Minha primeira pescaria de tainhas.

[Marcos A Cavalcanti]

É possível que algum companheiro aqui do fórum já tenha praticado este tipo de pescaria, para também achá-la emocionante, como alguns de minha turma de tilapeiro da represa do Capivari, que quando chega o inverno, deixam as tilápias de lado e partem para a pesca da tainha com varas telescópicas lá na colonia Descoberto em Guaratuba.
Ao assistir vídeos do programa Pesca Dinâmica na TV, bem como, ouvindo as estórias de meus amigos, a vontade de pescar este peixe era grande e aconteceu mês passado. Fui pela primeira vez com um companheiro da represa, o Denilson, aliás, ele ficou viciado, pois tem semana que vai até três vezes ao local.
Para pescar no local que é muito concorrido é preciso ligar com antecedência e marcar o pesqueiro desejado e no dia chegar até as 6,30 horas da matina, pois o dono dos pesqueiros, já estará aguardando com os demais pescadores e na ocasião, havia mais 9 barcos, cada um deles com 2 pescadores. Quem nos levou puxou cinco barcos e o filho dele mais quatro e cada um deles era deixado em algum pesqueiro.
Apesar de eu ser marinherio de primeira viagem, preparei minha tralha de pesca de forma adequada, ou seja, vara telescópica de emenda longa de 5 metros “turbinada”, boias, penas, chumbadas e anzois de acordo com o que é recomendado para esta pescaria. Não dá para esquecer o guarda sol, Chapéu, repelente, creme protetor e roupas adequadas. Ainda bem que os mosquitos não deram o “ar da graça”.
Também fiquei responsável de comprar as iscas tais como: peito de frango e figado bovino, o lanche, suco, etc.
Uma curiosidade: Dá para usar o sagú e tem um cara que pesca com bolinha de isopor e pedacinhos de espuma, pode? Outra curiosidade é o tamanho da isca é aconselhável que tenha no máximo 5mm.

Chegando no pesqueiro escolhido por meu companheiro, a primeira providência foi regular a profundidade. Para isso é preciso usar um chumbo mais pesado e fazer com que a boia ou pena fique até uns 10cm abaixo da flor da água, esta é a profundidade adequada. Depois se retira aquele chumbo. Más esta operação deve ser repetida inúmeras vezes durante a pescaria em função do sobe e desce da maré.
Más o fundamental mesmo é perceber a “beliscada” sutil do peixe, que em alguns momentos é imperceptível na correnteza, pois ele ataca as iscas de cima para baixo e evidentemente ao perder o momento, um “abraço pro gaiteiro”.
Outro macete é fazer com que a linha afunde e fique à uns 20cm distante dos sacos de ceva que estão amarrados em estacas no fundo do pesqueiro, isto para que o anzol não se enrosque nos mesmos. Porém, mesmo cuidando, a corrente trata de levá-los até eles e dai é preciso arrebentar a linha que a propósito deve ser no diâmetro 30 ou 35. Foram inúmeros chicotinhos com anzóis.
Passado algumas horas e finalmente lá pelas 14,00 horas, acabei fisgando uma tainha de pouco mais de um kilo. A briga foi simplesmente emocionante, pois elas não se entregam com facilidade, fazem com que a vara, mesmo turbinada se “envergue”, aí está a emoção, pois não se enxerga o tamanho da mesma, até que num determinado momento, ela possa ser capturada com ajuda do passaguá.
Más chegou o momento em que a maré subiu muito, foi preciso aumentar o tamanho da linha em mais de um metro o que dificultava o lançamento da mesma e achar a profundidade adequada. Acabei desistindo de pescar, pois, a minha vara era aquelas de fibra um tanto pesada, os braços estavam em “pandareco”, bem como o piloteiro veio para nos levar de volta e buscar os demais pescadores.
Valeu a experiência, tanto que na semana seguinte lá estava eu com outro companheiro o Davi, no mesmo local.
Como cada pescaria é um momento único, desta feita, um pouco mais experiente peguei duas tainhas de bom porte, porém, o inconviniente além do que narrei acima, foi que estava previsto chover no período da tarde, más São Pedro nos enganou, começou a chover já na chegada ao pesqueiro, ainda bem que fui preparado com um par de botas de borracha e uma roupa de motoqueiro.
Ah! Sim! Nesta segunda vez, acabei comprando duas varas mais leves de fibra de carbono, sendo uma de 5,40 e a outra de 4,50 metros, somadas às outras três de fibra de 5 metros. Espero que elas aguentem o tranco, pois soube que lá existe uma espécie de taínha “Imperial” que chega á cinco quilos e simplesmente não se entrega, arrebenta as linhas e quebra as varas. Já imaginaram?
Bem já fáz duas semanas que tudo aconteceu e estou aguardando a próxima. Talvez na próxima semana.

[Marciel da Luz]

Parabens marcos, uma experiencia impar.

Confesso que ao ver os programas de pesca de tainha do pesca dinamica,
e pesca de paratis do pesca alternativa, tambem fiquei com vontade de me aventurar.
Pretendo fazer umas sevas por aqui onde eu pesco e explorar mais esta excelente opçao de pesca que requer muita paciencia com certeza.

[Alcides Barbosa - Piska]

Parabéns Marcos! Pescar tainhas eh realmente uma técnica a parte. Fazia um tempo que vc nao postava relatos aqui.
Voce lembrou de levar o café solúvel (Nescafe)? Rsrsrsrs

Um abraço!

[Marcos A Cavalcanti]

Olá Marciel- Já que vc mora em Joinvile, poderia tentar pescar taínha no Palmital, tudo começou neste local e o sistema de pescaria é o mesmo.
Oi Alcides, para ser franco, na primeira pescaria levei uma garrafa térmica de café, não era Nescafé, mas durante a mesma ele esfriou e ficou uma m.... ... na segunda só levei suco, o interessante nesta pescaria, vc esquece de comer

[Marciel da Luz]

ok Marcos, obrigado pela dica.