Ampliando a fronteira do Finesse * artigo traduzido*Edu Seto
Enviado: Qua Out 10, 2007 11:30 pm
Ampliando a fronteira do Finesse
Russ Bassdozer – Maio de 2007.
Marcos-chave, espíritos independentes (mavericks, n.t.) e métodos demarcaram magnificamente as fronteiras do finesse ao longo do tempo.
Um sulista foi quem iniciou o finesse. Charlie Brewer, membro do Fishing Hall of Fame, natural do Tennessee, inventou a pesca com o Slider Worm, usando tralha leve, uma filosofia de pesca finesse anterior a todas as outras formas de finesse. A pesca com Slider, hoje, é praticamente a mesma e igualmente efetiva como quando Charlie Brewer iniciou o finesse nos anos 60.
Um sulista de outro tipo - um californiano do sul e membro do Fishing Hall of Fame - Don Iovino é um outro genitor do finesse. Por volta de 1969 ou 1970, Iovino inventou o “doodling” - chacoalhar (shake, n.t.) repetidamente um peso (sinker, n.t.) de bronze contra uma conta de vidro multifacetada - para atrair o bass curioso com os giros e ruídos emitidos pela “fina e frágil minhoca verde” de Iovino, uma isca que se tornou a personificação do Western finesse.
O tubo (tube bait, n.t.) pescado com tralha leve é, originalmente, uma isca finesse. Inventados por Bobby Garland, natural do Oeste, no início dos anos setenta, os tubos permaneceram exclusivamente como iscas finesse para linhas finas até o final dos anos noventa, quando Denny Brauer – mago do flipping - popularizou o flipping de tubos usando tralha pesada.
Garland também nos deu o primeiro spider jig com rabo duplo e tentáculos na cabeça em 1974. Cerca de trinta anos depois, o spider jig (também conhecido como hula jig) ainda é o preferido como jig finesse para tralha leve para uso nos lagos profundos e com águas transparentes do mundo todo.
Diversas outras táticas de finesse evoluíram no oeste nos anos setenta e início dos anos oitenta. Split shotting, jigheads do tipo darter, pea (ervilha) e aspirin (formato de comprimido de aspirina, n.t.), pequenos grubs de rabo simples são apenas alguns exemplos mais notáveis. Um par de jornalistas do oeste, particularmente George Kramer e Michael Jones, escreveram muitos artigos e mesmo livros abordando os métodos finesse utilizados no oeste americano.
Contudo os pescador do oeste não eram os únicos que superavam a concorrência com o finesse. Guido Hibdon, natural do Missouri, foi considerado um professor do finesse. Hibdon usou linha fina, tubos e pesos leves para vencer o Bassmaster Classic de 1988 e a ganhar os título de Angler of the Year em 1990 e 1991.
Em 1997, Dion Hibdon seguiu os passos do seu pai Guido para ganhar o Bassmaster Classic usando tralha leve e um spider jig projetado pelo próprio Dion.
No final dos anos noventa o foco voltou para o oeste outra vez. Aaron Martens, um jovem e virtuoso pescador de bass, natural da Califórnia, praticamente sozinho, fez do dropshotting a nova fronteira do finesse na América do Norte durante os anos noventa.
Provavelmente há cinco anos atrás, o “shakey jig worm” tornou-se a nova fronteira do finesse. Saiu do sudeste e espalhou-se através do continente. É, provavelmente, a tática a mais quente da atualidade.
No Japão, o wacky jig worm é uma das mais recentes fronteiras finesse e por boas razões. De acordo com Hideyuki Nomura, editor do Japan’s Lure Magazine, foram dois profissionais, Takuma Hata da Zappu Inc. e Toshiro Ono, da Jackall Inc., os pioneiros da mania wacky jig worm. Em um artigo publicado na Japan’s Lure Magazine, Hata divulgou a técnica à imprensa japonesa logo depois de retornar de um torneio na Coréia. Logo depois disso, Toshiro Ono conquistou o primeiro lugar no Basser All-Star Classic de 2004 usando um wacky jig worm. Com a imprensa especializada divulgando a nova técnica, não demorou muito para que todos no Japão estivessem pescando com os wacky jig worm também. E não demorará muito para que todos na América do Norte se tornem grandes fãs do wacky jig worm também.
A grande estréia do wacky jig worm foi em março de 2007. O presidente da Jackall e lendário projetista de iscas, Seiji Kato veio para cá do Japão. Com um wacky jig worm, ganhou o primeiro lugar como um co-angler na etapa do Bassmaster Elite, no lago Amistad, Texas. Foi assim que Seiji demonstrou o wacky jig worm.
Daqui para o ano que vem (2008), pode anotar que muitos pescadores norte-americanos terão wacky jig worms pendurados na ponta de suas varas light.
Mas há uma fronteira final do finesse ainda mais recente do que aquela. A fronteira mais recente do finesse começou há cerca de um ano atrás. Somente um pequeno punhado de profissionais participantes das etapas do BASS e FLW, como Gary Yamamoto e Shin Fukae, estão abrindo o caminho. Estão pescando com a mais fina linha de multifilamento possível - linhas com diâmetro de monofilamento de 2 libras.
Logicamente, usar linha de multifilamento não é novo e usar multifilamento em molinetes também não é novo, mas usar a linha com diâmetro de monofilamento de 2 libras, isto é novo. É algo que, realmente, ainda não foi feito.
Todas as outras formas de finesse não chegaram a ir muito abaixo da marca das seis libras, pelo menos não na pesca de bass na América do Norte. Na prática, seis libras é a linha mais fina usada.
“Nós desenvolvemos esta técnica (usando multifilamento com diâmetro de 2 libras) há aproximadamente um ano” diz Gary Yamamoto. “A primeira vez que nós começamos a usar foi quando Shin (Fukae) ganhou US$200.000 na etapa da FLW, em abril 2006, no lago Beaver, usando o Shad Shape Worm com um shaking jighead feito no Japão.”
Considere, no entanto, que embora a linha de multifilamento tenha a espessura de um monofilamento de 2 libras, ele tem a força de um monofilamento de dez libras.
Há outros profissionais participantes das etapas do BASS e FLW também pioneiros no uso de monofilamento em molinetes. Os outros pioneiros tendem a permanecer com a margem de segurança que o multifilamento com diâmetro de monofilamento de 6 libras fornece. Não estão completamente prontos ou querendo dominar o nível seguinte ainda, para finesse com linha do diâmetro do multifilamento de 2 libras, como farão Gary ou Shin.
Visualmente, assistindo as coberturas dos grandes eventos feitas pela TV, você não pode afirmar com certeza quais profissionais estão usando multifilamento nos molinetes. Assim que eles fisgarem algo, entretanto, aquele som parecido com eletricidade que a lisa linha de multifilamento produz ao ser esticada pelos passadores os denuncia. Hoje, são eles que estão empurrando a fronteira do finesse com linha de multifilamento.
“Um problema ou um incômodo com os shaking jigs (e um veneno para todas as táticas que usam molinete, do slider ao dropshot e outras mais) é a torção da linha,” diz Yamamoto. Devido à natureza dos molinetes, a torção da linha começa quando você coloca a linha nova. A linha é torcida (na verdade, ela se destorce torcendo no sentido oposto ao qual foi torcida quando colocada) todas as vezes que sai do carretel quando você arremessa, e ela é torcida (como se ela fosse colocada outra vez) todas as vezes você recolhe a linha de volta. Os molinetes modernos têm mecanismos resistentes à torção para lidar melhor com os tipos de torção da linha citados, mas não eliminam estes tipos de torção. Eles apenas facilitam trabalho para o molinete.
Os tipos citados de torção poderiam ser gerenciáveis - se fosse só isso - mas não é. Além da torção causada pela colocação inicial, arremessos e recolhimentos, mais problemas sérios de torção da linha são causados pelos giros da isca. As montagens (rigs, n.t.) Dropshot, shakey jig, tube jig e sem peso (como um Senko weightless) são notórias por causarem desagradáveis torções de linha, laços torcidos e “cabeleiras” (snarls and tangles, n.t.) que pode tornar um molinete inutilizável depois de um par das horas, mesmo se você não pegar nenhum peixe, apenas da torção da isca.
As ilustrações copiadas dos manuais de instruções da Shimano e Daiwa mostram a maneira correta de enrolar a linha nos modernos molinetes. Se tiver dúvidas, verifique o manual de instrução que veio com o seu molinete específico.
Instruções da Shimano:
Instruções de Daiwa:
“Ao colocar a linha de multifilamento no carretel, primeiramente você precisa colocar uma camada de backing, qualquer linha de monofilamento serve para backing, porque o backing nunca será usado para pescar. O backing é necessário uma vez que o multifilamento é liso demais para se prender no carretel do molinete. Assim um backing (qualquer tipo) fornece uma camada ou superfície à qual linha de multifilamento deve ser emendada. O que quer que você use como backing, você não necessita emendar muito mais de 50 jardas do multifilamento PowerPro ao backing para usar o PowerPro como linha principal,” sugere Gary.
Os problemas são multiplicados pela intensa torção causada pelo peixe ao tomar linha contra a fricção, e ao girar a manivela do molinete enquanto o carretel patina ou trava durante uma luta com o peixe. Pegue um par de bons peixes e você poderia acabar tendo que por de volta seu conjunto de molinete, com a linha toda torcida, no porta-varas do barco antes do final da pescaria.
É uma chateação se você está pescando por diversão e você não puder continuar a pescar eficazmente devido ao travamento causado pela linha torcida. Mas imagine os problemas que a torção da linha poderia causar para pescadores como Gary Yamamoto competindo em torneios de elite.
“Toda linha de monofilamento ou fluorcarbono tem uma tendência para torcer, torcer, torcer até que finalmente causa uma grande cabeleira em um arremesso, deixando aquela vara fora de combate pelo resto do dia. Sob a pressão de um torneio de elite, simplesmente não há tempo ou possibilidade de parar para endireitar a linha ou para tentar impedir as inevitável torções de linha (snarls, n.t.),” suspira Yamamoto. “Não é o caso de saber se mas de saber quando a torção deixará uma vara fora de combate durante um dia de torneio.”
“Por acaso, originalmente, eu usei linha de multifilamento ao usar um shakey jig há aproximadamente um ano. O que descobri ao pescar este shakey jig era que linha multifilamento, como a PowerPro, absorve completamente a torção,” diz Gary Yamamoto.
“Com fluorocarbono ou monofilamento, você não consegue manter a linha destorcida. Entretanto, com multifilamento, não há essa coisa de linha torcida. O problema é eliminado usando um multifilamento como o PowerPro que parece ser capaz de absorver torções,” diz Yamamoto.
Uma outra coisa é única: eu não preciso trocar a linha PowerPro toda noite. Após cada dia de torneio, eu precisaria trocar a linha de mono ou de fluoro a cada noite. Mas com a linha de multifilamento, eu posso pescar todo um torneio de 3 ou 4 dias sem precisar trocar a linha. A linha de multifilamento dura um longo tempo entre torcas, assim eu não tenho que trocar a linha tão frequentemente quanto antes. É um grande alívio não ter que preocupar-se com as trocas de linhas de um feixe de varas toda noite de cada dia de torneio,” agradece Gary.
“Assim, eu cheguei originalmente ao multifilamento a fim de evitar a linha torcida. Ao resolver o problema da torção da linha, eu descobri também o benefício adicional de não precisar trocar a linha muito frequentemente.”
É tudo por esta semana, pessoal. Na semana que vem nós traremos mais da história, diretamente de Gary Yamamoto, sobre como ele usa suas novas varas de molinete com linha de multifilamento. “Eu sinto que eu obtenho mais flexibilidade no movimento da isca, um movimento mais natural, e eu posso manter um contato melhor com a isca em águas profundas,” diz Gary. Nós contaremos mais sobre isso na próxima semana.
Obrigado. Por favor, verifique na próxima semana a próxima parte da história.
Notas:
1. Tradução: Eduardo K. Seto – email: eks.fish@uol.com.br - Maio/2007.
2. Vários termos foram mantidos no original porque, de forma geral, é assim que eles são, ou acabam sendo, conhecidos e utilizados pelos pescadores de bass.
3. Link para artigo em inglês: http://www.insideline.net/articles/fron ... nesse.html
Russ Bassdozer – Maio de 2007.
Marcos-chave, espíritos independentes (mavericks, n.t.) e métodos demarcaram magnificamente as fronteiras do finesse ao longo do tempo.
Um sulista foi quem iniciou o finesse. Charlie Brewer, membro do Fishing Hall of Fame, natural do Tennessee, inventou a pesca com o Slider Worm, usando tralha leve, uma filosofia de pesca finesse anterior a todas as outras formas de finesse. A pesca com Slider, hoje, é praticamente a mesma e igualmente efetiva como quando Charlie Brewer iniciou o finesse nos anos 60.
Um sulista de outro tipo - um californiano do sul e membro do Fishing Hall of Fame - Don Iovino é um outro genitor do finesse. Por volta de 1969 ou 1970, Iovino inventou o “doodling” - chacoalhar (shake, n.t.) repetidamente um peso (sinker, n.t.) de bronze contra uma conta de vidro multifacetada - para atrair o bass curioso com os giros e ruídos emitidos pela “fina e frágil minhoca verde” de Iovino, uma isca que se tornou a personificação do Western finesse.
O tubo (tube bait, n.t.) pescado com tralha leve é, originalmente, uma isca finesse. Inventados por Bobby Garland, natural do Oeste, no início dos anos setenta, os tubos permaneceram exclusivamente como iscas finesse para linhas finas até o final dos anos noventa, quando Denny Brauer – mago do flipping - popularizou o flipping de tubos usando tralha pesada.
Garland também nos deu o primeiro spider jig com rabo duplo e tentáculos na cabeça em 1974. Cerca de trinta anos depois, o spider jig (também conhecido como hula jig) ainda é o preferido como jig finesse para tralha leve para uso nos lagos profundos e com águas transparentes do mundo todo.
Diversas outras táticas de finesse evoluíram no oeste nos anos setenta e início dos anos oitenta. Split shotting, jigheads do tipo darter, pea (ervilha) e aspirin (formato de comprimido de aspirina, n.t.), pequenos grubs de rabo simples são apenas alguns exemplos mais notáveis. Um par de jornalistas do oeste, particularmente George Kramer e Michael Jones, escreveram muitos artigos e mesmo livros abordando os métodos finesse utilizados no oeste americano.
Contudo os pescador do oeste não eram os únicos que superavam a concorrência com o finesse. Guido Hibdon, natural do Missouri, foi considerado um professor do finesse. Hibdon usou linha fina, tubos e pesos leves para vencer o Bassmaster Classic de 1988 e a ganhar os título de Angler of the Year em 1990 e 1991.
Em 1997, Dion Hibdon seguiu os passos do seu pai Guido para ganhar o Bassmaster Classic usando tralha leve e um spider jig projetado pelo próprio Dion.
No final dos anos noventa o foco voltou para o oeste outra vez. Aaron Martens, um jovem e virtuoso pescador de bass, natural da Califórnia, praticamente sozinho, fez do dropshotting a nova fronteira do finesse na América do Norte durante os anos noventa.
Provavelmente há cinco anos atrás, o “shakey jig worm” tornou-se a nova fronteira do finesse. Saiu do sudeste e espalhou-se através do continente. É, provavelmente, a tática a mais quente da atualidade.
No Japão, o wacky jig worm é uma das mais recentes fronteiras finesse e por boas razões. De acordo com Hideyuki Nomura, editor do Japan’s Lure Magazine, foram dois profissionais, Takuma Hata da Zappu Inc. e Toshiro Ono, da Jackall Inc., os pioneiros da mania wacky jig worm. Em um artigo publicado na Japan’s Lure Magazine, Hata divulgou a técnica à imprensa japonesa logo depois de retornar de um torneio na Coréia. Logo depois disso, Toshiro Ono conquistou o primeiro lugar no Basser All-Star Classic de 2004 usando um wacky jig worm. Com a imprensa especializada divulgando a nova técnica, não demorou muito para que todos no Japão estivessem pescando com os wacky jig worm também. E não demorará muito para que todos na América do Norte se tornem grandes fãs do wacky jig worm também.
A grande estréia do wacky jig worm foi em março de 2007. O presidente da Jackall e lendário projetista de iscas, Seiji Kato veio para cá do Japão. Com um wacky jig worm, ganhou o primeiro lugar como um co-angler na etapa do Bassmaster Elite, no lago Amistad, Texas. Foi assim que Seiji demonstrou o wacky jig worm.
Daqui para o ano que vem (2008), pode anotar que muitos pescadores norte-americanos terão wacky jig worms pendurados na ponta de suas varas light.
Mas há uma fronteira final do finesse ainda mais recente do que aquela. A fronteira mais recente do finesse começou há cerca de um ano atrás. Somente um pequeno punhado de profissionais participantes das etapas do BASS e FLW, como Gary Yamamoto e Shin Fukae, estão abrindo o caminho. Estão pescando com a mais fina linha de multifilamento possível - linhas com diâmetro de monofilamento de 2 libras.
Logicamente, usar linha de multifilamento não é novo e usar multifilamento em molinetes também não é novo, mas usar a linha com diâmetro de monofilamento de 2 libras, isto é novo. É algo que, realmente, ainda não foi feito.
Todas as outras formas de finesse não chegaram a ir muito abaixo da marca das seis libras, pelo menos não na pesca de bass na América do Norte. Na prática, seis libras é a linha mais fina usada.
“Nós desenvolvemos esta técnica (usando multifilamento com diâmetro de 2 libras) há aproximadamente um ano” diz Gary Yamamoto. “A primeira vez que nós começamos a usar foi quando Shin (Fukae) ganhou US$200.000 na etapa da FLW, em abril 2006, no lago Beaver, usando o Shad Shape Worm com um shaking jighead feito no Japão.”
Considere, no entanto, que embora a linha de multifilamento tenha a espessura de um monofilamento de 2 libras, ele tem a força de um monofilamento de dez libras.
Há outros profissionais participantes das etapas do BASS e FLW também pioneiros no uso de monofilamento em molinetes. Os outros pioneiros tendem a permanecer com a margem de segurança que o multifilamento com diâmetro de monofilamento de 6 libras fornece. Não estão completamente prontos ou querendo dominar o nível seguinte ainda, para finesse com linha do diâmetro do multifilamento de 2 libras, como farão Gary ou Shin.
Visualmente, assistindo as coberturas dos grandes eventos feitas pela TV, você não pode afirmar com certeza quais profissionais estão usando multifilamento nos molinetes. Assim que eles fisgarem algo, entretanto, aquele som parecido com eletricidade que a lisa linha de multifilamento produz ao ser esticada pelos passadores os denuncia. Hoje, são eles que estão empurrando a fronteira do finesse com linha de multifilamento.
“Um problema ou um incômodo com os shaking jigs (e um veneno para todas as táticas que usam molinete, do slider ao dropshot e outras mais) é a torção da linha,” diz Yamamoto. Devido à natureza dos molinetes, a torção da linha começa quando você coloca a linha nova. A linha é torcida (na verdade, ela se destorce torcendo no sentido oposto ao qual foi torcida quando colocada) todas as vezes que sai do carretel quando você arremessa, e ela é torcida (como se ela fosse colocada outra vez) todas as vezes você recolhe a linha de volta. Os molinetes modernos têm mecanismos resistentes à torção para lidar melhor com os tipos de torção da linha citados, mas não eliminam estes tipos de torção. Eles apenas facilitam trabalho para o molinete.
Os tipos citados de torção poderiam ser gerenciáveis - se fosse só isso - mas não é. Além da torção causada pela colocação inicial, arremessos e recolhimentos, mais problemas sérios de torção da linha são causados pelos giros da isca. As montagens (rigs, n.t.) Dropshot, shakey jig, tube jig e sem peso (como um Senko weightless) são notórias por causarem desagradáveis torções de linha, laços torcidos e “cabeleiras” (snarls and tangles, n.t.) que pode tornar um molinete inutilizável depois de um par das horas, mesmo se você não pegar nenhum peixe, apenas da torção da isca.
As ilustrações copiadas dos manuais de instruções da Shimano e Daiwa mostram a maneira correta de enrolar a linha nos modernos molinetes. Se tiver dúvidas, verifique o manual de instrução que veio com o seu molinete específico.
Instruções da Shimano:
Instruções de Daiwa:
“Ao colocar a linha de multifilamento no carretel, primeiramente você precisa colocar uma camada de backing, qualquer linha de monofilamento serve para backing, porque o backing nunca será usado para pescar. O backing é necessário uma vez que o multifilamento é liso demais para se prender no carretel do molinete. Assim um backing (qualquer tipo) fornece uma camada ou superfície à qual linha de multifilamento deve ser emendada. O que quer que você use como backing, você não necessita emendar muito mais de 50 jardas do multifilamento PowerPro ao backing para usar o PowerPro como linha principal,” sugere Gary.
Os problemas são multiplicados pela intensa torção causada pelo peixe ao tomar linha contra a fricção, e ao girar a manivela do molinete enquanto o carretel patina ou trava durante uma luta com o peixe. Pegue um par de bons peixes e você poderia acabar tendo que por de volta seu conjunto de molinete, com a linha toda torcida, no porta-varas do barco antes do final da pescaria.
É uma chateação se você está pescando por diversão e você não puder continuar a pescar eficazmente devido ao travamento causado pela linha torcida. Mas imagine os problemas que a torção da linha poderia causar para pescadores como Gary Yamamoto competindo em torneios de elite.
“Toda linha de monofilamento ou fluorcarbono tem uma tendência para torcer, torcer, torcer até que finalmente causa uma grande cabeleira em um arremesso, deixando aquela vara fora de combate pelo resto do dia. Sob a pressão de um torneio de elite, simplesmente não há tempo ou possibilidade de parar para endireitar a linha ou para tentar impedir as inevitável torções de linha (snarls, n.t.),” suspira Yamamoto. “Não é o caso de saber se mas de saber quando a torção deixará uma vara fora de combate durante um dia de torneio.”
“Por acaso, originalmente, eu usei linha de multifilamento ao usar um shakey jig há aproximadamente um ano. O que descobri ao pescar este shakey jig era que linha multifilamento, como a PowerPro, absorve completamente a torção,” diz Gary Yamamoto.
“Com fluorocarbono ou monofilamento, você não consegue manter a linha destorcida. Entretanto, com multifilamento, não há essa coisa de linha torcida. O problema é eliminado usando um multifilamento como o PowerPro que parece ser capaz de absorver torções,” diz Yamamoto.
Uma outra coisa é única: eu não preciso trocar a linha PowerPro toda noite. Após cada dia de torneio, eu precisaria trocar a linha de mono ou de fluoro a cada noite. Mas com a linha de multifilamento, eu posso pescar todo um torneio de 3 ou 4 dias sem precisar trocar a linha. A linha de multifilamento dura um longo tempo entre torcas, assim eu não tenho que trocar a linha tão frequentemente quanto antes. É um grande alívio não ter que preocupar-se com as trocas de linhas de um feixe de varas toda noite de cada dia de torneio,” agradece Gary.
“Assim, eu cheguei originalmente ao multifilamento a fim de evitar a linha torcida. Ao resolver o problema da torção da linha, eu descobri também o benefício adicional de não precisar trocar a linha muito frequentemente.”
É tudo por esta semana, pessoal. Na semana que vem nós traremos mais da história, diretamente de Gary Yamamoto, sobre como ele usa suas novas varas de molinete com linha de multifilamento. “Eu sinto que eu obtenho mais flexibilidade no movimento da isca, um movimento mais natural, e eu posso manter um contato melhor com a isca em águas profundas,” diz Gary. Nós contaremos mais sobre isso na próxima semana.
Obrigado. Por favor, verifique na próxima semana a próxima parte da história.
Notas:
1. Tradução: Eduardo K. Seto – email: eks.fish@uol.com.br - Maio/2007.
2. Vários termos foram mantidos no original porque, de forma geral, é assim que eles são, ou acabam sendo, conhecidos e utilizados pelos pescadores de bass.
3. Link para artigo em inglês: http://www.insideline.net/articles/fron ... nesse.html