MORREU JOSÉ RICO (da Dupla com o Milionário)
- Marcio Azzarini
- GARATÉIA DE TITÂNIO
- Mensagens: 9959
- Registrado em: Seg Mar 10, 2008 4:13 pm
- Cidade:
MORREU JOSÉ RICO (da Dupla com o Milionário)
Apesar de minha preferência pelo Rock e suas vertentes, sempre respeitei muito e inclusive tenho no meu pendrive alguns dos ícones da musica popular brasileira, incluindo Milionário e José Rico..
Uma grande perda para a musica brasileira...
http://cultura.estadao.com.br/noticias/ ... lo,1643594
Uma grande perda para a musica brasileira...
http://cultura.estadao.com.br/noticias/ ... lo,1643594
Pesque, fotografe e SOLTE!
- NELSON MACIEL
- GARATÉIA DE VIBRANIUM
- Mensagens: 47726
- Registrado em: Qui Set 09, 2004 7:50 pm
- Cidade: SaoJosedosPinhais
- Estado: PR
- Contato:
E o Zé Rico se foi pela Longa Estrada da Vida ...
É triste,mas é a vida, nascemos, vivemos e morremos ...
O ruim disso tudo é que as rádios e emissoras de TV "arrumam" substitutos para os grandes músicos que se vão ... E ficam estas b***** que hoje fazem sucesso junto a um público que aceita qualquer m**** ...
É triste,mas é a vida, nascemos, vivemos e morremos ...
O ruim disso tudo é que as rádios e emissoras de TV "arrumam" substitutos para os grandes músicos que se vão ... E ficam estas b***** que hoje fazem sucesso junto a um público que aceita qualquer m**** ...
Nelson Maciel
FÓRUNS CATERVA - UM MARCO NA PESCA ESPORTIVA DO BRASIL !
Seja um pescador mais esportivo. Amasse as farpas dos anzóis e garatéias.
- Dair Helaehil
- GARATÉIA DE OURO
- Mensagens: 6459
- Registrado em: Seg Out 29, 2007 5:47 pm
- Cidade:
- Wellington Oliveira
- ANZOL DE OURO
- Mensagens: 932
- Registrado em: Qui Jun 17, 2010 6:51 pm
- Cidade:
Estava ouvindo as músicas deles no carro a caminho de casa ...
Cresci ouvindo-os, depois cantando suas músicas ... tantas décadas ... e ele tb se foi ...
Continuarão as músicas ... agora mais tristes ...
Mais um que se foi ... tantos já se foram ... outros tantos ainda irão ... até que talvez noutro lugar eu consiga tocar e cantar com todos e cada um ...
"A casa viaja no tempo" - Rubem Braga
Volto, como antigamente, a esta grande casa amiga, na noite de domingo. Recuso, com o mesmo sorriso, a batida que o dono da casa me oferece, e tomo a mesma cachacinha de sempre. O dono da casa é o mesmo, a cachaça é a mesma, a casa, eu… E tantas vezes vim aqui que não tomo consciência das coisas que mudaram.
Sento-me, por acaso, ao lado de uma jovem senhora, amiga da família, e a conversa é tranqüila e morna. Mas de repente, a propósito de alguma coisa, ela diz que se lembra de mim há muito tempo. “Você vinha às vezes jantar, sempre assim, de paletó e sem gravata. Sentava calado, com a cara meio triste, um ar sério. Eu me lembro muito bem.
Eu tinha seis anos… “
Seis anos! Certamente não me lembro dessa menina de seis anos; a casa sempre esteve cheia de meninas e mocinhas, há pessoas que eu conheço de muitos domingos através de muitos anos, e das quais nem sequer sei o nome. Pessoas que para mim fazem parte desta casa e desses domingos, visitando esta casa.
A primeira recordação que tenho dessa jovem é de uma adolescente que às vezes dançava no jardim. Era certamente linda; mas não creio que tivéssemos trocado, através dos anos, mais de duas ou três frases ocasionais. Sempre tive a vaga impressão de que, por algum motivo imponderável, ela não simpatizava comigo. Só agora me dou conta de que a vi crescer, terei sido uma distraída testemunha de seus flertes, seu namoro; lembro-me de seu noivado, lembro-me quando se casou, sei que hoje, ainda tão moça, tem dois filhos – e a maternidade veio definir melhor sua radiosa beleza juvenil.
Inutilmente procuro reconstituir a menina de seis anos que me olhava na mesa, e me achava triste. E não faço a menor idéia do que ela soube ou viu a meu respeito durante esses inumeráveis domingos. Certamente fui sempre, para ela, uma figura constante, mas vaga – um senhor feio e quieto, que ela se acostumou a ver distraidamente de vez em quando, as vezes com um ano ou mais de intervalo, que viaja e reaparece com a mesma cara e o mesmo jeito. Tomo consciência de que é a primeira vez que conversamos os dois, ao fim de tantos anos de vagos “boa-noite” e “como vai?” mas nossa conversa tranqüila e trivial me emociona de repente quando ela diz: “eu tinha seis anos…”
Penso em tudo o que vivi nestes anos – tanta coisa tão intensa que veio e foi – e penso na casa, no dono da casa, na família, na gente que passou por aqui. A casa não é mais a mesma, a casa não é mais casa, é um grande navio que vai singrando o tempo, que vai embarcando e desembarcando gente no porto de cada domingo: dentro em pouco outra menina de seis anos, filha dessa menina, estará sentada na mesma sala, sob a mesma lâmpada, e com seus dois olhinhos pretos verá o mesmo senhor calado, de cara triste – o mesmo senhor que numa noite de domingo, sem o saber, se despedirá para sempre e irá para o remoto país onde encontrará outras sombras queridas ou indiferentes que aqui viveram também suas noites de domingo – e não voltaram mais.
Junho, 1953
A Casa é mais ou menos a "nave" chamada Caterva ...
Como dia a Dory, continuemos a nadar ...
Cresci ouvindo-os, depois cantando suas músicas ... tantas décadas ... e ele tb se foi ...
Continuarão as músicas ... agora mais tristes ...
Mais um que se foi ... tantos já se foram ... outros tantos ainda irão ... até que talvez noutro lugar eu consiga tocar e cantar com todos e cada um ...
"A casa viaja no tempo" - Rubem Braga
Volto, como antigamente, a esta grande casa amiga, na noite de domingo. Recuso, com o mesmo sorriso, a batida que o dono da casa me oferece, e tomo a mesma cachacinha de sempre. O dono da casa é o mesmo, a cachaça é a mesma, a casa, eu… E tantas vezes vim aqui que não tomo consciência das coisas que mudaram.
Sento-me, por acaso, ao lado de uma jovem senhora, amiga da família, e a conversa é tranqüila e morna. Mas de repente, a propósito de alguma coisa, ela diz que se lembra de mim há muito tempo. “Você vinha às vezes jantar, sempre assim, de paletó e sem gravata. Sentava calado, com a cara meio triste, um ar sério. Eu me lembro muito bem.
Eu tinha seis anos… “
Seis anos! Certamente não me lembro dessa menina de seis anos; a casa sempre esteve cheia de meninas e mocinhas, há pessoas que eu conheço de muitos domingos através de muitos anos, e das quais nem sequer sei o nome. Pessoas que para mim fazem parte desta casa e desses domingos, visitando esta casa.
A primeira recordação que tenho dessa jovem é de uma adolescente que às vezes dançava no jardim. Era certamente linda; mas não creio que tivéssemos trocado, através dos anos, mais de duas ou três frases ocasionais. Sempre tive a vaga impressão de que, por algum motivo imponderável, ela não simpatizava comigo. Só agora me dou conta de que a vi crescer, terei sido uma distraída testemunha de seus flertes, seu namoro; lembro-me de seu noivado, lembro-me quando se casou, sei que hoje, ainda tão moça, tem dois filhos – e a maternidade veio definir melhor sua radiosa beleza juvenil.
Inutilmente procuro reconstituir a menina de seis anos que me olhava na mesa, e me achava triste. E não faço a menor idéia do que ela soube ou viu a meu respeito durante esses inumeráveis domingos. Certamente fui sempre, para ela, uma figura constante, mas vaga – um senhor feio e quieto, que ela se acostumou a ver distraidamente de vez em quando, as vezes com um ano ou mais de intervalo, que viaja e reaparece com a mesma cara e o mesmo jeito. Tomo consciência de que é a primeira vez que conversamos os dois, ao fim de tantos anos de vagos “boa-noite” e “como vai?” mas nossa conversa tranqüila e trivial me emociona de repente quando ela diz: “eu tinha seis anos…”
Penso em tudo o que vivi nestes anos – tanta coisa tão intensa que veio e foi – e penso na casa, no dono da casa, na família, na gente que passou por aqui. A casa não é mais a mesma, a casa não é mais casa, é um grande navio que vai singrando o tempo, que vai embarcando e desembarcando gente no porto de cada domingo: dentro em pouco outra menina de seis anos, filha dessa menina, estará sentada na mesma sala, sob a mesma lâmpada, e com seus dois olhinhos pretos verá o mesmo senhor calado, de cara triste – o mesmo senhor que numa noite de domingo, sem o saber, se despedirá para sempre e irá para o remoto país onde encontrará outras sombras queridas ou indiferentes que aqui viveram também suas noites de domingo – e não voltaram mais.
Junho, 1953
A Casa é mais ou menos a "nave" chamada Caterva ...
Como dia a Dory, continuemos a nadar ...
"Fora da caridade não há salvação!"
- Alcides Barbosa - Piska
- GARATÉIA DE PRATA
- Mensagens: 3395
- Registrado em: Dom Jan 23, 2005 3:51 pm
- Apelido: Piska
- Cidade:
- Angelo Roberto
- GARATÉIA DE TITÂNIO
- Mensagens: 9354
- Registrado em: Dom Jun 27, 2010 8:39 pm
- Apelido: BigOde
- Cidade: Itatiba
- Estado: SP
- Shinji Haseyama
- GARATÉIA DE PRATA
- Mensagens: 2951
- Registrado em: Qui Jun 14, 2007 4:12 pm
- Cidade:
- Contato:
NELSON MACIEL escreveu:E o Zé Rico se foi pela Longa Estrada da Vida ...
É triste,mas é a vida, nascemos, vivemos e morremos ...
O ruim disso tudo é que as rádios e emissoras de TV "arrumam" substitutos para os grandes músicos que se vão ... E ficam estas b***** que hoje fazem sucesso junto a um público que aceita qualquer m**** ...
Pra cada José Rico que se vai.... ....chegam centenas de sertanejos universitários, axés, pagodes, funks.... ... repomos à altura, não só na música, mas na literatura, teatro, televisão, etc.....
<iframe></iframe>
KEEP WALKING KEEP FISHING
Caterva Jurássica
Quando achava que tinha todas as respostas, veio a vida e mudou todas as perguntas.... ...
Caterva Jurássica
Quando achava que tinha todas as respostas, veio a vida e mudou todas as perguntas.... ...
- Renato Barreto
- GARATÉIA DE PRATA
- Mensagens: 2047
- Registrado em: Seg Jun 09, 2008 6:02 pm
- Cidade: