar um mate amargo e muito bate papo e histórias contadas pelos Amigos Lapeanos, fomos para o lago para proceder a soltura dos exemplares.
Este é o tamanho que os peixes foram soltos. Apenas um exemplar dos peixes acabou morrendo na viagem.
A ação de peixamento, inédita nos lagos da região, deu-se por iniciativa dos Amigos Fábio, Fabiano e Michel "Buá", que chegou um pouco antes do momento da soltura dos peixes.
Logo após a soltura dos peixes, o tempo fechou, deu tempo somente para retirar as costelas do fogo de chão, colocá-las dentro do forno para protege-las da chuva e correr para se abrigar do toró que desabou ...
Assim como veio, se foi ...
Voltamos à lida ... Enquanto a costela era "surrada", para soltar o sal, a mesa era arrumada ...
E o primeiro pedaço servido para nosso deleite ... Junto com arroz, maionese, salada verde, farofa e pão caseiro ... E muita cerveja ...
Após o monstruoso e mastodôntico almoço, muitas histórias e a sugestão para criação da Caterva Legendária, já que, pescadores e personagens para a sua criação, existem ... Se bem que os pescadores de lá ainda precisam de algumas noções de conservação do equipamento ...rs...
Após isso, resolvemos ir à pescaria. Infelizmente a água estava muito suja, resultado das enxurradas que houve nos dias anteriores e poucos minutos antes do almoço, impossibilitando uma pescaria mais farta ... Após alguns pinchos, a capturas de três Lambaris no Fly, utilizando uma Adams, devidamente registrada ...
Com um equipamento #2
Decidi que a pescaria deveria ser adiada, e partimos para os primeiros pinchos por parte dos Amigos Buá, Fabiano e Fábio ... Posso dizer que suei frio ...rs... Buá com a #2 barbarizava ...rs... Fabiano pegou a #4 e fisgou sua primeira ...
...Criança ...rs...
E assim trancorreu o restante da tarde ... Muitos pinchos por parte dos três aspirantes à mosqueiros ... Quando os lambaris subiram e começaram a bater na superfície, um novo toró desabou sobre a terra legendária da Lapa, fazendo com que a pescaria de Lambaris tivesse sido adiada para para outro dia ...
E as histórias correram soltas, e eu, como ouvinte diverti-me aos extremos com todas as aventuras contadas pelos Companheiros Lapeanos ... Quero agradecer a hospitalidade proporcionada pelo Fabiano, e por todos os presentes ao evento, que além de não admiterem que eu participasse do Rachid das despesas, ainda saí de lá feliz com o dia que passei com eles e um delicioso pão caseiro feito em forno de barro ...
E antes de voltar, a última foto, sem o Michel Buá, mas com o Eduardo que chegou no meio da tarde e o Carlinhos Junior ...
Quem é quem na foto ...
Carlinhos, Eduardo, André, Marcelo, Fabiano, Nelson, Fábio e Carlinhos Junior ...
Valeu pessoal ... Muito massa mesmo ... O convite foi feito e quem não foi, perdeu um dia fantástico ... Obrigado pessoal, e agora vamos esperar os Basses crescerem para o ano que vem estarem fazendo a festa ...
