Stick, a isca irresistível para Robalos -(5-2010)
Enviado: Sáb Mai 08, 2010 11:57 am
Stick, a isca irresistível para os robalos
- No rio de mangue, a maré está vazando.
- O barco desce suavemente ao sabor do fluxo das águas.
- São necessárias apenas leves correções no rumo, com o motor elétrico.
- De repente, surge a entrada de um corixo, com suas águas deslizando em direção ao rio
principal, onde juntos, os milhares de ribeirões e o rio, irão compor a eterna tarefa de
levar os nutrientes necessários à alimentação de um complexo ecosistema, que vive no seu
estuário.
Garantindo assim, a gigantesca produtividade biológica que se desenvolve nos mangues.
- O stick é arremessado lá dentro, quase nem dá para ver direito.
- Com capricho, o trabalho de dar vida ao engodo, se inicia.
- Um toque de ponta de vara fará a parte traseira jogar água para o alto, como se fosse a cauda de um peixinho tentando encontrar forças para retomar o seu nado usual.
- Em seguida, outro toque, acompanhado de meia volta da manivela, fará a isca mergulhar e já em seguida retornar a posição vertical, simulando uma presa cansada.
- Uma rápida parada de três segundos, e tudo se repete.
- Na boca do corixo os robalos que esperam para se alimentar dos pequenos peixes forrageiros que saem junto com o fluxo das águas, já identificaram a provável presa fácil.
Nem bem a isca se aproxima da zona de ataque, e a disputa alimentar se inicia.
Dos vários predadores interessados, o mais rápido ataca a presa como se fosse um torpedo
lançado do fundo do rio.
- Na superfície, o efeito da explosão é muito parecido com uma pedra jogada na água.
- A adrenalina do pescador sobe, perde-se a respiração, as pupilas se dilatam, e um belo sorriso de satisfação é esboçado.
Ao perceber que caiu em uma armadilha, o robalo que de predador agora virou presa, tenta todos os seus truques para escapar.
Primeiro dispara em direção a segurança das raízes do mangue, onde a linha roçando nas cracas irá se partir.
Mas no meio do caminho, é desviado de seu intento pela força da linha que o aprisionou.
Ai entra em ação o plano B.
Um belo salto e algumas cabeçadas devem resolver.
Percebendo a estratégia de sua presa, o experiente pescador rapidamente inverte o ângulo da vara e posiciona a ponta dentro da água, anulando assim a manobra de fuga.
Com o plano B sem efeito, vem o plano C, nadar em direção ao pescador e usar o casco do barco para cortar a linha ou soltar as garatéias.
Ao notar a manobra, o pescador imediatamente enfia toda a vara na água, ao mesmo tempo que recolhe a linha.
O parceiro posiciona o puçá na agua, aguardando a oportunidade de finalmente apanhar o robalo.
O que não demora a acontecer.
Retirado da água, o belo exemplar tem as garatéias extraídas, para então participar de uma sessão de fotos.
Eternizado na memória digital, é devolvido as águas, para garantir com a sua genética, o aprimoramento da raça que irá garantir emoções a muitos pescadores.
Dentre os vários tipos de iscas que compõem o universo das iscas artificiais, pode-se afirmar que o stick está sempre entre as preferidas dos pescadores.
Para apanhar qualquer peixe predador, mas em especial o robalo.
Tenho guardado na memória cenas inesquecíveis, protagonizadas pelo ataque de robalos aos sticks.
Certa vez, ao avistar um tronco semi-submerso, meu parceiro arremessou sua isca de meia água, com barbela, a pegadeira, segundo ele, com precisão milimétrica ao lado do tronco.
Na terceira chasqueada, um brilho prateado passou rente a isca, mas a refugou.
Desesperado, fez novo arremesso, da isca, que foi trabalhada com muito mais capricho e....
nada.
Diz a lenda que o robalo dá uma chance, só uma, não pegou, não pegou.
Pensei comigo, bem ele já teve a sua chance, agora é a minha vez.
Arremessei o stick a quase dois metros do tronco, sendo que pelo fluxo da maré, a isca a cada momento se distanciava mais do tronco.
Iniciei o trabalho de dar vida a isca.
Bastaram duas ou três trabalhadas, não me lembro bem, e um risco cortou a superfície em direção a isca.
Momentos assim, deixam qualquer um, “pescado”.
Geralmente depois destes “sintomas”, é que se contrai a incurável febre do mangue!
Se eu fisguei o robalo ?
Claro, pode ir lá perguntar para ele.
Muita gente não acredita no stick, porque o nado dele é feio, desengonçado.
Nada a ver com a elegância das iscas de barbela, que muitas vezes nadam até melhor que os peixes.
Mas quem tem que achar bonito é o robalo, e não o pescador.
Se o robalo gosta, assunto encerrado, e ele adora um stick.
Inicialmente, procure usar sticks pequenos, de no máximo sete a oito centímetros.
As cores cromado e caramelo tem me dado melhores resultados, mas também obtive sucesso com cores cítricas.
Praticamente todo fabricante de iscas tem um ou mais sticks em catálogo, com exceção da marca Rapala, que não fabrica sticks.
Existem sticks de todo preço.
Alguns mais famosos são caros, e outros são raros.
Questão de fama.
Na prática, o stick é uma isca muito simples.
Basta apanhar uma isca que teve a barbela quebrada, aparar o que sobrou da barbela, posicionar o pitão no nariz e enrolar um pedaço de arame de solda na garatéia inferior.
Para calibrar o peso, coloque-a num copo com água.
Deve ficar na posição vertical, com a cabeça para fora d’agua.
Pronto, sem gastar um tostão, você acaba de fazer o seu primeiro stick.
E acredite, ele pode lhe trazer grandes emoções.
Tenha em mente que o melhor pescador não é aquele que tem as melhores iscas, mas aquele que melhor sabe dar vida a elas.
Pratique o pesque e solte, e boas pescarias.
Marcos Zotto
- No rio de mangue, a maré está vazando.
- O barco desce suavemente ao sabor do fluxo das águas.
- São necessárias apenas leves correções no rumo, com o motor elétrico.
- De repente, surge a entrada de um corixo, com suas águas deslizando em direção ao rio
principal, onde juntos, os milhares de ribeirões e o rio, irão compor a eterna tarefa de
levar os nutrientes necessários à alimentação de um complexo ecosistema, que vive no seu
estuário.
Garantindo assim, a gigantesca produtividade biológica que se desenvolve nos mangues.
- O stick é arremessado lá dentro, quase nem dá para ver direito.
- Com capricho, o trabalho de dar vida ao engodo, se inicia.
- Um toque de ponta de vara fará a parte traseira jogar água para o alto, como se fosse a cauda de um peixinho tentando encontrar forças para retomar o seu nado usual.
- Em seguida, outro toque, acompanhado de meia volta da manivela, fará a isca mergulhar e já em seguida retornar a posição vertical, simulando uma presa cansada.
- Uma rápida parada de três segundos, e tudo se repete.
- Na boca do corixo os robalos que esperam para se alimentar dos pequenos peixes forrageiros que saem junto com o fluxo das águas, já identificaram a provável presa fácil.
Nem bem a isca se aproxima da zona de ataque, e a disputa alimentar se inicia.
Dos vários predadores interessados, o mais rápido ataca a presa como se fosse um torpedo
lançado do fundo do rio.
- Na superfície, o efeito da explosão é muito parecido com uma pedra jogada na água.
- A adrenalina do pescador sobe, perde-se a respiração, as pupilas se dilatam, e um belo sorriso de satisfação é esboçado.
Ao perceber que caiu em uma armadilha, o robalo que de predador agora virou presa, tenta todos os seus truques para escapar.
Primeiro dispara em direção a segurança das raízes do mangue, onde a linha roçando nas cracas irá se partir.
Mas no meio do caminho, é desviado de seu intento pela força da linha que o aprisionou.
Ai entra em ação o plano B.
Um belo salto e algumas cabeçadas devem resolver.
Percebendo a estratégia de sua presa, o experiente pescador rapidamente inverte o ângulo da vara e posiciona a ponta dentro da água, anulando assim a manobra de fuga.
Com o plano B sem efeito, vem o plano C, nadar em direção ao pescador e usar o casco do barco para cortar a linha ou soltar as garatéias.
Ao notar a manobra, o pescador imediatamente enfia toda a vara na água, ao mesmo tempo que recolhe a linha.
O parceiro posiciona o puçá na agua, aguardando a oportunidade de finalmente apanhar o robalo.
O que não demora a acontecer.
Retirado da água, o belo exemplar tem as garatéias extraídas, para então participar de uma sessão de fotos.
Eternizado na memória digital, é devolvido as águas, para garantir com a sua genética, o aprimoramento da raça que irá garantir emoções a muitos pescadores.
Dentre os vários tipos de iscas que compõem o universo das iscas artificiais, pode-se afirmar que o stick está sempre entre as preferidas dos pescadores.
Para apanhar qualquer peixe predador, mas em especial o robalo.
Tenho guardado na memória cenas inesquecíveis, protagonizadas pelo ataque de robalos aos sticks.
Certa vez, ao avistar um tronco semi-submerso, meu parceiro arremessou sua isca de meia água, com barbela, a pegadeira, segundo ele, com precisão milimétrica ao lado do tronco.
Na terceira chasqueada, um brilho prateado passou rente a isca, mas a refugou.
Desesperado, fez novo arremesso, da isca, que foi trabalhada com muito mais capricho e....
nada.
Diz a lenda que o robalo dá uma chance, só uma, não pegou, não pegou.
Pensei comigo, bem ele já teve a sua chance, agora é a minha vez.
Arremessei o stick a quase dois metros do tronco, sendo que pelo fluxo da maré, a isca a cada momento se distanciava mais do tronco.
Iniciei o trabalho de dar vida a isca.
Bastaram duas ou três trabalhadas, não me lembro bem, e um risco cortou a superfície em direção a isca.
Momentos assim, deixam qualquer um, “pescado”.
Geralmente depois destes “sintomas”, é que se contrai a incurável febre do mangue!
Se eu fisguei o robalo ?
Claro, pode ir lá perguntar para ele.
Muita gente não acredita no stick, porque o nado dele é feio, desengonçado.
Nada a ver com a elegância das iscas de barbela, que muitas vezes nadam até melhor que os peixes.
Mas quem tem que achar bonito é o robalo, e não o pescador.
Se o robalo gosta, assunto encerrado, e ele adora um stick.
Inicialmente, procure usar sticks pequenos, de no máximo sete a oito centímetros.
As cores cromado e caramelo tem me dado melhores resultados, mas também obtive sucesso com cores cítricas.
Praticamente todo fabricante de iscas tem um ou mais sticks em catálogo, com exceção da marca Rapala, que não fabrica sticks.
Existem sticks de todo preço.
Alguns mais famosos são caros, e outros são raros.
Questão de fama.
Na prática, o stick é uma isca muito simples.
Basta apanhar uma isca que teve a barbela quebrada, aparar o que sobrou da barbela, posicionar o pitão no nariz e enrolar um pedaço de arame de solda na garatéia inferior.
Para calibrar o peso, coloque-a num copo com água.
Deve ficar na posição vertical, com a cabeça para fora d’agua.
Pronto, sem gastar um tostão, você acaba de fazer o seu primeiro stick.
E acredite, ele pode lhe trazer grandes emoções.
Tenha em mente que o melhor pescador não é aquele que tem as melhores iscas, mas aquele que melhor sabe dar vida a elas.
Pratique o pesque e solte, e boas pescarias.
Marcos Zotto