TAINHAS À MOSCA

Aqui nós iremos falar sobre Fly Fishing. Equipamentos, Iscas, Atado, Fotos das Iscas e toda e qualquer dúvida sobre esta modalidade ...
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Rubens Gorben
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TAINHAS À MOSCA

Mensagem por Rubens Gorben » Sex Jul 14, 2006 10:45 pm

Nunca pesquei uma tainha sequer (só no estilo: “caipira metido a caiçara”; com linha 0.50, garatéia e fita vermelha amarrada dois dedos acima do anzol), pra falar a verdade, nunca vi muitas que não estivessem em grelhas ou bandejas, recheadas ou enroladas em folhas de bananeira...
Mas, parece que começamos a nos despertar para a potencialidade esportiva deste fascinante íctio. Admirado por uns e odiado por outros, o certo é que a tainha pode fazer a diferença e se apresentar como um oponente de “peso”, exigindo técnica, estratégia, perícia e uma dose extra de paciência por parte do esportista. Intrigado com o assunto; fui buscar informações em vários lugares, livros enciclopédias, sites especializados, fóruns e cheguei finalmente a algum lugar. Algumas revistas espanholas, em especial a Danica, trás em suas páginas verdadeiros históricos sobre este peixe.

No Brasil, Tainha, Mugil brasiliensis, mas existem vários tipos pelo mundo, como a Chelon labrosus, Mugil cephalos, Mugil curema, Liza ramada, Liza aurata e Myxus petardi, que é a Lisa de água doce. Na Europa são conhecidas como lisas, muiles, mújoles, mubles e se conhecem cerca de 70 espécies de tainhas que se englobam dentro da família dos mugilidaes que se distribuem através de todo o mundo em águas temperadas e tropicais. A maioria vive próxima à costa e se deslocam pelos estuários e rios, algumas, incluindo a lisa australiana, permanece em água doce. Alimentam-se sobre o fundo de algas, detritos orgânicos e organismos que vivem na lama. Sua pesca, sobretudo no Brasil tem finalidade basicamente comercial e de subsistência. O mais curioso foi saber que na Europa, a tainha é um peixe considerado de terceira categoria e cotado entre as espécies impróprias para consumo humano, devida a sua alta resistência a elementos contaminantes que possam estar agregados a água de seu habitat. No texto abaixo, um apanhado geral de tudo que encontrei a respeito deste assunto; mantive o máximo possível da estrutura original do texto, para que vocês possam ter uma idéia mais ampla das leis e conceito éticos daquele povo.

Desejo a todos uma boa leitura.


TAINHAS À MOSCA

Pode uma espécie de segunda categoria, com má fama, converter-se em troféu a ponto de vista de um pescador com mosca?
Irei justificar a resposta desta questão de forma positiva nas linhas que se seguem.

Andei visitando alguns dos cenários onde as tainhas são abundantes e discutindo as particularidades da pesca deste surpreendente peixe, até poder conhece-lo.

PEIXES SUJOS?

As tainhas, muiles, mújoles, lisas, mubles, são peixes desprezados na maior parte das vezes por sua habitual presença em águas sujas e contaminadas, principalmente por: redes de esgoto, portos industriais, água turvas, com alta carga orgânica, etc...

Porém uma coisa na pesca é clara: nada é totalmente branco ou negro, na maioria das vezes.
(nenhuma verdade é absoluta)

É certo que estes peixes abundam nestes cenários, porém não devemos nos esquecer que existem hoje poucos locais com águas realmente límpidas e puras.
Porque vamos ignorar então a existência dessas “trutas” grandes e barrigudas, que como principal local de acasalamento escolhem regiões onde infelizmente nós poluímos, liberando excrementos ao rio, perfumando “daquele jeito” todas as regiões ao redor.

Trutas estas que não raramente, quando fisgadas, se transformam em torpedos prateados e nos revelam lutas sem precedentes.

Por outro lado, as tainhas limpas também existem e são perseguidas de forma voluntária por alguns aficionados pela pesca deste íctio. Afinal, tudo é questão de paladar, e do que a natureza e o homem põem ao alcance deste e de outros peixes.

Bom, um dos problemas acabei de citar, vamos ao segundo... Captura-las à mosca.

NASCIDOS PARA PESCA COM MOSCA

Ditados conhecidos como: PARA QUE PESCAR ESTE PEIXE SE NÃO SE PODE COMER? Por sorte está sendo superado pela pratica cada vez maior da pesca esportiva... Até então era dito também: “Estes peixes são muito fáceis, ao pão saem como churros” ou “não brigam nada, dois pulinhos e já eram.”
Porém, e se formos pesca-los à mosca?

UM PEIXE FÁCIL DE PESCAR?

A idéia que muitos tinham era a de que estes peixes eram bichos meio “bobos”, que entravam enganados em cardumes, sem reparar se o que lhe estava sendo oferecido como alimento no ambiente. Acredito que isso é devido à observação de sua pesca em portos pesqueiros, onde com uma simples pré-ceva a base de migalhas de pão ou restos de sardinha e víceras de bonito a pesca se resultava fácil. Agora bem, pescar à mosca e capturar uma tainha em locais menos “clássicos”, porém, freqüentado por estes “mísseis prateados”; a coisa muda de figura, e muito.

A PESCA EM PORTOS.

Só os pesco quando o mar está ruim em dias ensolarados de inverno. No verão podem haver muitas pessoas ao redor, turista e curiosos. E quase sempre a existe uma placa proibindo a pesca esportiva; somando isto aos desníveis e falta de bons locais para arremessar, acabo por não progredir nestes pesqueiros. Nestas condições, a imitação de pão é quem reina imponente.

A PESCA EM ESTUÁRIOS E RIOS

Cenário de muita abundancia de indivíduos, marcados sua pesca pelo ciclo da maré. Por comodidade pesco nas regiões de alta influencia marinha, pois os fundos de areia são muito mais limpos e cômodos para se caminhar que nas zonas mais próximas ao habitat fluvial, com sedimentos negros e água mais turva (pior situação para se observar as tainhas) sem falar na alta probabilidade de cair ou se enterrar na lama e algas; A região pode ser de enorme beleza, porém a quantidade alta de obstáculos dificultam que os peixes fiquem quietos para verem a mosca. Uma opção interessante é cevar com pão, que eu prefiro molhar previamente com um pouco de água, já que o poder de chamada é muito maior quando este se desintegra. Levo sempre uma mochila cheia de pão duro, e à medida que vou encontrando novo local, vou cevando. (Cuidado, pois na Galícia não se pode Cevar).
O melhor momento é a preamar, já que as correntes altas e baixas impedem que a ceva fique quieta, e será arrastada de modo contínuo para baixo a para cima. Se for este o caso. Outra forma de se dar bem é com nymphas de cabeça dourada, de corpos negros e marrons, nas estruturas artificiais feitas com pedras, como aquelas que dão acesso a faróis ou pontes e degraus artificiais, já que estes peixes freqüentam estes locais de forma frenética quando estão comendo. Se o local é escuro e profundo, fisgo ao menor sinal ou suspeita de picada. Em alguns casos são algas arrastadas, em outras, algum pequenos exemplar de um outro peixe qualquer.
Em alguns dias, os peixes entram mais ou menos decididos, porém não pense em capturas numerosas. O mais normal é que nos bancos de areia sejam verdadeiros viveiros de nymphas e micro-organismos, por isso não me atrevo a indicar um local concreto. Nos bancos de areia veremos os peixes roçando o fundo. Minha impressão é que é melhor lançar a ninfa e deixa-la parada, até a chegada das tainhas, então, levante-a levemente para atrair a atenção e curiosidade dos mais atrevidos. Porém, sobretudo, a lentidão dos movimentos e muita paciência serão as chaves do sucesso. Um conselho: muita atenção aos limites do rio e do mar, pois ficamos expostos a ser multados por pescar em zonas de desembocadura que sejam consideradas zonas fluviais, quando a pesca em rios estiver fechada. Procure sempre levar sua licença de pesca de mar e rio. Em qualquer caso, consulte as normativas locais. Assim evitarás desgostos.

PEQUENOS RIOS COSTEIROS

Estes “caules” costumam receber a visita de freqüente exemplares com o ciclo da maré, de maneira que, quando estiver no fim da vazante veremos apenas exemplares circulando pelos poços existente em um estado de alarme quase permanente que os deixam pouco dispostos a comer. Porém, quando a maré está empurrando, densos cardumes adentram estes rios, preparados para roer todas as pedras que se encontram em sua margem. Os melhores momentos são as três últimas horas da subida da maré, pois os peixes se estabilizam e se dedicam a comer freneticamente. Dentro das três primeiras horas, somente veremos os peixes em atividade de agrupamento. Mesmo que mordam de um ou outro lado, penso que estarão mais propensas a continuar subindo e estarão mais tranqüilas quando a água marinha inundar os poços e canais fluviais. Um bom lugar para observar a evolução dos peixes na forma descrita pode ser “el coto de Purón (Llanes)” em seu limite inferior ou em sua zona livre junto à desembocadura. Se o início da maré coincide com o amanhecer, o lugar e todo o processo de entrada da água marinha no bocal, incluindo as cevas e alguma boa lubina, compensará o esforço madrugador... Nunca esqueça de levar imitações de “algas” (dubbing verde o mais parecido possível com aquelas que ficam nos pequenos remansos). Arremesso minha mosca; ela é perseguida por dois peixes, e se eles não lhe fizerem caso, levanto à meia água como se estivesse a mercê da corrente. Ah, não duvide que no rio não esteja proibido cevar (incluindo pão). Levar algum streamer para a lubina é bom, pois não é raro encontrar-se com um exemplar nesta região.

UM PEIXE GREGÁRIO

Ele é sociável, se desloca em grupos e é pouco provável que se faça incursões sozinho. E aqui está a chave para obter êxito em sua captura. E também mais alguns inconvenientes. Uma condição quase imprescindível para se conseguir capturas regulares, não esporádicas, é que o cardume seja grande, ou se não é, que ao menos os exemplares permaneçam juntos, bem próximos uns aos outros. Por exemplo, os finais de corrente, passagens estreitas, redemoinhos, grandes pedras, desembocaduras de riachos e córregos ou rios secundários, obrigam as tainhas a agruparem-se. Nessas condições os peixes se alimentam confinados, seguros de que ante qualquer sinal de perigo, algum integrante do grupo vai dar um alarme e a dispersão será imediata e generalizada. Devemos localizar estes pontos para se iniciar bem a jornada, ao contrário, só andará atrás dos peixes como crianças caçando mariposas. Um sinal inequívoco de que o grupo está comendo é observar os deslocamentos repetidos a uma mesma postura. Um peixe roça a cabeça regularmente em uma mesma pedra, e seus congêneres passam pelo mesmo lugar. Então este ponto merece ser explorado com cuidado e descrição, pois os peixes estão voltados para ele. Segurança do grupo e competência por alimento (se bem que esta situação é mais propícia quando se pesca sobre a ceva de pão) jogarão a nosso favor. A desvantagem principal da necessidade de se ter os peixes agrupados é a transmissão imediata do alarme de perigo quando algum deles se assusta. No mais, são geralmente grupos homogêneos no quesito tamanho, será difícil capturar um que se destaque da média, já que é difícil evitar que outro companheiro do bando tome a mosca primeiro.

BRINCANDO DE ESTÁTUA

Assim chamo e a uma tática que emprego quando os peixes comem em um único ponto (uma rocha, um pequeno fundo de areia entre pedras, etc...). Assim que nos fixemos, veremos como os peixes raspam com seus lábios uma ou outra vez as mesmas saliências, tanto que às vezes me pergunto: O que haverá ali de alimento depois de dez minutos de constantes visitas? O caso é que nestas ocasiões, procuro deixar pousada na rocha uma pequena ninfa com bead-head, delicada, tipo pheasant tail, e espero que um deles a aspire em uma de suas idas e vindas. É preciso tempo até assimilar bem esta técnica, pois manter sua ninfa ali, fixa, ante tantas tentações, sem que te vejam, é às vezes complicado. Sem falar que quando correm a reação pode ser muito violenta, pois o peixe está confinado e a surpresa o fará correr apavorado. Podemos pescar com este procedimento tanto em águas salgada como em rios.

TRAMOS MÉDIOS DE RIOS

Cuidado com as cevas em águas tranqüilas e fique atento às placas informativas, se alguém não tem experiência é melhor certificar-se de que são tainhas mesmo a menos que você queira pescar trutas ou entre despercebido em um rio. Sabemos se são tainhas se elas atacam a ceva juntas e repetidamente, quase continuamente. E em remansos onde não há corrente de entrada, águas paradas. À noite elas se dispersam mais, então podemos confundi-las com salmonídeos. Se buscar por estes, saia do lugar e não insista muito com o mesmo peixe. Agora bem, há dias em que vemos as tainhas se deslocarem de forma harmoniosa e tranqüila, com seus lábios à flor da água, como se aspirando a bocadas algo que estivesse correndo rio abaixo. Não duvido que às vezes seja realmente isso, só que poderá vê-los em áreas contaminas incluindo no mar. Ou estão se alimentado de plâncton ou de substâncias oleosas, a questão é que eles se mantêm na superfície por longos períodos de tempo. Se isto ocorre, estamos com sorte. Com um Spent ou CDC de n. # 18 ao # 20, terá oportunidade que persigam sua mosca. Poderá também, lanças sua mosca direta a boca do peixe e fisgas tão logo o veja atacar a isca. Em alguns casos irá observar que alguns peixes fazem deslocamentos de vários metros para abocanhar a mosca, algo muito interessante, pois o peixe, independente de qual seja, terá se fixado em sua imitação e se dirige para toma-la... Dê um tempo, e fisgue com firmeza.

TRAMOS ALTOS DE RIOS

O grupo está disperso, e dificilmente veremos mais de quatro ou cinco peixes juntos, normalmente grandes. A pesca assim se torna complicadíssima, tanto que nem sonho em tentar esta aventura. São situações que só se pode encontrar em Cares, nas proximidades de Niserias, ou em Narcea na região de Las Mestas.

NO MAR

A melhor época é agosto e setembro (alto verão). Coincide com a desova nas praias e costas de ocle (alga que se colhe para fabricar Agar e gelatinas), que ao entrar em putrefação gera uma grande quantidade de alimento naquela região. As tainhas sabem disso e aproveitam para se aproximar. A maré alta nos permitirá ir a elas desde as lastras, ou filas de rochas que se introduzem mar adentro. Obviamente o mar deve estar calmo, e é uma boa forma de entrar em contato com um eco-sistema totalmente novo e cheio de atratividade para nós que somos de água doce. As melhores regiões são os rochedos próximos aos portos e praias urbanas. A ceva com pão da forma descrita será o melhor. Ah, leve um Popper para o caso de alguma lubina aparecer.

EQUIPAMENTOS DE MOSCA

Em rios vale a vara para trutas. Porém, eu prefiro levar uma vara de salmão de uma mão. Sim, um equipamento #9 de 9’. Motivo: o peixe deve ser manejado com rapidez para evitar que a luta se alargue e o cardume se disperse. Posso garantir que com tainhas de 50 cm, é inocência crer que vai póla em suas mãos em menos de 3 minutos. Linhas flutuantes e líderes com tippet 0.18 para aperta-los bem (os Europeus só pescam com linhas finas, são especialistas nisso). Podem ter reações nobres, porém a primeira corrida é muito brusca e violenta, e atenção, para o cardume não se dispersar neste momento, porque o peixe fisgado correrá ao encontro de seus companheiros. Eles percorrem grandes distancias depois de fisgados com as nadadeiras amarradas nas cotas, pois tem um crânio muito duro. Ah, melhor usar anzol sem farpa, pois quando crava no lábio ou na língua torna-se quase impossível retirar o anzol rapidamente. Anzóis fortes, e não se preocupe em fazer moscas muito bonitas, porque o sal irá acabar com elas e com os anzóis. (estes tamanhos pequenos; raramente encontramos modelos inoxidáveis).

UM LUGAR ESPECIAL

Cheguei a desembocadura do pequeno rio quando a maré estava baixa, observando um grande poço a cerca de duzentos metros da desembocadura ao mar. No poço se formava um retorno de água e junto às pedras colocadas como reforço na margem pude ver, desde o alto da carreira, umas tainhas negras... Enormes! Imóveis no fundo abriam suas bocas brancas para abocanhar o que a correntes lhes trazia. Comecei a provoca-los com uma bola de dubbing que imitava uma alga, deixando a linha frouxa para que a alga afundasse, e deixei-a baixar até onde os peixes repousavam, para ir recolhendo-a muito lentamente, e as vezes deixa-la apoiada sobre uma pedra ou outra que sistematicamente eram varridas pelos mais inquietos do grupo, mostrando seus flancos. Tive duas picadas, uma quando o dubbing estava perto da superfície. A outra, deixando baixar a imitação até a boca de uma tainha, idêntica a uma pesca de salmão, vistos com suas barbatanas ao sol no verão. O primeiro apenas recusou minha oferta, porém o segundo abocanhou a alga com firmeza, fisguei, e minha pequena varinha sofreu para trazer a minhas mãos um tremendo animal de quase setenta centímetros. Fascinante. (Ría de la Playa de lago, San Cibrao, Lugo)

bibliografia:
www.fishbase.com
Enciclopedia of fishing - DK book - blume
revista Danica n.23 - pág 12 a 18
revista troféo pesca
tradução e interpretação: Rubens Gorben
Editado pela última vez por Rubens Gorben em Sex Jul 14, 2006 11:18 pm, em um total de 2 vezes.
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Mensagem por Garcia Guarujá » Sex Jul 14, 2006 10:56 pm

Interessante texto.... ....até aonde consegui ler.... ... eu continuo.

Abraços.
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Rubens Gorben
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Mensagem por Rubens Gorben » Sex Jul 14, 2006 11:19 pm

Garcia escreveu:Interessante texto.... ....até aonde consegui ler.... ... eu continuo.

Abraços.
é longo mas compensa... estou trabalhando nele há quase tres semanas... durante a semana irei incluir algumas imagens.
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Mensagem por NELSON MACIEL » Sáb Jul 15, 2006 4:55 pm

Beleza Rubens ...
Ótimo texto ... Devidamente salvo ...
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Mensagem por Rubens Gorben » Sáb Jul 15, 2006 6:29 pm

NELSON MACIEL escreveu:Beleza Rubens ...
Ótimo texto ... Devidamente salvo ...
ótimo... agora, quando vamos tentar pescar estas danadas???
sim Maciel, isto é um convite... marca a data e vamos falando sobre o assunto.

abração
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Mensagem por Garcia Guarujá » Sáb Jul 15, 2006 7:56 pm

Rubens Gorben escreveu:
Garcia escreveu:Interessante texto.... ....até aonde consegui ler.... ... eu continuo.

Abraços.
é longo mas compensa... estou trabalhando nele há quase tres semanas... durante a semana irei incluir algumas imagens.
Terminei de ler.... ....muito bom....

Abraços.
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Mensagem por Tardeli » Dom Jul 16, 2006 12:02 pm

Rubens,

belo texto, com certeza tenho mais informações agora para pescar as bichinhas aqui.
Abs

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Mensagem por João Garcia » Dom Jul 16, 2006 11:54 pm

Sempre tive vontade de fisgar tainhas, até tentei "liguiçar" uma vez mas não durei 1 hora, desistimos e fomos atrás dos robalos.
Pelo texto é possível, sempre vejo os cardumes na baia de Guaratuba normalmente nos baixios se alimentando na superfície ou pulando no meio dos rios, dá uma vontade....
Se vc pegar alguma me avise e mostre a mosca q a seduziu.
Excelente texto.
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Mensagem por Rubens Gorben » Seg Jul 17, 2006 1:23 pm

É Garcia... parece que vou tentar pegá-las por estes dias, se tudo der certo... estive relembrando de locais onde pesquei e as ví, e me lembro que em barra velha, na entrada da lagoa, tem um lugar que dá pra arremessar da margem e pra caminhar por cerca de uns 800 a 1000 metros acompanhando a ceva, caso ela desça ou suba...

O Elóy disse que em guaratuba ou itapoá... não sei bem, tem um lugar onde o pessoal costuma ir pescá-las sempre... e tenho uma informação parecida de São chico... todos locais em que se pode pescar e andar....

afinal... não é fácil não ter barco com tanta água em volta aqui em joinville...

abração
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Beto Saldanha
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Mensagem por Beto Saldanha » Ter Jul 18, 2006 10:36 am

Experimente sabiqui - em Angra da ótimo resultado - e tem a vantagem de pegar parati e sardinhas tambem.
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Mensagem por Rubens Gorben » Ter Jul 18, 2006 7:40 pm

Beto Saldanha escreveu:Experimente sabiqui - em Angra da ótimo resultado - e tem a vantagem de pegar parati e sardinhas tambem.
peraí beto... essa eu quero usar... sempre olhei com cara de "desejo" pro sabiki... até comprei, mas nunca usei...

no fly, usa-se vários juntos ou um de cada vez?
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Mensagem por Beto Saldanha » Qua Jul 19, 2006 10:38 am

Aqui no Rio Sabiki é muito usada. O pessoal ( que não pesca de mosca ) usa do jeito que elas vem ( todas juntas ) - para arremessar usam uma boia lastreada. Eu desmonto e uso um de cada vez - com mais de um é uma cabeleira a cada arremesso. Sardinha é uma atraz da outra parati e tainha é mais dificil , mas pega bem.
Só tem um probleminha - aquele chicote é muito curto e fica complicado amarrar no tippet, mas com cuidado e paciencia ... ...
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Mensagem por Márcio Ravachi » Qua Jul 19, 2006 11:14 am

Rubens se quiser ja arrumou parceiro , tenho certeza que o Rafa tbm vai querer ir tentar , a mais de dois anos estavamos esperando alguem que entendesse mais de fly que a gente que se interessa-se pelo assunto .
Aqui no Paraná , principalmente em Guaratuba tem dezenas de barcos diariamente pescando tainhas , só que estão acabando com as beiras de mangue e tem usado ração de coelho e cachorro como isca , isto esta causando um grande problema , elas apodrecem rápidamente depois de pescadas . Se para o pescador assassino isso ja seria um problema , imagina para os pescadores profissionais . Até aonde sei esta prejudicando o mercado do peixe em Guaratuba , se bem que os ribeirinho ganham mais levando pescadores pescar do que lançando redes .
Eles pescam com vara de bambu e bóia , usam figado e coração como isca .
Eu tenho quebrado a cabeça a muito tempo pensando como fazer para pescalas no fly , inclusice o Palmital é afluentes são muito ricos em tainhas , só que ninguem ainda abriu como é essa tecnica .
Te confesso que inda não achei tempo para ler todo o seu material , mas vou faze-lo .
Eu só fico imaginando um torpedo desses em uma vara de fly 6 , tem um pedacinho da matéria que fala que ela dá dois pulinhos e para , acho que esse pescador esta mau informado , duvido que alguem tire uma tainha com mais de um quilo em menos que uns três minutos de briga.
No que for possível pretendo te ajudar a gente desvendar esse mistério .
Imagina uma pescaria como fizemos a uns dois meses atras em Jvl , e assarmos algumas tainhas na beira do rio . Talvez barra do sul seja o local certo hein ? Vamos amadurecer essa idéia .
MÁRCIO DINOR RAVACHI - O POISNÃ
"um dia acho esse pesqueiro " ... "Imagem
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Mensagem por Rubens Gorben » Qui Jul 20, 2006 6:55 am

Beto Saldanha escreveu:Aqui no Rio Sabiki é muito usada. O pessoal ( que não pesca de mosca ) usa do jeito que elas vem ( todas juntas ) - para arremessar usam uma boia lastreada. Eu desmonto e uso um de cada vez - com mais de um é uma cabeleira a cada arremesso. Sardinha é uma atraz da outra parati e tainha é mais dificil , mas pega bem.
Só tem um probleminha - aquele chicote é muito curto e fica complicado amarrar no tippet, mas com cuidado e paciencia ... ...
este final de semana vou a caxias do sul e tem tbm o curso de arremessos no sábado... mas na semana que vem, vou testar os sabikis na boca da barra em barra velha...

obrigado Saldanha

abração
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Mensagem por Rubens Gorben » Qui Jul 20, 2006 7:04 am

POISNÃ escreveu:Eu só fico imaginando um torpedo desses em uma vara de fly 6 , tem um pedacinho da matéria que fala que ela dá dois pulinhos e para , acho que esse pescador esta mau informado , duvido que alguem tire uma tainha com mais de um quilo em menos que uns três minutos de briga.
No que for possível pretendo te ajudar a gente desvendar esse mistério .
Imagina uma pescaria como fizemos a uns dois meses atras em Jvl , e assarmos algumas tainhas na beira do rio . Talvez barra do sul seja o local certo hein ? Vamos amadurecer essa idéia .
é exatamente isso que o autor fala na continuação do texto Poisnã... que o bicho é um torpedo prateado e que as pessoas que dizem que dois pulinhos e já era "dos chapoteos y fuera" estão redondamente enganados... ele chega a recomendar a utilização de varas para salmão de uma só mão para domar estes bichos... vara #9 9'

e quanto aos 3 minutos, os caras dizem que se vc demorar muito para trazer o bicho o bando se dispersa e que é difícil pegar mais que duas ou tres em um cardume...


enfim, neste texto podem existir muitos mitos e confesso que me sinto tentado a desvendá-los... vamos marcar uma pescaría dessas sim... que tal daqui a duas semanas... na praia e dia que vcs escolherem, de barco ou de margem... eu faço as iscas e vcs só me repõe os anzóis...

pensa e dá um toque

abração[/i]
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Mensagem por Rafael Durrégui » Qui Jul 20, 2006 7:58 am

Que presentasso Rubens !!!
Certamente uma ótima fonte de consulta para posteriores tentativas.
Grande Abraço.
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Leandro Saluti
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Mensagem por Leandro Saluti » Qui Jul 20, 2006 9:06 am

Aê Rubão...

Cara vamos brincar legal com as tainhas lá na Nazaré e Foz do Arelho...

Saluti
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E.Labatut
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Mensagem por E.Labatut » Qui Jul 20, 2006 9:46 am

Opa!

Eu quero ir junto nessa... vou de boia de arremesso e sabiki ou telescópica e miolo de pão ou fígado. Ou só vou pra tirar fotos mesmo... mas eu quero participar!
Eloy Labatut
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Frederico Lemos
CALOURO
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Mensagem por Frederico Lemos » Sex Fev 01, 2008 1:14 am

Aqui no Rio Grande do Norte eu lancei um desafio e não apareceu nenhum candidato. Durante o mês de Janeiro eu estava pagando R$ 100,00 (cem reais) por cada tainha capturada com anzol. O candidato pagaria R$ 10,00 (dez reais) para concorrer. Informaria o local e hora da pescaria (quatro horas de pesca) para eu testemunhar o fato e fazer o pagamento no ato das capturas. Infelizmente ninguém sequer se candidatou.
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Leandro H. Carrion
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Tainhas no Braço Morto IMBÈ RS

Mensagem por Leandro H. Carrion » Dom Fev 03, 2008 4:26 pm

Aqui no Rio Grande do Sul na praia do Imbé tem um lago chamado de Braço Morto que possui uma ligação com o rio Tramandai através de um canal . Neste lago existem muitas tainhas ,algumas bem grandes e que passam o tempo todo pulando . É permitido a pesca respeitando-se algumas regras :medida minima ,proibido redes,proibido cevar com ração. O pessoal de lá pesca usando chuveirinho com massa de ração de coelho e outros com miolo de pão. Algumas destas tainhas beiram os 3 kg.
Pescar la com fly deve ser bem interessante e com as dicas do Rubens deve se ter algum sucesso. Não vejo a hora de comprar meu primeiro conjunto de fly ... ... ...... ... faltando$$$$$$$$$$ no momento!!!!!!!!!!! tem um videozinho do local nohttp://br.youtube.com/watch?v=_lKPHHSMLRw

Abraços Leandro!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Rafael Bueno
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Mensagem por Rafael Bueno » Dom Fev 10, 2008 9:04 pm

Estou de férias em Laguna-SC.
Depois de ler este seu relato vou arriscar uns arremessos nos molhes.
Só tem um problema. O pessoal daqui vai achar que sou louco.
Nunca vi ninguem pescando de fly.
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Jose Silverio
ANZOL DE ALUMÍNIO
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Mensagem por Jose Silverio » Qui Fev 28, 2008 5:10 pm

freud escreveu:Aqui no Rio Grande do Norte eu lancei um desafio e não apareceu nenhum candidato. Durante o mês de Janeiro eu estava pagando R$ 100,00 (cem reais) por cada tainha capturada com anzol. O candidato pagaria R$ 10,00 (dez reais) para concorrer. Informaria o local e hora da pescaria (quatro horas de pesca) para eu testemunhar o fato e fazer o pagamento no ato das capturas. Infelizmente ninguém sequer se candidatou.
FREUD, pois já ví muitos pescadores com molinetes pequenos pegarem tainhas usando como isca lodo. Eles arremessam onde o cardume está se alimentando e esperam. E elas batem bonito. No Fly deve ser desafio supremo.

jose silverio
Pescando e aprendendo.
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