O robalo e o pinhão
Enviado: Seg Out 13, 2014 11:32 pm
O robalo e o pinhão
A pesca ao robalo, está se tornando cada vez mais difícil.
Pelo menos aqui no sul.
Pescarias com fartura de exemplares, estão literalmente tornando-se lendas.
A rotina atual, são barcos e barcos, cruzando a baía, para todos os lados, como baratas tontas, tentando encontrar os robalos.
Como se fosse possível que pela simples troca de um rio para o outro, a realidade mudasse por algum motivo mágico.
Centenas de litros de gasolina, são gastos apenas em um sábado na baía de Guaratuba.
Horas de motor, muitas milhas náuticas, e milhares de arremessos.
Para se chegar ao final da tarde, com 10 ou 15 exemplares capturados (e soltos é claro) por dupla.
As vezes nem isso !
Mais tarde, durante a viagem de retorno a Curitiba, vem a inevitável discussão do porque de uma pescaria tão fraca.
As teorias são muitas....
Lua ruim, água suja, maré parada, agua muito fria, água muito quente, pressão de pesca, pesca predatória em excesso, cor de isca errada , pressão atmosférica ruim, frente fria, rio fora da calha, e por aí vai !!!!
A lista de suposições é enorme.
Mas acertar o verdadeiro motivo, é quase impossível.
Particularmente, mantenho registro de todas as minhas pescarias.
E posso afirmar, que o número de capturas vem caindo em média 35% ao ano, de 2012 para cá !
Mesmo mantendo a média de 27 pescarias por ano.
Peixe tem, e bastante.
Eles estão lá.
Em dias de água limpa, dá para ver vários seguirem a isca até perto do barco.
Daí fazem a volta e ...somem !
Simplesmente não voltam mais.
É uma coisa maluca, parece que estão sempre de barriga cheia, e seguem a isca artificial como que hipnotizados.
Antigamente (de uns três anos, para trás), se o robalo não atacava por fome, era por instinto
Bastava uma boa chasqueada na isca, e lá vinha o robalo feroz como um touro da raça miúra.
Agora parece que tomaram gardenal.
Apenas seguem a isca educadamente e depois vão embora.
É nestas horas que ficamos “abertos” para as mais loucas teorias.
O robalo e o pinhão !
Os pescadores da velha guarda, aqueles que já praticavam a pesca com iscas artificiais, quando nós ainda estávamos em casa assistindo National Kid, dizem que em ano de pouco pinhão, também tem pouco robalo.
Para quem não conhece, o pinhão é a semente do pinheiro, que aqui no sul, é representado principalmente pela espécie araucária.
É uma iguaria que pode ser apreciada somente nos meses frios de maio, junho e julho, quando as pinhas amadurecidas podem ser colhidas.
Pois bem, devido a grande apreciação desta semente por parte dos sulistas, a sua época é aguardada com ansiedade por muitos.
Daí, a observação de ciclos onde ocorre a maior ou menor disponibilidade da apreciada semente.
Observou-se desta maneira, que existe uma curva de 3 anos, onde ano a ano a produção de pinhas vai aumentando, e depois outra curva de 3 anos, para o declínio da produção.
Este eterno sobe e desce, estaria ligado a variações climáticas, causadas por fenômenos de aquecimento e desaquecimento, como o El Ninõ e La Ninã.
Com o passar do tempo, observou-se que o mesmo ciclo ocorre com o robalos, e no mesmo período.
Daí nasceu um antigo dito popular aqui no sul, de que ano de pouco pinhão, é também ano de pouco robalo.
Assim como, ano de fartura no pinhão, será também de fartura na pesca do robalo.
Se é verdade ou não, só o tempo dirá, mas este ano de 2014, foi o pior na colheita do pinhão, e dizem que já é o terceiro do ciclo.
Então se a sabedoria popular estiver certa, ano que vem será de boas pescarias de robalos.
É esperar para ver !!!!
A pesca ao robalo, está se tornando cada vez mais difícil.
Pelo menos aqui no sul.
Pescarias com fartura de exemplares, estão literalmente tornando-se lendas.
A rotina atual, são barcos e barcos, cruzando a baía, para todos os lados, como baratas tontas, tentando encontrar os robalos.
Como se fosse possível que pela simples troca de um rio para o outro, a realidade mudasse por algum motivo mágico.
Centenas de litros de gasolina, são gastos apenas em um sábado na baía de Guaratuba.
Horas de motor, muitas milhas náuticas, e milhares de arremessos.
Para se chegar ao final da tarde, com 10 ou 15 exemplares capturados (e soltos é claro) por dupla.
As vezes nem isso !
Mais tarde, durante a viagem de retorno a Curitiba, vem a inevitável discussão do porque de uma pescaria tão fraca.
As teorias são muitas....
Lua ruim, água suja, maré parada, agua muito fria, água muito quente, pressão de pesca, pesca predatória em excesso, cor de isca errada , pressão atmosférica ruim, frente fria, rio fora da calha, e por aí vai !!!!
A lista de suposições é enorme.
Mas acertar o verdadeiro motivo, é quase impossível.
Particularmente, mantenho registro de todas as minhas pescarias.
E posso afirmar, que o número de capturas vem caindo em média 35% ao ano, de 2012 para cá !
Mesmo mantendo a média de 27 pescarias por ano.
Peixe tem, e bastante.
Eles estão lá.
Em dias de água limpa, dá para ver vários seguirem a isca até perto do barco.
Daí fazem a volta e ...somem !
Simplesmente não voltam mais.
É uma coisa maluca, parece que estão sempre de barriga cheia, e seguem a isca artificial como que hipnotizados.
Antigamente (de uns três anos, para trás), se o robalo não atacava por fome, era por instinto
Bastava uma boa chasqueada na isca, e lá vinha o robalo feroz como um touro da raça miúra.
Agora parece que tomaram gardenal.
Apenas seguem a isca educadamente e depois vão embora.
É nestas horas que ficamos “abertos” para as mais loucas teorias.
O robalo e o pinhão !
Os pescadores da velha guarda, aqueles que já praticavam a pesca com iscas artificiais, quando nós ainda estávamos em casa assistindo National Kid, dizem que em ano de pouco pinhão, também tem pouco robalo.
Para quem não conhece, o pinhão é a semente do pinheiro, que aqui no sul, é representado principalmente pela espécie araucária.
É uma iguaria que pode ser apreciada somente nos meses frios de maio, junho e julho, quando as pinhas amadurecidas podem ser colhidas.
Pois bem, devido a grande apreciação desta semente por parte dos sulistas, a sua época é aguardada com ansiedade por muitos.
Daí, a observação de ciclos onde ocorre a maior ou menor disponibilidade da apreciada semente.
Observou-se desta maneira, que existe uma curva de 3 anos, onde ano a ano a produção de pinhas vai aumentando, e depois outra curva de 3 anos, para o declínio da produção.
Este eterno sobe e desce, estaria ligado a variações climáticas, causadas por fenômenos de aquecimento e desaquecimento, como o El Ninõ e La Ninã.
Com o passar do tempo, observou-se que o mesmo ciclo ocorre com o robalos, e no mesmo período.
Daí nasceu um antigo dito popular aqui no sul, de que ano de pouco pinhão, é também ano de pouco robalo.
Assim como, ano de fartura no pinhão, será também de fartura na pesca do robalo.
Se é verdade ou não, só o tempo dirá, mas este ano de 2014, foi o pior na colheita do pinhão, e dizem que já é o terceiro do ciclo.
Então se a sabedoria popular estiver certa, ano que vem será de boas pescarias de robalos.
É esperar para ver !!!!