SAICANGA - II - log book
Enviado: Qui Ago 03, 2006 8:57 am
Antes de me aprofundar em detalhes técnicos, vou discernir sobre as minhas primeiras impressões e pensamentos sobre esta "danada", que se encontram registradas em meu log book.
Por ser um texto extraído de meu diário de pesca, ele é composto de inúmeras partes curtas. Para se ter um bom entendimento, deve-se ler o mesmo pausadamente... Cada parágrafo é uma linha de raciocínio em um dia diferente.
Abaixo apresento a vocês cerca de um ano inteiro de observações e conclusões pessoais.
Algumas das observações podem ser equivocadas, mas faço questão de mantê-las enquanto eu não construir contestações com fundamentos claros.
Saicanga – 2ª parte.
foto: Rafael Fernandez
Tenho notado a presença marcante da atividade de um determinado peixe nos rio após as chuvas... Principalmente aquelas que são longas e de médio volume, entre 18 a 22 mm.
As saicangas.
Mostram-se muito agitadas após as chuvas, talvez pelo fato da água ficar semi turva ou com maiores turbulências, venham a prevalecerem sua caçada, dificultando o nado dos pequenos peixes e desprendendo inúmeros insetos das pedras e vegetações presentes nas margens.
Munida de olhos imensos, sua visão é apuradíssima e ajustada para ser excelente em altas velocidades. Normalmente pensamos que ela errou o bote, mas acredito que ela esteja mais propensa a rejeitar a isca a milímetros, ou a uma fração de segundos antes do fulminante ataque.
Extremamente vorazes, caçam em cardumes de cerca de cinco a dez indivíduos quando adultas, e cardumes que podem chegar a centenas quando juvenis, ou misturadas com outros peixes pequenos da mesma família.
Gostam de iscas que contenham brilhos, muito brilho e cores diversas, são extremamente ariscas e arredias e fazem uma análise muito rápida do alvo antes de atacar.
Tenho notado que no grupo, aquela que encabeça o cardume define o que é ou não comida; todas as outras acompanham seus movimentos. Se ela ataca, vira ou foge, todas as demais a acompanham.
São acima de tudo insetívoras, mudando seus hábitos alimentares no final da primavera e verão, onde passam a preferir iscas maiores e se tornam piscívoras.
Tenho capturado normalmente com ninfas, scuds, larvas e formigas secas e caddis. Porém, nos meses quentes, como disse acima, perseguem pequenos peixes e crustáceos... Mas pela quantidade de erros cometidos nos ataques a estas iscas, acredito que ataquem mais por territorialismo e defesa dos pontos de caça ou quem sabe acasalamento.
foto: Beto vaucher
No momento são meus peixes favoritos. Conseguem me fascinar às vezes mais que o Robalo, pois buscam o que querem e não ficam esperando escondidas. Vivem sempre protegidas pelo cardume e nas raras vezes que vi indivíduos sozinhos, estes nadavam a esmo, perdidos e dando voltas no poço sem se alimentar ou assumir algum posto de caça.
Seus ataques são geralmente próximos a calda ou pelos flancos. Agarram e nadam pro fundo lateralmente a correnteza, sacudindo a presa para corta-la ao meio ou dilacera-la com o grupo.
O melhor local para se alojar o anzol durante sua captura, é no “canivete”, parte anterior do maxilar onde ele se junta a mandíbula. Esta parte da anatomia da saicanga é extremamente vulnerável ao anzol... Uma vez alojado ali, a saicanga tem poucas chances de se desvencilhar da isca.
Ela é extremamente cuidadosa quando pega a isca, tanto que nunca vi nenhuma saicanga embuchada ou encharutada, e uso, muitas vezes, iscas que poderiam ser engolidas por um lambari.
Iscas com olhos são uma boa opção para ajuda-las a dimensionar a zona de ataque no seu alvo. Muitos pescadores acham que os olhos nas iscas não têm importância. Eu acho que: Se observarmos a natureza, veremos o contrário. Por exemplo:
Os Ciclidaes carregam ocelos em suas caldas para simular olhos, parecerem maiores e/ou confundir o ataque de seus predadores.
Li um relato de pesca de saicangas uma certa vez, onde os pescadores utilizavam somente os olhos dos lambaris para captura-las... É mole?
Pesca-se o lambari, tira-lhes o olho, ata-se em um anzol e joga-os na saída da corredeira... Saicanga na linha.
Isso explica algumas iscas de fly onde se tem somente; 3-D eyes colados sobre tufos de calf tail branco e mais nada.
Pode ser que os peixes, dependendo da turbidez da água, meçam suas presas, pelo tamanho de seus olhos.
foto: Beto vaucher
Imagine:
Um jacundá consegue se mimetizar perfeitamente junto a pedras escuras ou solos arenosos. Se somarmos isso a turbidez da água, seja pela corrente ou por detritos em suspensão, até para o peixe de visão mais aguçada seria impossível de ver... O que ele vê então?
Acredito que ele veja somente os olhos, que brilham muito e não mimetizam com o resto do corpo e não têm pálpebras ou cílios para os esconder. Então, para muitos peixes, acredito que os olhos são como alvos... Eles só têm que mirar e atacar.
Bom, ele com certeza, soma isso à pelo menos mais um fato: VIBRAÇÃO. E sente o estado da presa... Se estiver em fuga, doente, machucada, distraída, desorientada, etc, etc, etc...
Afinal, a velocidade do som pode ultrapassar os mil metros por segundo em baixo da água; mas as ondas de choque, apesar de muito mais lentas e de maior impacto, atraem ou afugentam mais o peixe que o barulho proporcionado por ratlins, de modo que ao provocando um maior “araste” ou vibração, na água, pode-se obter mais eficiência do que iscas que emitem sons. Um exemplo claro disso é a eficiência dos spinners quando comparados aos plugs neste tipo específico de pesca.
E com certeza não só a saicanga usa isso a seu favor.
Ela é astuta. Quando você pisa na água, ela provavelmente já sabe o seu tamanho, o seu peso e a que distancia você está, isso graças às ondas de choque que você gera ao entrar no rio e não ao ruído que você faz. E quando sua linha toca a água, se não tiver cuidado, ela vai estar a mais de mil metros de você.
foto: Elóy
Regras básicas:
Se você estiver longe de corredeiras, silêncio sepulcral é o indicado. Movimentos suaves e minimizados são necessários.
Se for ficar no capim ou no barranco, cuide para que o sol esteja nas suas costas e procure usar roupas de cores neutras, parecidas ao ambiente. Verde, marrom, camuflados...
Se entrar na água, aí o bicho pega... Prepare-se para arremessos looooongooosssss...
Quando elas te percebem, já era, elas fogem geralmente rio abaixo e te mantém dentro de um limite de segurança.
Muitas vezes, quando elas paravam de pegar, era só dar um ou dois passos á frente que conseguiríamos retomar o padrão das batidas.
Tive a oportunidade de ter uma saicanga em meu aquário uma vez... O metabolismo delas é extremamente acelerado, e ela dobra de tamanho em poucas semanas...
Quando ela agarra a sua isca, mesmo uma saicanga pequenina, sua primeira reação é sair correndo lateralmente, em direção ao centro do rio e geralmente no sentido de corrente abaixo, proporcionando uma briga limpa e por ser um peixe de velocidade e não de explosão, não se entrega facilmente.
Seu corpo esguio é uma máquina de uma hidrodinâmica admiravelmente perfeita, sua musculatura é muito flexível e sustentada por centenas de micro-espinhas. Tem formato de torpedo e calda muito furcada... Raramente pula durante uma luta e é pouco adepta a ataques de superfície, os ideais são streamers que fiquem a cerca de dez centímetros de profundidade. Se ficar muito a flor da água, elas erram muito o bote, talvez fiquem desorientadas com a proximidade da luz da superfície.
Outra observação que fiz é que, sempre uma ataca primeiro, tipo uma líder do grupo, se ela erra o bote, outra ataca em seguida e se a presa foge, somente uma a persegue declaradamente, as outras vem atrás aguardando sua vez de atacar.
Em uma ocasião, fiquei com uma Wooly Bugger cercada por um pequeno cardume, quando a líder abocanhou a isca, mesmo já fisgada, as outras vinham agarrar nas partes da isca que estavam ainda pra fora da boca... Selvageria pura... Assim as defino.
Outra observação importante é no que diz respeito à tática utilizada no ataque.
Talvez mais uma curiosidade.
Nós humanos somos canhotos ou destros e temos maior facilidade para executar operações físicas com determinado lado do corpo. Assim como jogadores de futebol tem sua perna boa e sua perna torta para chutar, as saicangas têm lados que costumam usar mais.
Por exemplo:
As saicangas sempre atacam pelo lado esquerdo delas.
Como sei isso?
Não sei, deduzo.
Sempre vejo os ataques e elas investem mais pelo seu lado esquerdo.
Depois venho reparando minhas iscas de pescar saicangas, e as mais usadas, estão todas com as penas quebradas ou cortadas de um único lado... O lado direito da isca.
Até hoje, vi somente uma que atacou pela direita, mas não duvido que algumas sejam canhotas...(hahahahahahahahahahahaha)
Portanto; aquela dúvida que sempre temos sobre anzóis “off-set” funcionarem ou não deixo para vocês decidirem e responderem. Mas, acredito piamente que tem uma boa dose de lógica...
foto: Elóy
Por enquanto é só.
Vou aproveitar para dizer um pouco sobre os outros capítulos:
1 – apresentação e epílogo – OK
2 – minhas impressões – OK
3 – bio-informativo - informações técnicas - OK
4 – sua pesca em diferentes épocas do ano - OK
5 – leader adequado, mapa do rio, melhores moscas
Por ser um texto extraído de meu diário de pesca, ele é composto de inúmeras partes curtas. Para se ter um bom entendimento, deve-se ler o mesmo pausadamente... Cada parágrafo é uma linha de raciocínio em um dia diferente.
Abaixo apresento a vocês cerca de um ano inteiro de observações e conclusões pessoais.
Algumas das observações podem ser equivocadas, mas faço questão de mantê-las enquanto eu não construir contestações com fundamentos claros.
Saicanga – 2ª parte.
foto: Rafael Fernandez
Tenho notado a presença marcante da atividade de um determinado peixe nos rio após as chuvas... Principalmente aquelas que são longas e de médio volume, entre 18 a 22 mm.
As saicangas.
Mostram-se muito agitadas após as chuvas, talvez pelo fato da água ficar semi turva ou com maiores turbulências, venham a prevalecerem sua caçada, dificultando o nado dos pequenos peixes e desprendendo inúmeros insetos das pedras e vegetações presentes nas margens.
Munida de olhos imensos, sua visão é apuradíssima e ajustada para ser excelente em altas velocidades. Normalmente pensamos que ela errou o bote, mas acredito que ela esteja mais propensa a rejeitar a isca a milímetros, ou a uma fração de segundos antes do fulminante ataque.
Extremamente vorazes, caçam em cardumes de cerca de cinco a dez indivíduos quando adultas, e cardumes que podem chegar a centenas quando juvenis, ou misturadas com outros peixes pequenos da mesma família.
Gostam de iscas que contenham brilhos, muito brilho e cores diversas, são extremamente ariscas e arredias e fazem uma análise muito rápida do alvo antes de atacar.
Tenho notado que no grupo, aquela que encabeça o cardume define o que é ou não comida; todas as outras acompanham seus movimentos. Se ela ataca, vira ou foge, todas as demais a acompanham.
São acima de tudo insetívoras, mudando seus hábitos alimentares no final da primavera e verão, onde passam a preferir iscas maiores e se tornam piscívoras.
Tenho capturado normalmente com ninfas, scuds, larvas e formigas secas e caddis. Porém, nos meses quentes, como disse acima, perseguem pequenos peixes e crustáceos... Mas pela quantidade de erros cometidos nos ataques a estas iscas, acredito que ataquem mais por territorialismo e defesa dos pontos de caça ou quem sabe acasalamento.
foto: Beto vaucher
No momento são meus peixes favoritos. Conseguem me fascinar às vezes mais que o Robalo, pois buscam o que querem e não ficam esperando escondidas. Vivem sempre protegidas pelo cardume e nas raras vezes que vi indivíduos sozinhos, estes nadavam a esmo, perdidos e dando voltas no poço sem se alimentar ou assumir algum posto de caça.
Seus ataques são geralmente próximos a calda ou pelos flancos. Agarram e nadam pro fundo lateralmente a correnteza, sacudindo a presa para corta-la ao meio ou dilacera-la com o grupo.
O melhor local para se alojar o anzol durante sua captura, é no “canivete”, parte anterior do maxilar onde ele se junta a mandíbula. Esta parte da anatomia da saicanga é extremamente vulnerável ao anzol... Uma vez alojado ali, a saicanga tem poucas chances de se desvencilhar da isca.
Ela é extremamente cuidadosa quando pega a isca, tanto que nunca vi nenhuma saicanga embuchada ou encharutada, e uso, muitas vezes, iscas que poderiam ser engolidas por um lambari.
Iscas com olhos são uma boa opção para ajuda-las a dimensionar a zona de ataque no seu alvo. Muitos pescadores acham que os olhos nas iscas não têm importância. Eu acho que: Se observarmos a natureza, veremos o contrário. Por exemplo:
Os Ciclidaes carregam ocelos em suas caldas para simular olhos, parecerem maiores e/ou confundir o ataque de seus predadores.
Li um relato de pesca de saicangas uma certa vez, onde os pescadores utilizavam somente os olhos dos lambaris para captura-las... É mole?
Pesca-se o lambari, tira-lhes o olho, ata-se em um anzol e joga-os na saída da corredeira... Saicanga na linha.
Isso explica algumas iscas de fly onde se tem somente; 3-D eyes colados sobre tufos de calf tail branco e mais nada.
Pode ser que os peixes, dependendo da turbidez da água, meçam suas presas, pelo tamanho de seus olhos.
foto: Beto vaucher
Imagine:
Um jacundá consegue se mimetizar perfeitamente junto a pedras escuras ou solos arenosos. Se somarmos isso a turbidez da água, seja pela corrente ou por detritos em suspensão, até para o peixe de visão mais aguçada seria impossível de ver... O que ele vê então?
Acredito que ele veja somente os olhos, que brilham muito e não mimetizam com o resto do corpo e não têm pálpebras ou cílios para os esconder. Então, para muitos peixes, acredito que os olhos são como alvos... Eles só têm que mirar e atacar.
Bom, ele com certeza, soma isso à pelo menos mais um fato: VIBRAÇÃO. E sente o estado da presa... Se estiver em fuga, doente, machucada, distraída, desorientada, etc, etc, etc...
Afinal, a velocidade do som pode ultrapassar os mil metros por segundo em baixo da água; mas as ondas de choque, apesar de muito mais lentas e de maior impacto, atraem ou afugentam mais o peixe que o barulho proporcionado por ratlins, de modo que ao provocando um maior “araste” ou vibração, na água, pode-se obter mais eficiência do que iscas que emitem sons. Um exemplo claro disso é a eficiência dos spinners quando comparados aos plugs neste tipo específico de pesca.
E com certeza não só a saicanga usa isso a seu favor.
Ela é astuta. Quando você pisa na água, ela provavelmente já sabe o seu tamanho, o seu peso e a que distancia você está, isso graças às ondas de choque que você gera ao entrar no rio e não ao ruído que você faz. E quando sua linha toca a água, se não tiver cuidado, ela vai estar a mais de mil metros de você.
foto: Elóy
Regras básicas:
Se você estiver longe de corredeiras, silêncio sepulcral é o indicado. Movimentos suaves e minimizados são necessários.
Se for ficar no capim ou no barranco, cuide para que o sol esteja nas suas costas e procure usar roupas de cores neutras, parecidas ao ambiente. Verde, marrom, camuflados...
Se entrar na água, aí o bicho pega... Prepare-se para arremessos looooongooosssss...
Quando elas te percebem, já era, elas fogem geralmente rio abaixo e te mantém dentro de um limite de segurança.
Muitas vezes, quando elas paravam de pegar, era só dar um ou dois passos á frente que conseguiríamos retomar o padrão das batidas.
Tive a oportunidade de ter uma saicanga em meu aquário uma vez... O metabolismo delas é extremamente acelerado, e ela dobra de tamanho em poucas semanas...
Quando ela agarra a sua isca, mesmo uma saicanga pequenina, sua primeira reação é sair correndo lateralmente, em direção ao centro do rio e geralmente no sentido de corrente abaixo, proporcionando uma briga limpa e por ser um peixe de velocidade e não de explosão, não se entrega facilmente.
Seu corpo esguio é uma máquina de uma hidrodinâmica admiravelmente perfeita, sua musculatura é muito flexível e sustentada por centenas de micro-espinhas. Tem formato de torpedo e calda muito furcada... Raramente pula durante uma luta e é pouco adepta a ataques de superfície, os ideais são streamers que fiquem a cerca de dez centímetros de profundidade. Se ficar muito a flor da água, elas erram muito o bote, talvez fiquem desorientadas com a proximidade da luz da superfície.
Outra observação que fiz é que, sempre uma ataca primeiro, tipo uma líder do grupo, se ela erra o bote, outra ataca em seguida e se a presa foge, somente uma a persegue declaradamente, as outras vem atrás aguardando sua vez de atacar.
Em uma ocasião, fiquei com uma Wooly Bugger cercada por um pequeno cardume, quando a líder abocanhou a isca, mesmo já fisgada, as outras vinham agarrar nas partes da isca que estavam ainda pra fora da boca... Selvageria pura... Assim as defino.
Outra observação importante é no que diz respeito à tática utilizada no ataque.
Talvez mais uma curiosidade.
Nós humanos somos canhotos ou destros e temos maior facilidade para executar operações físicas com determinado lado do corpo. Assim como jogadores de futebol tem sua perna boa e sua perna torta para chutar, as saicangas têm lados que costumam usar mais.
Por exemplo:
As saicangas sempre atacam pelo lado esquerdo delas.
Como sei isso?
Não sei, deduzo.
Sempre vejo os ataques e elas investem mais pelo seu lado esquerdo.
Depois venho reparando minhas iscas de pescar saicangas, e as mais usadas, estão todas com as penas quebradas ou cortadas de um único lado... O lado direito da isca.
Até hoje, vi somente uma que atacou pela direita, mas não duvido que algumas sejam canhotas...(hahahahahahahahahahahaha)
Portanto; aquela dúvida que sempre temos sobre anzóis “off-set” funcionarem ou não deixo para vocês decidirem e responderem. Mas, acredito piamente que tem uma boa dose de lógica...
foto: Elóy
Por enquanto é só.
Vou aproveitar para dizer um pouco sobre os outros capítulos:
1 – apresentação e epílogo – OK
2 – minhas impressões – OK
3 – bio-informativo - informações técnicas - OK
4 – sua pesca em diferentes épocas do ano - OK
5 – leader adequado, mapa do rio, melhores moscas